Homem-Aranha 50 anos: Confira a segunda parte da materia especial sobre a vida herói aracnídeo

Saiba sobre as mulheres e vilões nas histórias de Homem Aranha

Vilões do Homem Aranha

Mulheres na vida do Homem Aranha

Tia May Parker

Tia May Parker

Tia May Parker
Tia de Peter, May criou-o desde pequeno, depois que seus pais morreram. Primeiro, com a ajuda do marido, Ben; depois, sozinha, quando ficou viúva.
May sempre teve um papel fundamental na vida do sobrinho. Foi ela quem, depois de muito custo, apresentou o tímido rapaz à Mary Jane Watson, sua futura nora. Forte de espírito, a velhinha sempre teve saúde frágil. Não raro, sofria ataques cardíacos, ou coisa que o valha. Já viúva, teve dois namorados: o rabugento Nathan Lubensky e Willie Lumpkin, ex-carteiro do Quarteto Fantástico. Nathan foi morto em um conflito envolvendo o Aranha e o Abutre, e Willie desapareceu depois de algum tempo.
A tia May sempre foi o esteio de Peter, seu porto seguro. Graças ao senso de responsabilidade da bondosa senhora e de seu marido, o jovem acolheu a carreira de Homem-Aranha. Antes de se casar com Mary Jane Watson, era ao se lembrar de May que ele reunia forças para superar as mais difíceis situações. Inúmeras vezes, quando tudo parecia perdido, o Homem-Aranha indagava-se como a anciã ficaria sem seu sobrinho, como reagiria se descobrisse que ele era a ameaça mascarada denunciada pelo Clarim Diário. Então, a irrefreável vontade de lutar voltava, fazendo nosso herói superar aquele obstáculo ou derrotar o inimigo. O padrão-ouro destas aventuras é Se este for o meu destino, historia em três partes que representou o auge da fase do desenhista Steve Ditko. Foi publicada, pela última vez no Brasil, em Spider-Man Collection 7 e 8, da editora Abril.
Durante a Saga do Clone May foi dada como morta, mas, pouco depois, reapareceu viva e – dadas as circunstâncias – saudável. Depois do casamento de Peter, a importância de May na vida do aracnídeo diminuiu, mas continua bastante presente.

 

Betty Brant

Betty Brant

Betty Brant
Betty Brant foi a primeira namorada de Peter Parker.
Os dois conheceram-se no Clarim Diário. Na época, ela era secretária de editor J. J. Jameson. Apesar de mais velha, logo se apaixonou por Peter. No entanto, nem tudo foram rosas. Além de ciumenta, Betty achava que o rapaz aventurava-se demais. Comparava-o a alguém que ela conhecia cujo nome jamais revelava. Isso impedia que seu namorado a ajudasse. Não tardou muito para que os leitores soubessem que as más recordações da jovem tinham a ver com Gordon, alguém que dificultou muito sua vida.
Amigo de Bennett Brant, o irmão de Betty, Gordon levou-o a se envolver em apostas arriscadas. Na tentativa de saldar as dívidas, Bennett pediu dinheiro emprestado a Blackie Gaxton e não pagou. O mafioso procurou-o em sua casa, mas só encontrou sua mãe. Assustada, a Sra. Brant mandou-o embora, o que irritou o bandido. Ele a agrediu, deixando-a paraplégica.
Com medo de Gaxton e tendo que pagar contas hospitalares, Betty assumiu o lugar da mãe como secretária de J. J. Jameson, o editor mais ranzinza do mundo. Mais tarde, contraiu empréstimos com agiotas, envolveu-se com Octopus e com os Executores.
O tempo tratou de afastar Peter e Betty, deixando o terreno livre para um repórter do Clarim, Ned Leeds. Ele se casou com a moça, mas o matrimônio não durou muito. Ned foi assassinado e levantaram-se suspeitas de que fosse o Duende Macabro. O estado emocional de Betty foi muito abalado. Com a ajuda de Peter, ela se recuperou e tornou-se jornalista do Clarim. Com impressionante determinação, desmascarou a farsa que vinculava seu falecido ao supervilão.

