Pato Donald e Tio Patinhos estão entre os personagens com revista saindo do forno
Quadrinhos sempre foram destaque na Editora Abril, e ajudaram a forjar o que viria a se tornar um dos principais grupos de comunicação do Brasil, com alcance internacional. Fundada em 1950 por Victor Civita, a editora apostou na nona arte desde o início, lançando Pato Donald #1.
Com o passar das décadas, diversos materiais saíram com o selo da Abril, incluindo Disney, Turma da Mônica, Marvel, DC, Image, HQs nacionais, europeias e japonesas, de diferentes gêneros.
O início dos anos 2000 trouxe mudanças significativas. As revistas dos heróis da Marvel e da DC foram para a Panini, causando uma reformulação na editoria de quadrinhos. A Disney permaneceu, e Mickey, Tio Patinhas, Zé Carioca, Pato Donald e companhia continuaram sendo publicados mensalmente, juntamente com os almanaques e edições temáticas.
E o quadro assim permaneceu por alguns anos. Até 2014.
Com a publicação de Dragon Lords – O Reino dos Dragões e O Mistério dos Signos, ambos em janeiro daquele ano, começava um movimento que se fortaleceu: edições em capa dura e acabamento de luxo de quadrinhos da Disney. Não que volumes com esse acabamento fossem inéditas. A primeira, Cinquentenário Disney, saiu em 1973.
Em 2015, isso se fortaleceu e foram lançados Os 80 anos do Pato Donald, Era uma vez na América, A saga do Tio Patinhas, Contos de Natal, Disney Cinema, História e Glória da Dinastia Pato e Um brasileiro chamado Zé Carioca.
Já em 2016 vieram Ducktales – Os caçadores de aventuras, Escoteiros Mirins, A Espada de Gelo, As grandes aventuras de Mickey, Iniciativa Super-Heróis, Mickey Mystery, Maga & Min, Pateta Repórter e os manuais (como os do Escoteiros Mirins, Autorama, Magirama, Vovó Donalda e Mickey).
O resultado animou a editora, que decidiu ampliar o catálogo, chegando ao ápice neste ano de 2017.
Além das edições temáticas em capa dura (como Pateta faz história, Tesouros Disney, Tio Patinhas 70 anos e Huguinho, Zezinho e Luisinho – Os 80 anos dos sobrinhos do Donald), a Abril tem três coleções em andamento, com uma frequência que chamou a atenção dos leitores.
Pato Donald por Carl Barks começou ainda em 2016, e teve oito volumes publicados até agora: Perdidos nos Andes, O segredo do castelo, Em busca do unicórnio, A cidade fantasma, O papagaio contador, O vil metal e os vilões, A noite das Bruxas e Natal nas montanhas.
Depois, veio a coleção Os anos de ouro do Mickey, que em poucos meses ganhou 12 volumes: Mickey na ilha misteriosa, Mickey no circo, O mistério do castelo assombrado, Os piratas, Uma aventura no oeste, O terror dos mares, Mickey na legião estrangeira, A ilha no céu, O monarca de Medioka, Mickey contra o Mancha Negra e Lá no rancho grande e Na Idade da Pedra.
A coleção de luxo mais recente foi lançada em setembro deste ano: Biblioteca Don Rosa – Tio Patinhas e Pato Donald, com quatro volumes já disponíveis: O filho do Sol, Volta a Quadradópolis, O tesouro na bolha de vidro e O último membro do clã Mac Patinhas.
Como têm acabamento de luxo, esses materiais evidentemente saem mais caro para o bolso. “Os leitores dessas edições são, de fato, mais maduros e têm maior poder aquisitivo. Muitos deles costumavam comprar edições avulsas, pararam de ler há algum tempo e voltaram agora, para acompanhar as novas versões. Alguns são casados e hoje apresentam aos filhos esses volumes de luxo com as histórias que os cativaram no passado”, conta Figueiredo.
Pelo andar das coisas, não vai parar por aí. Apesar de não revelar ainda, a Abril tem mais planos para 2018, e um deles deve ser a coleção Créations originales, da editora francesa Glénat, que reúne aventuras inéditas criadas por grandes autores europeus, seguindo os mesmos moldes das Graphic MSP e Spirou de.