Conheça o Professor Pardal

Cientista maluco morador de Patópolis completa 60 anos de vida editorial em maio de 2012

Professor Pardal
Professor Pardal (Gyro Gearloose em inglês)
O nome “Professor Pardal” veio de Alberto Maduar, tradutor e roteirista da editora Abril.
Um dos personagens mais importantes dos quadrinhos Disney, o avoado cientista já entrou para a posteridade na cultura pop.

O inventor mais famoso do mundo não vive no mundo real. Morador da fictícia cidade de Patópolis (Duckburg), ele foi criado pelo quadrinhista Carl Barks e se tornou um dos mais conhecidos e queridos personagens da galeria Disney.
A partir de sua estréia, em maio de 1952, na HQ Gladstone’s terrible secret (no Brasil, A sorte do Gastão ou A sorte é para quem tem), não foram necessários muitos anos para o tresloucado Prof. Pardal virar ícone da cultura pop mundial, tornando-se sinônimo de gênio inventivo não apenas na seara científica, mas em outras áreas das atividades humanas – como o esporte e a música -, citado até mesmo por quem jamais o reconheceria se o visse numa revista em quadrinhos.
“Acho que todo cartunista que já fez tiras de quadrinhos colocou em algum momento um inventor maluco em sua obra. Eu precisava de um personagem assim e deliberadamente criei o Professor Pardal como um inventor maluco. Eu imaginava usá-lo de vez em quando e dei a ele a aparência de um frangão desajeitado.” Assim Carl Barks descreveu, numa entrevista concedida em 1975, a origem do gênio incompreendido a quem a população de Patópolis recorre para conseguir soluções criativas aos problemas cotidianos. Como o tempo se encarregou de mostrar, o Pardal tinha potencial demais para fazer apenas aparições ocasionais nas aventuras da Família Pato.
Sua influência na vida real vai ainda mais além do que emprestar o nome como apelido para pessoas inteligentes. O maior exemplo disso é o inventor norte-americano Dean Kamen, que não só carrega o título de verdadeiro Prof. Pardal, como se inspirou no personagem para criar algumas de suas invenções, como o Segway.
Neste mês de maio, ao completar 60 anos de vida editorial, o genial cientista dos gibis Disney comemora mais uma década de intenso e ininterrupto trabalho nos quadrinhos, sempre presente nas HQs como parceiro de aventuras da Família Pato ou protagonizando suas próprias aventuras.

Duck talesUma trajetória de sucesso que até hoje permite a ele estrelar almanaques, edições especiais e linhas de estatuetas e figuras de ação, além de ter reservado ao inventor o auge de sua carreira: um espaço importante na série de desenhos animados DuckTales, a animação Disney de maior sucesso na TV.

Sujeito boa praça
Ele é workaholic, desorganizado, atrapalhado e muito biruta (a prova disso são as invenções inúteis, como a “máquina de não fazer nada”, e coisas como o chapéu pensador – um pequeno telhado com um ninho de corvos, que supostamente o ajuda a ter novas e malucas ideias – e o oralicóptero, uma máquina voadora movida a “quacs” do Pato Donald).
Como se não bastasse tudo isso, ele ainda dorme pouco, se alimenta mal e não tira férias – quando muito, um reles descanso de algumas horas para um piquenique, durante o qual não para de pensar em trabalho ou inventar alguma parafernália contra as formigas.

Pardal inventorNo entanto, para todos os pontos negativos existe sempre a presença do minirrobô Lampadinha – a maior criação do Prof. Pardal e seu melhor (talvez único) amigo – para colocá-lo nos eixos e situá-lo no mundo dos normais.
Mas, não há como negar: o Prof. Pardal é um poço de virtudes que, à parte a comicidade inerente ao seu conceito, angaria de imediato a simpatia dos leitores.
O cientista maluco é a gentileza, o diletantismo e a abnegação num único galináceo. Isso explica o fato de ele não cobrar nada aos pobretões Donald, Peninha e Zé Carioca para produzir os artefatos que os três usam contra o crime em suas respectivas identidades de Superpato, Morcego Vermelho e Morcego Verde.