 

Liz Allen, Homem Aranha

Liz Allen

Liz Allen
Linda e popular.
Eis os adjetivos que melhor descreviam Liz Allen, aluna do colégio Midtown na época em que Peter Parker ainda era o magrelo CDF, ridicularizado por seus colegas de classe. O tímido garoto, porém, sentia-se atraído por ela, confirmando a teoria de que os opostos se atraem. Infelizmente, Liz não lhe dava a mínima. Afinal, era namorada de Flash Thompson, o popular capitão do time de futebol americano da escola.
Quando Peter ganhou seus poderes, Liz passou a vê-lo com outros olhos; e aproveitou-se dele para provocar ciúmes em Flash. Mais tarde, ela promoveu sua aproximação da turma da qual também fariam parte Harry Osborn, Mary Jane Watson e Gwen Stacy.
Com o tempo, a paixonite adolescente de Peter desapareceu. Restou apenas uma grande amizade. Liz casou-se com Harry Osborn e passou por maus bocados, principalmente quando a psicose do marido se manifestava e ele assumia a identidade do Duende Verde. A pobre moça ainda culpa, em parte, o Homem-Aranha por muitas de suas agruras matrimoniais. Por outro lado, reconhece que, sem a proteção do herói, talvez ela e o filho tivessem tido um destino mais sombrio nas mãos de seu sogro, Norman.
Depois da morte de Harry, Liz manteve-se no controle das Indústrias Osborn até que o patriarca da família voltasse do túmulo. Atualmente, a maior preocupação de Liz é manter seu filho longe da influência negativa do avô.

 

 

 

Gwen Stacy, Homem Aranha

Gwen Stacy

Gwen Stacy
Para muitos, a personagem mais querida de todo o elenco de coadjuvantes do Homem-Aranha.
Gwen era a namorada de Peter Parker – e, talvez de todos os seus leitores – durante o início da década de setenta. Meiga, gentil e carinhosa, Gwen até hoje faz falta.
Como tudo na vida de Peter, o namoro dos dois não foi um mar de rosas, mas teve seus bons momentos. A ruína começou quando o capitão George Stacy, pai de Gwen, morreu acidentalmente numa luta entre o Aranha e o Dr. Octopus. Gwen, a princípio, culpava o Aranha pela morte do pai, o que deixava Peter numa situação difícil ao defender a inocência do Aranha.
Quando tudo parecia estar se endireitando, o Duende Verde (Norman Osborn), que conhecia a identidade do Aranha, enlouqueceu de novo e seqüestrou Gwen. Durante o conflito, que se deu sobre a ponte George Washington, o vilão jogou a moça lá de cima. O Aranha tentou deter a queda com sua teia, mas o pescoço de Gwen quebrou-se e ela morreu. A cena da ponte no filme do Homem-Aranha é uma referência explícita a essa história.
Sua morte repercutiu como uma bomba na vida do Homem-Aranha e das pessoas ao redor dele. Pela primeira vez desde que foi picado pela aranha radioativa, Peter Parker desejou tirar uma vida; no caso, a de Norman Osborn. Ao fim da luta, o Duende morreu, porém não pelas mãos de nosso astro.
Outro que se abalou muito foi o professor Miles Warren, secretamente, o Chacal. Ele era apaixonado por Gwen e fez vários clones dela.
Depois de muito tempo de luto, Peter reencontrou, em Mary Jane, o amor que perdera. No entanto, jamais deixou de sentir falta de Gwen, prato cheio para os escritores que, vez por outra, oferecem histórias não contadas de quando ela ainda vivia.

 

Debra Debby Whitman, Homem Aranha

Debra Debby Whitman

Debra Debby Whitman

Debby era assistente do Professor Sloan, na Universidade Empire State, onde Peter estudava, e apaixonou-se por ele. No entanto, o sentimento não foi correspondido, uma vez que seu colega vivia preocupado com suas notas e a falta crônica de dinheiro. A certa altura, a jovem começou a ter estranhos sonhos nos quais via Peter como o Homem-Aranha. A psicose era reforçada pela vitalidade acima do comum do rapaz e de suas fotos serem as melhores do herói aracnídeo.
Quando o estado mental de Debby agravou-se, Peter decidiu lhe revelar sua identidade secreta. A psicologia reversa surtiu resultado e Debby convenceu-se de que ele jamais poderia ser o Escalador de Paredes. Pouco depois, partiu de Nova Iorque e não tornou mais a aparecer.

 

