Os Smurfs, ou Strunfs

Saiba mais sobre os pequenos personagens que se tornaram mundialmente famosos.

Os Smurfs ou Strunfs

No distante ano de 1958, na Bélgica, surgiam os pequenos personagens que, décadas depois, se tornariam mundialmente famosos. Les Schtroumpfs (nome original, em francês) tiveram sua primeira aparição no papel de coadjuvantes, numa trama da série em quadrinhos Johan et Pirlouit, que se passava na Idade Média, com as aventuras de um cavaleiro e seu escudeiro, na história La Flûte à six trous, publicada no famoso Le Journal de Spirou (Dupuis).

Posteriormente, as histórias seriam coletadas em álbuns, que fizeram bastante sucesso na Europa. O criador, o belga Pierre Culliford, conhecido como Peyo, faleceu em 1992.

Pierre Culliford, criador dos Smurfs

Foi no ano de 1975 que os duendes azuis chegaram às bancas brasileiras, sob a supervisão editorial de Otacílio D’Assunção Barros (Ota), pela Editora Vecchi, com um nome próximo ao seu original: Os Strunfs, e com alguns personagens que teriam seus nomes modificados posteriormente com o advento do desenho animado, como você verá a seguir.

Os Strunfs são duendes azuis que vivem numa aldeia na floresta, escondidos do resto do mundo. Cada habitante tem sua peculiaridade, e é chamado de acordo com ela. Assim, há o Strunf preguiçoso, o cozinheiro, poeta, brincalhão, zangado e por aí segue.

Nos arredores da aldeia dos estrumpfes (smurfes), vive o feiticeiro e alquimista Gasganete (Gargamel) e seu gato Azrael (Cruel). O feiticeiro persegue os estrumpfes (smurfes). Inicialmente Gargamel queria apenas comer os Smurfs; mais tarde descobriu uma fórmula para obter ouro que precisava de Smurfs como ingrediente (no mínimo seis), mas depois de repetidas falhas, a simples possibilidade de vingança é motivação suficiente. Embora Gargamel já tenha capturado Smurfs errando por sua casa e floresta várias vezes, ele jamais conseguiu matar nenhum. Ele também não conhece a localização da vila dos Smurfs, fato que constantemente o frustra (algumas vezes, conseguiu descobrir, mas esquecia o caminho).

Depois de penar nas mãos dos duendes, o bruxo decide semear a discórdia entre os pequeninos e, para tanto, usa a Strunfete (Smurfete), numa das mais divertidas tramas da série. A moçoila espalha o caos na aldeia, falando sem parar e provocando situações que colocam todos em grandes enrascadas.

Uma curiosidade das histórias é a maneira de falar dos personagens, que utilizam como verbo de ação “strunfar” (posteriormente “smurfar”). Portanto, eles strunfam diversas coisas ao longo das aventuras, e quem não gostar que se strunfe…

A primeira vez que a série foi publicada no Brasil foi em 1975, pela Vecchi, que lançou sete edições em formatinho e três álbuns com o nome Os Strunfs.

Os Strunfs

Com o final da série pela Vecchi, que publicou sete edições em formatinho e os álbuns O Ovo Strunfado, Os Strunfs e o Crau-Crau (este um dos mais divertidos) e O Cosmostrunf, os personagens voltariam com tudo no início da década de 1980, graças ao desenho animado da Hanna-Barbera, que fez sucesso mundial, e chegou ao Brasil pela Rede Globo.

De 1982 a 1983, a Abril publicou uma revista mensal em formatinho (durou 6 exemplares), mas já com o nome popularizado nos desenhos animados: Os Smurfs.
Reza a lenda que o nome “Smurfs” foi utilizado porque era mais fácil de ser pronunciado que o título original, principalmente pelo público dos Estados Unidos.

 

Gargamel Gargamel

Vila Smurf Vila Smurf

Papai Smurf Papai Smurf (Papa smurf): O chefe da vila dos Smurfs e o segundo mais velho. Tem um barrete vermelho, ao invés do popular barrete branco dos outros Smurfs. Conhece alquimia melhor que Gargamel.

Smurfete Smurfette: Originalmente a única Smurf feminina, foi criada por Gargamel como um plano de atrair os Smurfs para uma armadilha, mas Smurfete resolveu ficar para sempre com os Smurfs.

Rei Smurf Rei Smurf

Preguiça: é o que vive dormindo

Desastrado: é o que está sempre tropeçando e causando desastres

Fominha: o glutão.

Harmonia: o músico, mas sem talento. Sempre com trompete

Pintor: O pintor, usa paleta, avental de pintor e fala com sotaque francês.

Poeta: o que declama poesias.

Natural: o ranger. Usa pena no barrete.

Bebê Smurf: o bebê; foi entregue na vila por uma cegonha.

Ninguem: um smurf que aparece apenas em um episódio, e não demonstra habilidade com nada, apesar dos inúmeros esforços de tentarem descobrir no que ele seria bom. Ao final do capítulo, ao salvar a vila de Gargamel, passa a ser chamada de “alguém”

  Robusto (Hefty Smurf): o mais forte dos Smurfs, tem tatuagem de coração flechado no braço.

Gênio (Brainy Smurf): Smurf estudioso, aprendiz de Papai Smurf. É também o mais chato, sempre corrigindo os outros. Usa óculos.

Joca (Jokey): é o Smurf que prega peças; distribui presentes explosivos.

Ranzinza (Grouchy Smurf): é o reclamão. Sua opinião a respeito de qualquer assunto é: “Eu odeio (assunto)”.

Gourmet: o cozinheiro. Usa gorro de chef e avental

Vaidoso: tem florzinha no barrete e vive se admirando em espelhos

Habilidoso: inventor e conserta tudo. Usa lápis na orelha.

Assustado: o medroso.

Arquiteto: cria as casas de cogumelos dos Smurfs

Vovô Smurf: o mais velho dos Smurfs, que retorna a vila depois de 500 anos de ausência.

3 Comentários Os Smurfs, ou Strunfs

  1. Francisco Carlos Amado

    Lembro-me, dessa turminha que tinha O Grande Strunf como mentor, o único de calça vermelha e barba a la Karl Marx. Adoro eles e tenho TODAS as revistas da Vecchi, no auge dessa editora. Ainda adolescente acompanhei essas aventuras e amei cada quadrinho dessa criação de Peyo – e eu nem sabia como era esse autor fisicamente ou em foto.
    Meu gosto eclético de HQs me levou a amar cada gibi da época, como: Mortadelo e Salaminho, PingaFogo, Brasinha, TakaTakata, Speed Racer, Heróis da TV ( não a da Abril… ) e outras tantas revistinhas. Tenho elas todas, mas espero postar os scans delas um dia, se alguem se interessar, pois…
    A Vecchi é minha pobre e favorita editora de meu tempo juvenil e alienado ( pois é… ); e hoje, com bons 50 anos de vida, ainda rememoro (sic) toda essa galerinha. São a minha paixão eterna e infância imorredoira!
    Agradeço aos quadrinhos ( dos anos 70 ) por aprender a ler e a escrever tão bem, e a leitura desses albúns dos Strunfs – para mim SEMPRE Strunfs! – foram de grande diversão, alegria, risos, etc.
    Gostaria de ver uma insurreição daqueles quadrinhos exatamente como sempre desejo: com os nomes Strunfs em seu lugar e com a mesmas palavras nos balões, sem perder o encanto de meu tempo. Quem sabe?
    Quanto aos desenhos, estes últimos insípidos para mim, jamais chegam aos pés do original universo de Peyo! E é isso mesmo!

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