50 anos Turma da Mônica: Turma da Tina

Moradores do Bairro do Limoeiro fizeram sucesso, mas somente em histórias especiais.

Turma da Tina
Tina foi publicada inicialmente em tiras diárias no jornal “Folha da Manhã” (atual “Folha de São Paulo”) em fevereiro de 1964, ainda no seu visual hippie. Depois de sete anos e meio sendo publicada apenas em jornais, em outubro de 1970, começou a aparecer nos gibis.
Até 1979, as histórias de Tina eram publicadas especialmente no gibi ‘Cebolinha’, poucas vezes elas saíam em outra publicação. A partir dos anos 80, as histórias começaram a ser intercaladas com o gibi ‘Mônica’. De 2003 em diante, as suas histórias começaram a completar os gibis ‘Cascão’ e ‘Magali’.
Eles também moram no Bairro do Limoeiro e em algumas raras vezes se encontram com a Turma da Mônica, mas somente em histórias especiais, já que são mais velhos do que os personagens da “Turminha”. Os principais integrantes são: Tina, Rolo, Pipa e Zecão.
A personagem ganhou seu primeiro título em Junho de 1985, em um especial de tiras que durou apenas duas edições. Em 1991, ganhou quatro edições somente suas na públicação “Gibizinho”. No mesmo ano, ganhou um álbum de luxo em formato grande (19 x 27,5 cm) pela editora “L&PM” que republicou as suas melhores histórias e historietas desde a sua criação (dentre elas, a hilária “Quem Não se Comunica…”, de 1973).

Em Fevereiro de 2004, ganhou um almanaque de republicações.
Em 2007 e 2008, pela editora Panini, ganhou três minisséries especiais.
No dia 27 de Maio de 2009, chegou as bancas o seu título próprio, que além de histórias inéditas, contava com entrevistas com personalidades famosas e uma seção informativa com fatos atuais e dicas de assuntos gerais. Em Novembro de 2011, essa publicação é interrompida.
Em 2012, ganha duas publicações especiais promocionais, com o tema central de evitar o alcoolismo.
A partir de 2013, provavelmente no segundo trimestre, chegará as bancas uma nova revista com o título da personagem, em um estilo mais moderno, segundo Maurício de Sousa.
Em 2014, Tina completará 50 anos de criação.

Minisséries e Edição Especial

Para encerrar o ano de 2007 com chave-de-ouro, Maurício de Sousa investiu em uma nova franquia para a personagem Tina: uma minissérie que se desenrolava em 3 edições mensais. O “pai da Turma da Mônica” queria conquistar o público adolescente e adulto com histórias com temas mais complexos, porém divertidos de ler. Então, em setembro daquele ano, Maurício lançou nas bancas nacionais “Tina e Os Caçadores de Enigmas – Mistério Cósmico”. Na história, que durou 3 números, Tina, juntamente com seus amigos fiéis, já estava com 21 anos, cursando o último ano da faculdade de jornalismo e resolve investigar um mistério sobre extraterrestres que aconteceu no interior do estado de São Paulo. A minissérie se encerrou em novembro de 2007 e atingiu altos índices de vendas.

Tina e os caçadores de enigmas

Com o sucesso obtido com Tina e Os Caçadores de Enigmas – Mistério Cósmico em 2007, no ano seguinte, Maurício resolve apostar em uma nova minissérie com o mesmo estilo da anterior, porém, com outros temas. Então, em março de 2008, aparece nas bancas “Tina e Os Caçadores de Enigmas – Criaturas Lendárias”. Na trama, Tina e seus amigos passam por diversos lugares do mundo, como a Floresta Amazônica, Himalaia e Austrália, a fim de provar se os famigerados “Yéti” e “Pé Grande” existem de fato. Em maio de 2008, foi às bancas nacionais o último número da minissérie.
Aproveitando o embalo das minisséries anteriores, em setembro de 2008, foi às bancas a terceira e última minissérie com a Turma da Tina: “Tina e Os Caçadores de Enigmas – Aventura no Triângulo das Bermudas”. Na trama, Tina e a trupe caem no Triângulo das Bermudas e descobrem por conta própria o mistério que o lugar envolve. Se encerrou em novembro do mesmo ano, e assim como as duas minisséries anteriores, durou 3 edições.
Saindo um pouco do contexto de aventura, em agosto de 2008, chegou às bancas nacionais “Tina Especial”. Em uma história completa, 52 páginas, Tina e sua turma participam de um Reality Show para conseguir dinheiro para reformar a sua faculdade.