Mary Jane Watson, Homem Aranha

Mary Jane Watson

Mary Jane Watson
Esposa de Peter, ela demorou para entrar na vida do herói.
No início, May Parker e Anna Watson queriam desesperadamente que seus sobrinhos se conhecessem. Assim, as duas viviam marcando encontros entre os dois. Peter, no entanto, sempre dava um jeito de escapar. Temia que Mary Jane não fosse atraente. Quando o menino não conseguia se safar, era ela quem ficava doente ou coisa do gênero. Meses de fugas nada heróicas depois, ele não teve escolha e conheceu a garota. Só então percebeu como havia marcado bobeira. A sobrinha de Anna Watson era uma linda deusa de cabelos ruivos.
Mary Jane sempre foi estabanada, animada, ousada e independente; pelo menos na faceta que revelava ao mundo. No íntimo, porém, guardava mágoas de uma infância sofrida, sob o jugo de um pai repressor e ausente; um covarde que, no momento de maior dificuldade, abandonou a família. MJ reprimiu, então, as recordações dolorosas, buscando levar uma vida mais empolgante.
Na turma da faculdade, ela era a cabeça de vento. Foi namorada de Harry Osborn e, mais tarde, de Peter Parker.
Modelo profissional, esteve ausente um longo período, viajando pelo mundo. De volta a Nova Iorque, reaproximou-se de Peter, revelando, inclusive, que conhecia sua dupla identidade. Não tardou e ele a pediu em casamento pela segunda vez. Como antes, ela não aceitou. Porém, a recusa não durou muito, e os dois finalmente se casaram.
Mary Jane teve uma filha com Peter Parker durante a A saga do clone. A menina, no entanto, foi seqüestrada por Norman Osborn antes mesmo que seus pais pudessem vê-la. Para o casal, a pequena May Parker nasceu sem vida. Por muitos meses, a própria Mary Jane foi dada como morta.
Brian Michael Bendis, em seu Ultimate Spider-Man, uma revisão anos 2000 do mito do Homem-Aranha, trouxe aos leitores uma versão bem diferente de Mary Jane. A menina linda e estabanada da versão clássica de Stan Lee cedeu lugar a uma garota estudiosa e solitária. No Universo Ultimate, Peter e MJ estudam no mesmo colegial e se conhecem desde a infância.

 

Felicia Hardy, Homem Aranha

Felicia Hardy, Gata Negra

Felícia Hardy
Filha do ladrão conhecido como o Gatuno. Após a morte do pai, Felícia abraçou sua carreira e tornou-se a Gata Negra.
Um plágio da Mulher-Gato? No princípio, sim. Com o passar dos anos, porém, a personagem diferenciou-se bastante da inimiga de Batman.
Ela e o Aranha entraram em conflito diversas vezes, mas o tempo desenvolveu, entre eles, um sentimento novo, que a levou a se regenerar e se tornar parceira do herói. Ele, inclusive, revelou-lhe sua identidade. No entanto, quando quase morreu nas mãos do Dr. Octopus, o Aranha desfez a parceria. Teve medo de que, sem poderes, a jovem fosse alvo fácil dos supervilões. Frustrada, buscou ajuda onde pôde até ser auxiliada, sem saber, pelo Rei do Crime. Graças ao criminoso, adquiriu o dom de provocar azar em quem a atacasse. Voltou, então, a atuar ao lado de seu colega de aventuras. O romance, porém, não durou, uma vez que, vez por outra, ela cometesse pequenos furtos.
A situação entre ambos agravou-se quando ficou evidente que Felícia não só trazia má sorte a quem a ameaçasse, mas àqueles que se acercassem dela. Com a ajuda do Dr. Estranho, o mal pôde ser desfeito, mas ela perdeu os poderes.
Mais uma vez, Felícia desapareceu. Ao dar as caras de novo, descobriu seu antigo amor casado. Tentou causar ciúmes, namorando Flash Thompson, mas isso não durou.
Hoje, abandonou a carreira de criminosa e tornou-se mercenária. Muito raramente, revive a parceria com o Homem-Aranha.

 

 

Garota Aranha, Homem Aranha

Garota Aranha

A Garota-Aranha
Anos atrás, a Marvel expandiu suas fronteiras e iniciou um projeto chamado Marvel Comics 2, ou, simplesmente, MC2. A idéia era apresentar um futuro alternativo, no qual uma nova geração continuaria o legado dos heróis de hoje. Assim, filhos assumiriam a identidade de seus pais e adolescentes de hoje tomariam as rédeas de grupos clássicos.

Vilões do Homem Aranha

Camaleão, Homem Aranha

Camaleão

 

Camaleão
Primeira Aparição: Amazing Spider-Man 1
O Camaleão foi o primeiro supervilão a aparecer nas revistas do Homem-Aranha.
Dimitri Smerdyakov é um russo que imigrou cedo para os Estados Unidos. Mestre em disfarces, logo tornou-se espião industrial a serviço de quem pagasse mais. Com sua carreira em decadência, ele decidiu também roubar obras de arte. Seu primeiro de muitos confrontos com o Aracnídeo deu-se quando ainda estava no ramo da espionagem. As sucessivas derrotas fizeram com que desenvolvesse um ódio mortal pelo herói aracnídeo.
Com o tempo, o Camaleão desenvolveu um soro que tornou sua pele maleável, podendo assumir o rosto que desejasse. Agora, de posse de um cinto computadorizado que mudava o aspecto de seus trajes, o Camaleão tornou-se um oponente ainda mais perigoso. Isto tornou-se mais evidente após suicídio de Kraven, o Caçador.
Anos antes, ainda na Rússia, Dimitri havia sido criado da família de Kraven. Com a morte deste, o insidioso criminoso elaborou um intrincado plano de vingança e descobriu a identidade do herói aracnídeo. No entanto, este conhecimento não impediu sua derrota. Hoje, seu estado mental – abalado com a morte de Kraven – a agravou-se consideravelmente.