Morcego Verde
O Morcego Verde, cujo alter-ego é o conhecido Zé Carioca, é um super-herói Disney. Foi criado por Ivan Saidenberg, inspirado no Morcego Vermelho (Peninha), que ele também criou, e parodia o Batman.
Zé Carioca sai fantasiado de Morcego Verde (fantasia que também foi atualizada junto com o personagem) para combater o crime na Vila Xurupita. Sempre utiliza sua lábia para ludibriar os malfeitores, sempre acaba fugindo da briga. Inferniza a vida do Delegado Porcôni, chefe da delegacia de Vila Xurupita, a quem, para irritá-lo mais ainda, chama sempre de Comissário (referência ao Comissário Gordon das histórias do Batman). Tenta sempre ajudá-lo, com sucesso, mas métodos e ações que fazem o delegado sempre se arrepender.
Todos na Vila, inclusive seus amigos e namorada, sabem que o Morcego Verde é o Zé Carioca, embora ele desconverse. Seu fiel ajudante é o Nestor, que carrega para todo lado um ventilador, para dar um efeito esvoaçante a sua capa.

Superpato
Superpato (em italiano, Paperinik) é um super-herói dos quadrinhos Disney, alter-ego de Pato Donald. Donald criou sua identidade super-heróica originalmente como meio de vingar-se secretamente de parentes como Tio Patinhas e Gastão, mas logo começou a combater outros adversários.
Nas histórias em que o Pato Donald se torna o Superpato (é uma invenção italiana, pois nem Walt Disney nem Dick Lundy (os verdadeiros criadores do Pato Donald) queriam fazer de seu personagem um tipo heróico), o Prof. Pardal sempre ajuda o herói, com invenções que o ajudam a enfrentar os bandidos. Ele é o único que conhece a identidade secreta do Superpato.

Da mesma forma, às vezes, não recebe nada do Tio Patinhas – e nem adiantaria cobrar – para criar todas as armadilhas da Caixa-Forte ou as espaçonaves e outros maquinários de transporte que levam o pato muquirana e seus sobrinhos em aventuras por lugares longínquos da Terra e da própria Via Láctea.
Emengarda.
Na esfera íntima, é tão cavalheiro com as mulheres que não tem coragem de ceder às investidas delas, nem mesmo às da implacável Emengarda.

Pardal tem um sobrinho chamado Pascoal (no original, Newton). Assim como o tio, Pascoal é muito inteligente e criativo, e também vive fazendo suas próprias invenções. Apesar de nunca ter aparecido numa história de Carl Barks, ele já participou de muitas aventuras ao lado do Prof. Pardal.

Personagens Pardal

 

Além do Pascoal, se tem notícia somente de outros dois parentes do Pardal:
Fulton Gearloose (pai) e Ratchet Gearloose (avô).
Seu avô revolucionou a vida de uma cidadezinha chamada Monotonópolis com seus inventos malucos. Até que fez uma confusão tão grande que foi obrigado a se mudar para Patópolis. Ainda menino, Pardal costumava tirar o primeiro lugar nos concursos de Ciência da escola. Certa vez, presenteou a professora com um robô que apagava o quadro negro.
É ainda um tio dedicado que cuida da educação do sobrinho-prodígio Pascoal, um gênio mirim que quase rivaliza com ele em inteligência.
Como amigo, é leal como poucos, chegando ao ponto de assumir os problemas de certo pato enfezado para livrá-lo da fúria de um conhecido velho “quaquilionário”.

Em algumas histórias, o maior rival do Professor Pardal é o Professor Gavião (que está sempre roubando suas invenções ou tentando desacreditá-lo diante do povo de Patópolis), mas os Irmãos Metralha e Maga Patalójika também se destacam como seus antagonistas.
Também não se pode esquecer que muitas invenções do cientista são fruto da observação que faz das necessidades dos patopolenses. Tudo para o bem da população e pela melhoria de vida dos menos abastados.
E se, em várias ocasiões, o resultado disso é catastrófico – e não menos divertido para os leitores -, invariavelmente a culpa é dos que usam as parafernálias do inventor de forma errada ou antes que ele realize os testes finais.

Chapéu pensador (uma máquina maluca em forma de telhado com uma chaminé onde moram alguns corvos, que supostamente o auxiliariam a formular idéias para suas invenções ). Philip de Lara, nascido em 1914, nos Estados Unidos, foi o responsável pelo desenho das primeiras histórias do Chapéu Pensador do Prof. Pardal (“Cada Era com o seu Progresso”, de 1965), do Pascoal, sobrinho do Prof. Pardal (“Alô! Alô!”, de 1966) e do Cifrônio, antigo vigia da caixa-forte (“A Estranha Carga para Istambule”, de 1968).

