Quadrinistas nacionais terão obras lançadas pela Panini

DC made in Brazil” reúne histórias desenhadas por seis ilustradores que têm vaga cativa nos gibis dos EUA

Panini lança obras de quadrinistas nacionais

Ninho para talentos tipo exportação do quadrinho nacional, a DC Comics, um dos grupos mais bem-sucedidos do mercado editorial americano graças a personagens como Super-Homem e Batman, resolveu prestigiar seus principais colaboradores brasileiros com uma antologia que acaba de chegar às bancas.DC made in Brazil” reúne histórias desenhadas por seis ilustradores que têm vaga cativa nos gibis dos EUA. Entraram na seleção os paulistanos Ivan Reis e Joe Prado, o santista Paulo Siqueira, o cearense Ed Benes, o paraense Eddy Barrows e o gaúcho Rafael Albuquerque, atualmente nas bancas com a série “American Vampire“, idealizada pelo escritor Stephen King. Os textos são de roteiristas estrangeiros.Editado em português pela Panini Comics (distribuidora da DC em diversos países), o álbum surgiu como reação a uma série de prêmios conquistados nos EUA por quadrinistas brasileiros envolvidos com editoras estrangeiras. É o caso dos gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá, laureados em 2011 com o prêmio Eisner, considerado o Oscar do setor, pela minissérie “Daytripper” (também da DC), compilada no Brasil numa única edição, lançada no fim do ano passado.
— Nao existe um padrao de arte estabelecido pela DC. Existem estilos de artistas que agradam a alguns públicos mais do que a outros, então, naturalmente, alguns quadrinistas acabam optando por seguir um estilo já estabelecido do que por desenvolver um estilo novo e correr o risco de nao agradar — explica Albuquerque, que participa de “DC made in Brazil” desenhando um roteiro de Michael Green e Mike Olson estrelado pela Supergirl e por Robin. — Isso não é uma imposicao da editora. É algo que o próprio artista acaba fazendo por sua conta.
Escrita por Geoff Johns, a aventura “Recrutamento”, com o traço de Ivan Reis, abre o mix de “DC made in Brazil” numa trama que resgata o super-herói Capitão Átomo e o vilão Major Força, tendo o Homem-Morcego e o Homem de Aço como coadjuvantes. Desenhista do Lanterna Verde e do Aquaman em território americano, Ivan também assina a capa do quadrinho, que tem 148 páginas.

Com experiência em títulos de sucesso nos anos 1990 como “Gen 13” e “WildC.A.Ts”, Ed Benes desenha um enredo pontuado pelo romantismo escrito por Mark Verheiden, acompanhando o relacionamento entre Lois Lane e o Super-Homem. Joe Prado ilustra uma parábola de Sterling Gates com o Lanterna Verde. Já Barrows ajuda o escritor Sean McKeever a narrar as peripécias dos Novos Titãs, e Siqueira recorre à Liga da Justiça ao ilustrar “Deixados para trás”, de Andrew Kreisberg.
Prática comum na Europa
Especializado em marketing editorial para o mercado de HQs, o publicitário Helio Eduardo Lopes lembra que na França e na Bélgica são comuns antologias de quadrinistas de diferentes nacionalidade envolvidos na produção europeia.
— Para desenhistas iniciantes, edições como “DC made in Brazil” é uma base para entender o que o mercado estrangeiro, em especial o dos EUA, deseja como resultado daquele profissional — diz Helio. — Para um artista brasileiro, essas publicações servem como um aprendizado para se trabalhar com roteiros previamente pautados e prazo curto.

fonte: o globo

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