 

Abutre, Homem Aranha

Abutre

Abutre
Primeira Aparição: Amazing Spider-Man #2
O sexagenário inventor Adrian Toomes desenvolve um aparelho eletromagnético que o permite voar. Convencido que essa descoberta o trará fama e fortuna, ele decide compartilha-la com seu sócio, o bem mais jovem empresário Gregory Bestman. Ao chegar no escritório de Bestman, porém, Toomes encontra documentos que provam que Bestman estava mantendo para si a maior parte dos lucros da empresa, enquanto pagava uma ninharia a Toomes. Pior, ao confrontar Bestman com a descoberta, Toomes descobre que Bestman usara de subterfúgios legais para afastar Toomes da sociedade e tornar-se o único dono da empresa!
Irritado com isso, Toomes decide manter sua nova invenção para si próprio. Após descobrir que o aparelho, além de permiti-lo voar, ainda lhe dá força e vigor sobre-humanos, Toomes decide embarcar em uma carreira criminosa, começando pela empresa do ex-sócio (que ele mataria anos depois). Mas sua carreira é repetidamente frustrada pelas seguidas intervenções de um certo amigo da vizinhança…
Um dos primeiros inimigos do Homem-Aranha, o Abutre também tem o mérito de ser o primeiro inimigo recorrente do aracnídeo (sua segunda aparição foi em Amazing Spider-Man #7! Muito antes da primeira aparição de maior parte dos outros inimigos clássicos do Aranha).
Cruel e impiedoso (ele matou o idoso Nathan Lubenski, ex-namorado da Tia May e amigo do próprio Abutre, e já tentou matar até mesmo a pobre velhinha!), o Abutre certamente se qualifica como um dos maiores inimigos do aracnídeo (e foi um dos fundadores do Sexteto Sinistro, participando de todas as formações da equipe de vilões), nem todos os roteiristas sabem aproveita-lo eficientemente. Os bons usam o fato dele ser o mais idoso dos inimigos do Aranha como contraponto à juventude do herói (destaque para Roger Stern, que também foi quem criou os pormenores da origem do vilão). Os maus tentam substituí-lo por versões mais jovens.
O primeiro desses jovens abutres foi Blackie Drago, que obteve de um Adrian Toomes moribundo a localização de um de seus trajes voadores. De posse do traje, ele decide iniciar sua própria carreira criminosa. Ele não duraria muito, sendo derrotado pelo Aranha e, depois, pelo próprio Adrian Toomes, que afinal não estava tão moribundo assim…
O segundo e mais estranho de todos, era o Dr. Clifton Shallot, que foi transformado em uma versão deformada do Abutre original através de biomutação (!). Ele foi curado pelo Homem-Aranha depois de sua única aparição.
A seguir apareceu um grupo de Abutres (!!!). Quatro criminosos que vestiam uma variação do traje do Abutre original e utilizavam zarabatanas como armas! Depois de serem repetidamente vencidos pelo Aranha, foram sumariamente surrados pelo Abutre original e nunca mais apareceram.
O último dos jovens abutres foi o próprio Adrian Toomes. Após descobrir que desenvolvera um câncer terminal por causa do uso repetido de seu aparelho voador, ele rouba uma máquina capaz de sugar a energia vital das pessoas e transmiti-la para si próprio (!). Uma overdose de energia vital do Homem-Aranha o cura do câncer e o rejuvenesce (deixando-o com um visual convenientemente igual ao do jovem Abutre do desenho animado do Aranha então em exibição…) por um certo tempo, até que a máquina é destruída em um novo combate com o aracnídeo e o Abutre volta a ter uma idade avançada, ainda que com boa saúde.
Como todos os vilões clássicos do Aranha, ele continua em atividade, pronto para tornar miserável a vida do nosso querido aracnídeo ou para surrar algum jovem Abutre arrivista que porventura venha a aparecer. Quem disse que não se pode ser um bom supervilão na terceira idade?
Em Gênese, John Byrne recontou a origem do Abutre da mesma forma que esta fora estabelecida por Stan Lee e, posteriormente, Roger Stern. Ele, porém, faz uma sutil alteração no uniforme do personagem (que não pegou, como todas as tentativas anteriores de se mudar o clássico uniforme do Abutre) e ligou sua primeira aparição com a do também sexagenário Consertador.