Personagens Pardal

 

Apesar do bom coração, recentemente o Prof. Pardal revelou um lado malévolo que surpreendeu a todos. Na HQ Paperinik e l’amichevole minaccia – publicada no Brasil pela Editora Abril, em Tio Patinhas # 560, com o título A ameaça amigável, a personalidade má do cientista dominou seu corpo e o transformou no Dr. Maluco, um supervilão que aterrorizou o Tio Patinhas e ajudou os Irmãos Metralha contra o ricaço.
Felizmente, os dois foram separados e o vilão se tornou uma entidade à parte. Os fãs do simpático inventor podem suspirar aliviados, sabendo que o adorável personagem não carrega mais nenhum mal dentro de si.

No país tropical

Quatro anos depois de publicada nos Estados Unidos, Gladstone’s terrible secret chegou ao Brasil, na revista Mickey # 51 (Abril, dezembro de 1956), com o título “A Sorte Do Gastão”, apresentando Gyro Gearloose a novos leitores, que, em pouco tempo, o acolheram como um de seus nomes preferidos da Disney.
Chamado inicialmente de “Little Helper” nos Estados Unidos, o personagem acabou trocando de nome para “Little Bulb” nos anos 1980 – e se aproximando mais do nome em português –, quando participou do desenho Ducktales.
No Brasil, sua estréia foi publicada em 1960, na edição 87 de Mickey da editora Abril, com o nome O Professor Pardal vs. os gatos. A mesma história foi reproduzida depois no sétimo volume de As Obras Completas de Carl Barks.

lampadinha e laurinhaApesar de seus cerca de 20 cm, Lampadinha é um gigante.
E coube ao então roteirista e tradutor Alberto Maduar a honra de criar o nome brasileiro do personagem que passou a ser conhecido no País como Lampadinha.
Sua primeira história, já como ajudante do Professor Pardal foi “The Cat Box”, publicada em Setembro de 1956 nos Estados Unidos. No Brasil esta história foi publicada em “O Pato Donald” 287, de 1957, com o título “O Professor Pardal Vs. Gatos”.[1]
A primeira história produzida no Brasil foi “Anúncios Letrados”, em “Zé Carioca” 933, de 1969, tantos os desenhos quanto o roteiro de Waldyr Igayara de Souza.
Laurinha (namorada do Lampadinha)
É provável que a opção por batizá-lo como Prof. Pardal tenha sido uma escolha inspirada na aparência do personagem, que na verdade é uma ave antropomorfizada pertencente à ordem dos galiformes, não à dos passeri (da qual os pardais fazem parte).
A primeira HQ do Prof. Pardal criada no Brasil foi O rei do Ié-Ié-Ié, publicada pela Abril no gibi Zé Carioca # 869, em julho de 1968. Na aventura, ele contracena com o papagaio caloteiro, iniciando uma parceria que rendeu muitas outras histórias, sempre que o cientista visitava o Rio de Janeiro ou o malandro carioca dava as caras em Patópolis.
As aventuras do personagem produzidas pelo Estúdio Disney da Abril sempre primaram pelo humor nonsense característico das histórias em quadrinhos Disney criadas por aqui. Uma união perfeita com as qualidades do Prof. Pardal como agente de trapalhadas e esquisitices.
No Brasil, ele foi – e continua sendo – título de gibis e manuais temáticos e não deixa de visitar mensalmente as revistas de outros personagens da turma de Patópolis.

Revistas que saíram no Brasil:

Almanaque do professor pardal
Almanaque do Prof. Pardal (1a. Série) (14 edições, 1987-1995)
Gyro Gearloose stories

Almanaque do Prof. Pardal (2a. Série) (3 edições, 2010-2012)
Gyro Gearloose stories

Almanaque do Prof. Pardal e Lampadinha (1 edição, 1989)
Gyro Gearloose & Helper stories

Revistas Pardal

Outras especiais:

Veja as revistas na loja do Mania de gibi

Referências: Wikipedia / Universo HQ / Disneypedia

7 Comentários Conheça o Professor Pardal

  1. solange saldanha

    alguem tem para vender o almanaque do pardal que tem a estoria que uma robo se apaixona por ele? Qual é o número do gibi?

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  2. Paulo Lopes.

    *Eu lembro da história do Professor Pardal , Do Gibi Disney Especial Os Robôs , que no final os olhos dele fica em asteriscos quando ele perguntou ao pássaro por que fica cantando na janela dele.
    Paulo Lopes de Oliveira.

    Reply

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