Relato de Maurício de Sousa sobre a turma

A Tina e sua simpática turma de amigos adolescentes, das nossas histórias em quadrinhos, nasceram há muito tempo. Quase há tanto tempo quanto a turma da Mônica ou do Chico Bento.
Só que, quando nasceu, não era essa mocinha bonita, elegante, que vocês conhecem hoje nas páginas das revistas. Era pouco mais velha do que Mônica, pré-adolescente, meio feiosa, sem formas muito definidas, com um baita par de óculos e um colarzinho, onde o símbolo dos hippies, aquele da paz e do amor, ficava pendurado.
Vivia às voltas com dois irmãozinhos, meio sumidos hoje, o Toneco e o Toim, que se encarregavam de perturbar sua vida, ao lado do papagaio Palestrino e da presença constante da sua avó moderninha, a Vovoca.

No início, ganhou tiras diárias nos jornais brasileiros, virou boneca da Estrela (uma das nossas primeiras licenças) e parecia que ia decolar bonito, como todos os outros personagens principais.
Mas eu, particularmente, esbarrava num problema entre técnico de marketing e de criação.

Fases da Tina

Primeiro: o personagem era meio feinho. Merecia um toque, um arranjo. Segundo: o universo da Tina estava muito próximo do universo da Mônica, com as histórias quase que servindo para uma ou para outra, já que as duas (a Mônica e a Tina) são “mocinhas” independentes, modernas, vivendo aventuras passadas na chamada classe média. Terceiro: eu pretendia escrever histórias de e para pré-adolescentes e não estava conseguindo falar a língua deles.
Vai nisso, minha preocupação constante, desde que criei os primeiros personagens, em passar coisas que vi, vivi, senti, aprendi. Por exemplo, eu fiz histórias do cãozinho Bidu porque tive cachorro em criança, criei a Mônica, a Magali, a Maria Cebolinha em cima das sensações e observações que fazia das minhas filhas; o Cebolinha e o Cascão também vieram alimentados pelo que eu via dos dois meninos que os inspiraram e que brincavam com meu irmão, nas ruas de terra de um bairro de Mogi das Cruzes; o Chico Bento é o meu lado caipira, aprendido com meus parentes da roça e até os personagens meio fora do contexto do dia-a-dia, como o Horácio ou o Astronauta, são um pouco parte de mim. Ou do que pensei que poderia viver nos seus universos, se eu estivesse ali.
Mas e a Tina? Uma mocinha, com sua cabecinha feminina, independente, preparando-se para desabrochar mulher?

Eu não tinha vivência para passar suas sensações com a força, com a segurança que o personagem exigia. Mas podia começar a mudar alguma coisa, tipo o físico, a idade, as características de outros personagens da turma, o “afastamento” dos meninos, que “brigavam” com outros meninos das outras turmas.
Assim, a Tina cresceu, virou “cocotinha”, elegante, bonita, preocupada com os estudos e com a proximidade da faculdade, o Rolo deixou de ser muito malandro, os meninos sumiram, o papagaio ficou para a história… e entraram alguns outros personagens novos, mais crescidos.
Daí esperei que minhas filhas crescessem, entrassem na idade da Tina e, no convívio comigo, me passassem a experiência que me faltava. Eu observaria, conversaria com elas e aprenderia como pensa uma jovenzinha.
Vã esperança.
Eu havia esquecido que nessa idade, os jovens viram as costas para conversas com os pais. Vão mais é em busca de seus “maiores amigos”, suas tribos, criam suas línguas próprias, gírias, hábitos estranhos (para nós, pais) e a comunicação sofre um colapso.
Depois de alguns anos, tudo volta ao normal.
Eles resolvem que chegou a hora de entenderem, de novo, nossa língua e padrões.
Mas até aí, já perdemos alguns anos de papo, de comunicação.
E foi por aí, por esse vácuo de entendimento, que fui ficando sem meios para alimentar a Tina como gostaria.
Com o auxílio de roteiristas mais jovens da nossa equipe, ainda com lembranças próprias, próximas de suas adolescências, pude ir mantendo o personagem com a carga suficiente para continuar existindo, evoluindo, falando de coisas mais próximas da realidade jovem. Mas quando muito, dá para algumas histórias que publicamos no bojo das revistas de outros personagens.