Consertador, Homem Aranha

Consertador

O Consertador
Primeira aparição: Amazing Spider-Man #2
Como o Abutre, Phineas Mason, o Consertador é um dos mais idosos inimigos do Homem-Aranha. Curiosamente, em sua primeira aparição (na mesma edição que o Abutre!) ele foi mostrado como um invasor alienígena disfarçado (!), mas isso mais tarde foi revelado ser uma armação do vilão Mysterio.
Mais inteligente que a média dos vilões, o Consertador não tem o hábito de cometer crimes diretamente. Ao invés, ele sobrevive vendendo armas e apetrechos ultratecnológicos a vilões de segunda linha, como o Besouro. Isso o fez ter muito poucos embates com o Homem-Aranha, embora seja um de seus adversários mais antigos. Seu momento de glória (glória?) foi quando lançou o Aranhamóvel contra o herói…
Tendo mais afeição por máquinas do que por seres humanos, ele certa vez construiu um robô assistente de aparência humana chamado Toy, a quem tratava como um filho. Este foi destruído pelo Homem-Aranha.
Em Gênese, John Byrne tenta conciliar a primeira aparição do Consertador (como alienígena) com as revelações posteriores de que tudo teria sido uma encenação de Mysterio. O resultado final soa tão artificial quanto essa idéia pareceu quando foi revelada a primeira vez.

 

Doutor Octopus, Homem Aranha

Doutor Octopus

Dr. Octopus
Primeira aparição: Amazing Spider-Man #3
Filho de Torbet e Mary Lavínia Octavius, o franzino Otto Gunther Octavius sofria, na escola, perseguições dos valentões. Para desgosto de seu pai, era incapaz de revidar. O velho Torbet faleceu pouco antes de Otto ingressar na faculdade sem suspeitar do destino do menino.
Já formado e físico nuclear de renome, o jovem cientista desenvolveu um aparelho composto de tentáculos hidráulicos para tornar mais segura a manipulação de isótopos radiativos. Na época, apaixonou-se por Mary Alice Burke, mas o namoro não deu certo por influência da mãe de Otto. Pouco depois, durante uma discussão, Mary Octavius sofreu um ataque cardíaco. Sua morte levou o filho a mergulhar insanamente no trabalho, propiciando que, num descuido, sofresse um acidente com materiais radioativos. Como resultado, seus tentáculos passaram a responder a seus comandos telepáticos, e, devido ao trauma, o cientista tornou-se egocêntrico e megalomaníaco. Iniciou-se, então, sua carreira criminosa e uma extensa seqüência de batalhas contra o Homem-Aranha. Octopus é teve o mérito de ter sido o primeiro vilão a derrotar o herói aracnídeo.
Cansado de sucessivas derrotas, Octopus idealizou a formação do Sexteto Sinistro. No princípio, este grupo de supervilões, era composto por Elektro, Abutre, Mysterio, Kraven, Homem-Areia e o próprio Octavius, mas hoje, poucos da formação inicial permanecem nele, inclusive seu criador.
Embora mortífero e cruel, Octopus nutre um inusitado respeito pelo Homem-Aranha. Por isso, certa feita, foi ele quem salvou o herói de um vírus desenvolvido por dois outros criminoso, Abutre e Coruja. Afinal, seu valoroso adversário não poderia ser morto pela mão de outros. Coincidentemente – ou não – anos antes Octopus havia sido pensionista de May Parker e desenvolveu uma relação de afeto com a tia de Peter.
Durante A saga do Clone, Octopus foi assassinado por Kaine, um dos clones de Peter Parker. No entanto, não continuou fora de circulação muito tempo, sendo ressuscitado pela organização criminosa Tentáculo. Era a Marvel tentando neutralizar os efeitos de uma das seqüências de histórias que mais desagradaram os leitores.
Quando atualizou o surgimento de Octopus em Gênese, John Byrne ele fez o acidente que o havia transformado ser o mesmo que irradiara a aranha responsável pela alteração de Peter Parker, unindo assim as duas origens. Gênese, no entanto, é considerada uma história alternativa, não reconhecida pela cronologia oficial iniciada por Stan Lee nos anos 60.

