Guedes é escritor, roteirista, pesquisador, jornalista, tradutor, cronista, desenhista, compositor, músico, poeta e editor
Roberto Guedes nasceu em 18 de dezembro de1965, na capital paulistana, mais precisamente na Bela Vista, mas foi criado no histórico bairro do Ipiranga.
Guedes é um dos profissionais brasileiros de quadrinhos dos mais polivalentes. É escritor, roteirista, pesquisador, jornalista, tradutor, cronista, desenhista, compositor, músico, poeta e editor. Dono de um estilo único de escrever, Guedes influenciou a linguagem jornalística e o “fandom” (termo importado pelo próprio) das HQs com suas expressões “marcas registradas” que hoje são muito usadas e repetidas, tais quais: “intrepid one” e “tá falado”. Iniciou sua carreira como quadrinista em 1988 pelas editoras GED, Ninja e Phenix.
Meteoro, de Roberto Guedes
Não havia nenhum personagem fixo. As histórias, tirinhas e gags (piada de um painel só) eram isoladas. Mas em paralelo, já escrevia HQs de super-heróis, como o Devastador, por exemplo, que era publicado em fanzines e revistas independentes. Tony Fernandes e Wanderley Felipe (Vanderfel) gostaram bastante de uma heroína de sua autoria chamada A Protetora, e, salvo engano, pretendiam publicá-la depois que a origem do Meteoro fosse lançada. Mas como todo mundo sabe, a Phenix fechou as portas antes que isso acontecesse.
Em 1992, lançou o selo “Status Comics”, para lançar sua linha de super-heróis. Em 1995, com a inclusão de alguns parceiros, passou a se chamar “Fire Comics”. Desde sempre, a revista do Meteoro (Stan Lee foi o impulso criativo que inspirou a criação e desenvolvimento do personagem) foi a mais popular entre os leitores, mas o gibi dos Protetores não ficava muito atrás. Os fanzines também vendiam razoavelmente bem. A Guerra dos Heróis acabou virando uma espécie de lenda no meio alternativo – até mesmo por que, ficou incompleta. Mas sempre teve mesmo, um carinho especial pelo Meteoro e os Protetores.
Apesar da Escala não faturar quase nada com o projeto Graphic Talents, tinha todo o interesse do mundo em continuar publicando o título, pois entendia que era uma boa manter um pé no segmento dos Quadrinhos. Além disso, o custo para se produzir era baixo – mesmo pagando valores razoáveis aos autores –, já que possuía (ainda possui) seu próprio parque gráfico. Acontece, porém, que o estúdio Mercado Editorial é que cuidava da produção editorial, e seu chefe decidiu por conta própria encerrar a produção de novas edições. Ele não queria ser responsável por uma revista que não vendesse bem. Foi por isso que Meteoro e Claudeciro (do Marcatti) acabaram saindo naquele tal Almanaque de Quadrinhos junto com várias reprises. Mesmo assim, esse almanaquinho deve ter vendido muito, pois é o exemplar mais difícil do selo Graphic Talents de se encontrar por aí.
Provavelmente, na ficção, o universo de ação de Meteoro teve alguma referência com o personagem Superboy ( apesar que, na confecção das primeiríssimas histórias do personagem, ainda nos anos 1980, ele estava totalmente “embriagado” pelas HQs do Homem-Aranha feitas por Lee, Ditko e Romita; além das aventuras juvenis do Nova, herói de Marv Wolfman), mas pode ter razão, pois ele sempre gostou bastante do Superboy, principalmente daquela última série pré-Crise, desenhada por Kurt Schaffenberger. Portanto, a coisa pode ter rolado em um nível subconsciente. Vai saber…
Entre seus trabalhos independentes mais populares, destacam-se também:
• Meteoro (1992)
• Status Comics (1995)
• Os Protetores (1995)
• Guepardo (1998)
• Quartel-General (1999)
• Gibilândia (2001)
Personagens criados por Roberto Guedes
• Cesar Mandari (Cesar Mandari)
• Chino (Desconhecido do Público )
• Guepardo (Daniel Gatteli)
• Laura Lopez (Laura Lopez)
• Meteoro I (Ricardo Ric” Marinetti)
• Meteoro II (Roger Mandari)
• Protetores
• Slady, O Príncipe Guerreiro de Anex
• Zé Inglês
Seus trabalhos profissionais no entanto foram paras as editoras Escala (2002-2005), Ópera Graphica (2002-2006) (lá, foi editor, tradutor, entrevistador, colunista e ensaísta de quase todas as publicações da casa, como por exemplo: 100 Balas (que ganhou vários prêmios), Batman Saga, Lendas do Cavaleiro das Trevas, Stripmania, Bizarro Comics, Betty Boop, Mandrake o Mágico, Ás Inimigo, Plop, 100%, Brakan, O Anel do Nibelungo, Batman v. Coringa, Superman: O Adeus, Príncipe Valente: Sementes da Revolta, Mirza, Velta, Lanterna Verde & Arqueiro Verde, e Fantasma: Sempre aos Domingos), Mythos (2006-2007), Panini (2007-2008)( colaborou com a Wizmania (desde seu primeiro número com esse nome – antes se chamava Wizard – realizando entrevistas exclusivas com ninguém menos que Roy Thomas, Marv Wolfman, Tom deFalco e Stan Lee – quatro ex-editores-chefes da Marvel (fato inédito no Brasil), além de ter comandado boa parte da linha Marvel da Panini, tornando-se o primeiro editor da luxuosa coleção Biblioteca Histórica Marvel) e Kalaco (2010-)
É autor dos livros: Quando Surgem os Super-Heróis (2004) e A Saga dos Super-Heróis Brasileiros (2005), ambos pela Ópera Graphica e a A Era de Bronze dos Super-heróis (2008) pela HQM Editora, sobre o período conhecido como Era de Bronze dos quadrinhos, pioneiro dedicado a tal período dos Quadrinhos no mundo. A Era de Bronze dos Super-Heróis ganhou em 2008 o Troféu Bigorna de “Melhor Livro Teórico” daquele ano.
Roberto Guedes também foi colaborador de sites especializados em quadrinhos, tais como HQ Maniacs e Bigorna.net, mas atualmente mantém seu blog Guedes Manifesto (http://guedes-manifesto.blogspot.com/ ), voltado para Histórias em Quadrinhos e que se tornou um selo independente, que lançou em março de 2010 a revista independente Almanaque Meteoro 1, com artigos, entrevistas e histórias em quadrinhos diversas, com destaque para o super-herói Meteoro.
Guedes ganhou mais três prêmios em sua carreira: dois Angelo Agostini de “Melhor Editor”, em 2002 e 2003; e o Jayme Cortez de 2004, por sua “Contribuição ao Quadrinho Brasileiro”.
Roberto Guedes preparou um novo livro que será lançado em breve: “O Homem que Renovou o Universo dos Super-Heróis”, que girará em torno da carreira de Stan Lee. É a primeira biografia de Stan Lee por um autor brasileiro.
Capa sem cores de “O Homem que Renovou o Universo dos Super-Heróis”
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Guedes
http://www.meuheroi.com/index.php?option=com_content&view=article&catid=80:entrevistas&id=154:meteoroentrevista
http://guedes-manifesto.blogspot.com/
http://www.guiadosquadrinhos.com/artistabio.aspx?cod_art=2067
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