Personagens da Turma da Tina

Tina – Amiga, determinada, simpática, linda e com estilo, Tina é caloura na faculdade de jornalismo, e namora o Jaiminho, mas nada sério (tanto que o namoro tem seu fim nas temporadas mais recentes), e é alvo de cantadas de vários garotos. Sua vida se resume a estudos, passeios, namoros e planos para a carreira. Tem 18 anos e sempre tem histórias legais e interessantes para o público jovem. Sua melhor amiga é a Pipa, e seus melhores amigos são o Rolo e o Zecão.

Rolo – O bon vivant acha-se o rei do pedaço com as mulheres, mas nem sempre se dá bem. Tem uma moto chamada Zulmira, toca guitarra e finge que sabe surfar. Trabalha em um escritório e sempre se mete em “rolos” tentando achar uma namorada. Seu nome se deve por ter barba e cabelo azul em forma de rolos. Tem uma boa amizade com Tina, e apesar de viver paquerando várias, tem uma queda platônica por ela, que não é muito enfatizada nas histórias. Seu melhor amigo é o Zecão, namorado da Pipa.

Pais do Rolo – Dona Rolinda e seu Carlão Rolando são os pais do Rolo bravos honestos. Dona Rolinda vive preocupada com as saideras do filho. Odeia quando seu marido esquece se esquece do aniversário de casamento. Torce para que um dia seu filho namore a Tina. Seu Carlos ou Carlão Rolando não se conforma que o filho já esteja crescendo, e vive relembrando os seus tempos jovens. É executivo e muitas vezes, por estar atolado de serviço, se esquece da vida de casado.

Pipa – Gordinha e chorona, é a melhor amiga da Tina. É um tanto neurótica e ciumenta quando o assunto se trata de namoro. Namora o Zecão e tenta emagrecer sem sucesso. Faz jornalismo junto com a Tina e está sempre disposta a ajudá-la.

Zecão – Namorado da Pipa. Sempre muito largado e distraído, vive mancando com o seu relacionamento, e a Tina é quem o põe para cima quando ele briga com a Pipa e tenta fazer os dois se reconciliarem. Adora futebol, principalmente na TV, e não troca uma cochilada por nada. Seu melhor amigo é o Rolo.

Toneco – É o irmão caçula da Tina. Por ser pré-adolescente ele tem aventuras de um menino de 11 a 14 anos: quer ter namoradas, sair para passear, mas a Tina o contém, por ser ainda muito novo, e não ser mais maduro como a irmã. Sua grande diversão é passar a conversa no Rolo, que sempre é vítima da sua esperteza.
Toneco também é um tanto grosso ou irritado com Tina, mas Tina também o provoca.

Foi criado originalmente em 1964 para ser o protagonista de suas próprias aventuras, porém sua irmã Tina “roubou a cena” e ocupou um espaço cada vez maior nas histórias do Toneco, até criar sua própria turma e fazer o irmão ser esquecido por um bom tempo. Ressurgiu com uma nova aparência nos últimos anos, fazendo bicos nas histórias da Tina.

Palestrino – É o papagaio boca suja do Toneco (irmão da Tina). De tanto dizer palavrão, apanhou até de galinha e foi varrido pela onda politicamente correta (pelos palavrões e por ser um papagaio criado em cativeiro).

personagens da Tina

Caio – Um amigo da Tina (criado em 2009), apareceu na 6ª edição da revista da Tina já gerando polêmica pelo fato de ser homossexual. Ele está saindo com a Tina, e todos pensam que ele é um novo caso dela, mas no final surpreende a todos e ao mesmo tempo os tranquiliza afirmando estar comprometido, logo depois apontando para um homem.

Sua orientação sexual foi revelada indiretamente para evitar controvérsias e censuras maiores. Foi o primeiro personagem expostamente homossexual do Mauricio, e foi criado especialmente para a ocasião para tratar da questão do homossexualismo.