Homem Areia, Homem Aranha

Homem Areia

Homem-Areia
Primeira aparição: Amazing Spider-Man #4
Flint Marko (vulgo William Baker ou Sylvester Mann) escondeu-se da polícia em uma área de testes nucleares e foi colhido por uma explosão experimental. Em vez de morrer, porém, teve o corpo fundido à areia, tornando-se maleável. Com seus novos poderes, podia quase se liquefazer ou se tornar sólido como uma rocha. Seus confrontos com o Homem-Aranha foram freqüentes, mas pouco ameaçadores. Marko só se tornava mais perigoso quando se juntava ao Sexteto Sinistro.
Certa vez, envolveu-se num confronto com o Homem-Hídrico, o que resultou numa criatura híbrida e irracional. Ambos os vilões conseguiram se separar, mas o trauma trouxe à tona a personalidade de William Baker, um homem cansado da vida criminosa e que se regenerou. Mudando seu nome para Sylvester Mann, arrumou emprego e tentou ficar longe de problemas. Infelizmente, o Dr. Octopus chantageou Baker, forçando o a se unir novamente ao Sexteto Sinistro. A derrota do grupo e a compreensão do Aranha levou o herói a recomendar ao presidente dos Estados Unidos a anistia de Baker. Isso garantiu que ele tomasse parte do Comando Selvagem de Silver Sable e mais tarde tornasse-se vingador reserva. Anos depois, foi capturado pelo Mago, o fundador do Quarteto Terrível, e teve a personalidade pervesa de Marko restituída. Com isto, o Homem-Areia voltou ao crime.
Em Gênese, John Byrne ligou Marko e Norman Osborn. Ambos seriam primos e Marko teria confrontado o Homem-Aranha pela primeira vez à pedido de Osborn. O quadrinhista também deu cabo das personalidades múltiplas. William Baker havia sido um prisioneiro que cumprira pena com Marko. Com a morte do primeiro, o criminoso pode fugir da prisão. Chegando a uma ilha usada pelo governo francês para testes nucleares, sofreu um acidente similar ao proposto por Stan Lee.

 

Lagarto, Homem Aranha

Lagarto

Lagarto
Primeira aparição: Amazing Spider-Man #6
Pesquisador renomado, o Dr. Curt Connors perdeu o braço direito na Guerra do Vietnã. Inconformado, passou a estudar os répteis, desenvolvendo uma fórmula que transmitiria a mamífero as capacidades regenerativas desses animais. Confiante, injetou a fórmula em si mesmo. Como resultado, seu braço foi regenerado, mas ele se transformou no réptil humanóide conhecido como Lagarto. Seu ódio aos mamíferos levou-o a criar dispositivos que os exterminasse da face da Terra, abrindo espaço para a dominação dos répteis. pteis que, segundo ele, são os verdadeiros herdeiros da Terra. Além disso, para o azar do Homem-Aranha, Curt Connors foi professor e é um dos melhores amigos de Peter Parker. Isso, e a amizade que Peter nutre por Martha e Billy Connors, respectivamente esposa e filho de Curt, faz com que o herói se preocupe muito em não ferir o Lagarto quando ambos entram em conflito. Infelizmente, o vilão não tem essa preocupação.
O Lagarto é como uma segunda personalidade de Curt, que se manifesta fisicamente em momentos de grande tensão, como acontecia com Bruce Banner e seu alter-ego, o Incrível Hulk. O Lagarto odeia Curt e tenta se livrar dele sempre que sua personalidade prevalece sobre à do cientista. Da mesma forma, Curt dedica a sua vida para se livrar da maldição que é o Lagarto. O irônico disso tudo é que, quando humano, Curt continua sofrendo do ferimento adquirido na guerra. Seu braço direito só aparece quando ele se transforma no Lagarto.
Por mais de uma vez, o Homem-Aranha e Curt Connors trabalharam em pesquisas que poderiam ajudar Curt a se livrar do Lagarto. Várias vezes ambos pensaram que haviam tido sucesso e, quando menos esperavam, Curt se transformava novamente no réptil. O Lagarto varia períodos de irracionalidade total – onde sua violência e crueldade alcançam os maiores limites possíveis – com estados onde consegue manter parte do intelecto científico de Curt, o que se manifesta em seus planos mais elaborados. O Lagarto mais irracional é mais fácil de ser manipulado e quando isso acontece, torna-se uma ameaça ainda mortal para o Homem-Aranha.

