Palhaço Sacarrolha

Conheça a história desse simpático artista de circo criado por Primaggio Mantovi

Sacarrolha

Primaggio Mantovi, é um ilustrador quadrinhista nascido na Itália em 1945 e radicado no Brasil.
Desenhando desde os 6 anos, para imitar o irmão mais velho, Mantovi chegou ao Rio de Janeiro em 1954 e, após um rápido curso publicitário, começou a trabalhar na Rio Gráfica Editora, em 1964. Inicialmente seu trabalho era retocar histórias estrangeiras e ilustrar anúncios. Posteriormente, passou a ilustrar e escrever histórias do caubói Rocky Lane e, mais tarde, do Recruta Zero, de quem escreveu e ilustrou cerca de 40 histórias. Primaggio também produziu cerca de 200 capas para a editora.
No final da década de 60, ele começou a prestar serviços, também, para a Editora Saber S/A, de São Paulo, criando roteiros e desenhando capas e histórias em quadrinhos. Durante esse período, a Saber havia lhe pedido para criar um personagem para publicação em revista própria. Atendendo a solicitação, Primaggio estava desenvolvendo um palhaço de circo mas, ao assumir o cargo de chefia na RGE, ficou impossibilitado de dar seqüência ao projeto.

Por volta de 1971, diante da possível aprovação de uma lei obrigando as editoras a publicar revistas em quadrinhos de autores nacionais, a RGE resolveu promover um concurso interno para a criação de um novo personagem. Como premio, a Editora oferecia um contrato de três anos de publicação do personagem ganhador, em uma revista própria, com periodicidade mensal. A princípio Primaggio não pretendia entrar no concurso (devido a seu cargo de chefia), mas a diretoria da Empresa fez questão que ele participasse.

Sacarrolha #1Primaggio, então, inscreveu-se com o palhacinho (já batizado de Sacarrolha) que havia desenvolvido para a Editora Saber… e acabou ganhando o concurso.
A primeira edição da revista Sacarrolha foi para as bancas em janeiro de 1972 – com uma tiragem de 160.000 exemplares, campanha promocional de TV (em desenho animado), anúncios em revistas, móbiles e cartazes de banca – e alcançou uma venda de 130.000 exemplares (um resultado respeitável mesmo para aqueles tempos de grandes vendas). No carnaval daquele ano, o autor teria a satisfação de ver o seu personagem servindo de inspiração para o bloco Chave de Ouro, do Rio de Janeiro. Em maio, Sacarrolha apareceu, também, no Super Almanaque Especial.

Em agosto de 1972, Primaggio saiu da RGE, mas continuou vinculado à Editora por meio do seu personagem (a revista Sacarrolha estava no nº 8 e o contrato era para 36 edições).
Em abril de 1973, Primaggio aceitou o convite para trabalhar na Editora Abril e, na ocasião, a diretoria comprometeu-se a publicar o seu palhacinho, assim que estivesse liberado.

Em outubro de 1974, com o lançamento do Sacarrolha nº 36, o contrato Sacarrolha/RGE, estava encerrado.
Depois de um ‘descanso’ de quase um ano, em setembro de 1975, Sacarrolha voltou às bancas (já com o selo da Abril) como parte integrante da série Diversões Juvenis (edição 26), alternando-se, quadrimestralmente, com outros personagens.

O palhacinho apareceu em mais três edições da Abril: duas, ainda como componente da série Diversões Juvenis: nº 30 (janeiro/76) e nº 34 (maio/76), e a última, como título próprio: Sacarrolha nº 4 (setembro/76). Segundo a ‘lógica’ dos editores, a edição era a de n° 4, porque o personagem havia aparecido, anteriormente, em três edições.

De agosto de 76 a janeiro de 77, o personagem apareceu, também, na Folhinha, suplemento dominical do jornal Folha de São Paulo e, ainda em 1977, no Hojinho, suplemento dominical do Jornal de Hoje, do Rio de Janeiro. Em 1980, Primaggio fundou a Pejota Produções Artísticas, no intuito de lançar o personagem no campo do Merchandising. Com isso, o palhacinho pôde conquistar espaço em vários produtos, como: roupas infantis, toalhas e velas de aniversário, bolsas e cintos, bonecos de pano, lustres, abajures e arandelas, material escolar, sacolas, etc.

Nessa época, para atender a linha de produtos destinados à faixa etária mais infantil, o autor desenvolveu o Baby Sacarrolha… ou seja: o Sacarrolha Bebê. Paralelamente, desenvolveu, também, uma série de Tiras do personagem, para publicação em jornais.

Sacarrolha-revistas

Em outubro de 1983, Sacarrolha voltou as bancas por meio da revista de atividades infantis Diversões do Sacarrolha, da Editora de Arte (do desenhista Rodolfo Zalla). Para o lançamento, Primaggio escolheu 12 de outubro – Dia da Criança -, organizando um show de circo, no Parque do Ibirapuera, com atividades, distribuição de brindes e a presença do palhaço Sacarrolha, ao vivo. A publicação ‘freqüentou’ as bancas até a edição de nº 13 (abril/85).

O persistente palhacinho voltaria às bancas, mais duas vezes: em 1986, na trilogia Gran Circo Kabum – Diversões Infantis (uma publicação que mesclava HQs e atividades), da Editora Noblet (NOB – 1 n) e, em 2000 (maio e junho), nas revistas Colorindo com o Sacarrolha e Brincando com o Sacarrolha (ambas de atividades), da Editora Brain Store.

Em meados de 2004, a revista Palavras de Amor nº 4, da Editora Minuano, publicou ilustrações do Sacarrolha e Dengosa (sua companheira de picadeiro), ambos na versão Baby… sem, no entanto, mencionar seus nomes.

Sacarrolha-revistas

Em 2012 o palhaço Sacarrolha será o modelo do troféu HQ Mix.

Palhaço Sacarrolha - Troféu HQ-Mix

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