Jaiminho – Jaime, mais conhecido como Jaiminho, já foi um dos namorados da Tina e também é ex-namorado de Rúbia. Aparece como namorado da Tina em algumas histórias. Contudo, este não parece ser um namoro oficializado (já que ela já teve tantos namorados), mas foi provavelmente o namorado de mais destaque da Tina e talvez o único que apareceu em mais de uma história. Agora, porém, cabe a eles (ele e Rúbia) o papel de vilões da história. E Jaiminho está bem mais bobo.

Rúbia – é a rival ciumenta da Tina.Ela já namorou o Jaiminho. Também é conhecida como Patricinha, uma versão de Carminha Frufru adulta, porém, a Rubia é apenas fútil, sem maldade. Agora, porém, cabe a eles o papel de vilões da história. E Jaiminho, como é mais conhecido, está bem mais bobo, servindo de escada e alívio cômico para a Rúbia.

Franja – Outro comparsa de Rúbia, apareceu no recente especial Eu quero a bufunfa, onde ele, Yoko e Jaiminho (o então ex-namorado da Tina), juntos da líder Rúbia, disputam com Tina e sua Turma (Rolo, Pipa e Zecão), um super prêmio em um jogo da televisão. Possui uma franja típica emo tapando seu olho direito, e aparece na história usando um boné virado para trás. Nada se sabe sobre sua personalidade.

Yoko – Ela adora animais e sonha em ser uma grande veterinária. É uma das melhores amigas da Rúbia, apesar de ser boa de coração e não concordar com os planos maléficos da loira, principalmente quando se tratam de aprontar com Tina e sua turma. Mesmo assim, Rúbia sempre arruma um jeito de convencê-la a entrar para seus planos. Ela é Japonesa e tem um cabelo de rabo-de-cavalo.

personagens da Tina

Tiemy – Ela é uma das amigas da Rúbia e de Patricinha e também é confundível com a Yoko outra amiga da Rúbia por serem japonesas.

Priscila – Também é chamada de Pri. Conhecida por todos do Universo da Tina como “A pessoa mais fofoqueira da Faculdade”,.

Fagundes – É um grande fotógrafo, dono de uma agência de fotografia do Shopping do Bairro do Limoeiro. Ele viu a foto do jornal da faculdade e convidou Zecão e Pipa para fazerem um baner do dia dos namorados. Ele é pai da menina mais fofoqueira da faculdade, a Priscila. Apareceu na Edição 8 da Tina .

Pais da Tina – Ela, uma executiva liberal, ele um paizão preocupado com a filha adolescente.

Vanda e Valéria – Gêmeas idênticas, baseadas nas filhas do Mauricio. Sempre juntas as vezes divergem de opinião nos assuntos mais corriqueiros

Vovoca – É a avó de Tina, e Toneco, criada por Mauricio de Sousa. Ela é uma avó que sempre que precisa, ajuda Tina, a passar por suas dificulades, dá sugestões, e tem muito coração entre a família, ou seja, Vovoca tem muito amor, carinho, à sua família. Ela é a única mulher de idade, junto com seu marido que integra as histórias da Turma da Tina. Vovoca é uma personagem incomum de se encontrar, além de ser incomum na Turma da Tina. Não dispensa uma saída na sua velha motoca.
Vovoca também mudou bastante, pois nas épocas mais antigas, Vovoca, tinha um cabelo branco, de uma forma diferente, não usava óculos, seus sapatos e os retalhos do vestido eram diferentes. A segunda o vestido passou com bolinhas pretas para brancas. Na versão atual, a personagem mudou a forma do cabelo, passou a usar óculos, e os detalhes do vestido, além do sapato mudaram.

personagens da Tina

Confira as revistas da Tina no site do Mania de gibi

Revistas da Tina

7 Comentários 50 anos Turma da Mônica: Turma da Tina

  1. laura

    eu adoro as revistas da tina tenho 2 mochilas,2 gavetas e 1 baú cheio de livros da turma da monica só tenho uma revistada tina mas adimiro muito ela eu teho 10 anos e acho que a revista da tina ensina umpouco sobre adolescentes.amo muito vcs kisskisskisskisskisskisskiss kiss kiss kiss um beijão laura!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  2. pedro garcia

    o mauricio poderia mostrar a tina,a pipa,o cascão,o xaveco,o franjinha,o chico bento,o astronauta e o louco na vida real,e o que fazem atualmente

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