Electro, Homem Aranha

Electro

Electro
Primeira aparição: Amazing Spider-Man #9
A história de Electro não é muito diferente das dos demais inimigos clássicos do Homem-Aranha. Max Dillon é filho de Jonathan e Anita Dillon. Seu pai vivia desempregado e, quando Max tinha oito anos Jonathan abandonou a família. Max foi criado pela mãe superprotetora, que não deixava o filho alçar vôos mais altos. Quando Max quis sair de casa para cursar a universidade, talvez para estudar Engenharia Eletrônica ou Ciências foi desencorajado por Anita, que dizia que o filho não teria o QI necessário para tal coisa. Se você gosta de eletricidade, Maxwell, procure emprego na companhia elétrica, foram suas palavras. Anita morreu quando Max tinha 25 anos e trabalhava na companhia elétrica local. Seis meses depois, Dillon se casou com Norma Lyyn, secretária executiva na mesma empresa. Nessa época, Dillon havia subido na companhia e fazia parte da equipe de emergência. O casamento durou pouco e logo Norma abandonou Max.
Certo dia, um colega se encrencou no alto de um poste de luz e, como Dillon era o melhor perito da equipe de emergência, seu superior decidiu lhe pagar um extra para que o funcionário fosse resgatado. Quando lá em cima, depois de efetuar o resgate, Dillon foi atingido por um raio enquanto ainda manipulava os fios elétricos. Ao invés de morrer, Max saiu aparentemente ileso do acidente. Aparentemente apenas, pois logo depois ele descobriu que adquirira a capacidade de absorver eletricidade e usá-la em seu favor, absorvendo-a e convertendo-a em rajadas que poderia disparar contra quem quisesse. Poderia também surfar em fios elétricos, criar um escorregador de energia elétrica – semelhante ao usado muito pelo Homem de Gelo – etc… Decidiu usar suas recém-adquiridas capacidades para o crime. Quando efetuou seu primeiro assalto à banco, usou-se de eletricidade para escalar uma parede na fuga. Isso foi o suficiente para que o editor do Clarim, J. J. Jameson se convencesse de que o Electro e o Homem-Aranha eram a mesma pessoa. Para o azar de Jameson, no entanto, pouco depois desse fato o herói aracnídeo impediu que Electro levasse a cabo um plano de libertar criminosos perigosos para que trabalhassem para ele. As fotos de Peter Parker provavam que Jameson se enganara mais uma entre muitas vezes.
O Electro é um vilão do mesmo nível de Homem-Areia e Mysterio. Por mais que tente, nunca consegue ser uma ameaça extremamente perigosa para o Homem-Aranha. Isso se dá, provavelmente, pelo fato de Dillon não ser tão esperto quanto gostaria e quase sempre ser derrotado pelo herói aracnídeo de maneiras relativamente simples. Por mais de uma vez o Aranha derrotou Electro usando os poderes do vilão contra ele mesmo, juntando suas mãos e pés ou jogando-lhe água em cima, provocando um curto-circuito. Talvez por isso Electro seja uma das presenças mais constantes no Sexteto Sinistro, grupo de vilões idealizado pelo Dr. Octopus que, vez por outra, se reúne para tentar acabar de vez com o Homem-Aranha.
Apesar de ser um vilão de segundo escalão, Electro já se aproveitou de um momento em que o Homem-Aranha passava por uma crise de responsabilidade e conseguiu derrotar e humilhar o herói publicamente. Uma vitória efêmera já que logo o Aranha recuperou-se e conseguiu entregar Electro às autoridades. Nem mesmo quando passou por um processo que aumentou exponencialmente seus poderes, uma vitória completa sobre o herói aracnídeo foi possível. Os confrontos entre eles, no entanto, tem se tornado mais raros a cada dia.
Em Gênese, John Byrne ligou Max a Norman Osborn. Fora Osborn quem ajudara Dillon a criar o aparelho que controlava a eletricidade de seu corpo e planejara o assalto a banco que faria todos acreditarem que o Aranha e Electro eram a mesma pessoa. Byrne também alterou o uniforme do vilão e a idéia é que ele assumisse o novo visual permanentemente. A idéia acabou não agradando e Electro voltou ao seu antigo uniforme.
Já no universo Ultimate, o Electro fez sua primeira aparição no número 10 de Ultimate Spider-Man. Pouco se sabe sobre ele, apenas que é um dos capangas do Rei do Crime e que fizera parte dos experimentos de genética de Justin Hammer, que concederam-lhe seus poderes.

Mysterio, Homem Aranha

Mysterio

Mysterio
Primeira aparição: Amazing Spider-Man #13
Quentin Beck era um dublê que logo se interessou pela área de efeitos especiais, tornando-se um dos maiores especialistas em sua área. Quando perdeu seu emprego no cinema, ele se voltou para o crime, primeiro trabalhando com um dos membros da gangue do Consertador. Mais tarde, decidiu empregar seus talentos de uma forma mais rentável. Assim sendo, estudou detalhadamente os poderes do Homem-Aranha, no intuito de conseguir imitá-los quase à perfeição. Intento conseguido, Beck iniciou uma série de assaltos usando a identidade do Aranha. Prato cheio para J. J. Jameson, que passou a ter certeza que o Homem-Aranha era realmente uma ameaça mascarada. Para piorar a situação, o próprio Peter Parker passou a duvidar de sua sanidade, achando que havia desenvolvido uma dupla personalidade que se manifestava enquanto ele dormia.
Para completar a farsa, Quentin confeccionou um uniforme e, adotando o nome de Mysterio, apresentou-se na redação do Clarim Diário dizendo que atrairia o Aranha para uma armadilha e acabaria de uma vez por todas com a ameaça que ele representava. Mysterio ainda propôs revelar a identidade do herói para o Clarim, desde que recebesse uma compensação financeira para tanto. Até mesmo Peter Parker foi incluído no acordo, já que seria ele o responsável por registrar em fotos o triunfo de Mysterio. Para a infelicidade do editor do Clarim, no entanto, o Homem-Aranha não só derrotou Mysterio como ainda conseguiu provar sua inocência no que dizia respeito aos assaltos atribuídos a ele.
Começava aí a série de confrontos entre Mysterio e o Homem-Aranha. Os truques de Mysterio usando fumaças, cenários e manipulação mental sempre foram um incômodo para o herói aracnídeo. Mas um incômodo menor, já que o vilão não possui nenhum poder realmente perigoso e, geralmente, o Sentido de Aranha e mesmo a inteligência e percepção do herói são mais do que suficientes para frustrar os planos do vilão. Mysterio só se torna mais perigoso quando atua ao lado de seus companheiros de Sexteto Sinistro, o que o encaixa na mesma categoria de vilões como Electro e Homem-Areia.
Um dos atos mais impressionantes de Dillon foi a simulação de sua morte. Esse ato de mestre, que resultou na morte de Karen Page – namorada de Matt Murdock, o Demolidor – aconteceu num plano de vingança que à princípio seria direcionado contra o Homem-Aranha, mas acabou tendo como alvo o Demolidor. Derrotado pelo herói cego, Quentin revelou ter câncer terminal e que precisava encerrar sua vida com uma última e grandiosa trama, que o colocasse no mesmo patamar de grandes vilões, como o Dr. Destino e o Rei. Assim, decidiu imitar Kraven e, a exemplo do Caçador, deu um tiro na boca com um rifle, que, ao que tudo indicava, teria encerrado sua carreira.
Pouco depois Mysterio reapareceu, dando a entender que sua morte não passara de um grande efeito especial. Com a ajuda do Demolidor o Aranha desvendou a farsa, revelando que o novo Mysterio não era Quentin Beck e sim seu ex-assistente, Danny Berkhart. Danny, auxiliado por Maguire Beck, prima do Quentin, se passou pelo vilão morto. Com as prisões de Berkhart e Maguire, um novo Mysterio surgiu. Se ele é o original ou apenas mais uma pessoa seguindo seu legado, só o tempo dirá.
John Byrne manteve a origem de Mysterio praticamente intocada em sua Gênese. Byrne também ligou a origem de Mysterio à Norman Osborn, de forma indireta. Quando criou toda a farsa do Mysterio, Beck ainda era um empregado nos estúdios Osborn.

Duende Verde, Homem Aranha

Duende Verde

 

Duendes Verdes
Primeira Aparição: Amazing Spider-Man #14 (Duende Norman), Amazing Spider-Man #136 (Norman).
Empresário bem sucedido e ambicioso, Norman Osborn desfez a sociedade com o professor Stromm ao descobrir que ele havia desfalcado uma certa quantia em dinheiro da empresa. Stromm era químico, Norman não. Mesmo assim, ele tentou trabalhar em algumas fórmulas do ex-sócio. O experimento explodiu, conferindo a Norman uma força acima do normal, que aumentou sua inteligência e deformou sua mente. Norman se tornara insano.
Depois do acidente, Norman criou uma série de armas e um uniforme com o objetivo de entrar para o mundo do crime. E, como primeiro desafio, tentou derrotar o Homem-Aranha. Foram incontáveis as batalhas entre os dois. O Aranha sempre vencia, mas o Duende sempre escapava. Até o dia em que Norman elaborou um plano para, primeiro desmascarar o herói e, depois, matá-lo. Nessa história Peter descobriu que o Duende era o pai de seu melhor amigo na época, Harry Osborn. O Duende o capturou e, depois de uma intensa batalha, o Aranha jogou-o sobre uma prateleira cheia de compostos químicos. O choque fez Norman perder a memória sobre sua vida como Duende Verde e o Aranha o deixou sair livre. De tempos em tempos, porém, a memória de Norman voltava e ele atacava o Aranha. Era derrotado e o herói, por amizade a Harry, fazia-o, de alguma forma, esquecer que era o vilão.
Durante anos, o processo deu resultado até que, numa crise estimulada pelo sofrimento de Harry, que nessa época se tratava de seu vício em LSD, Norman se descontrolou. Decidido a matar o herói, o Duende seqüestrou a namorada de Peter, Gwen Stacy, e a levou até ao alto da ponte George Washington, onde seria travada a derradeira luta entre eles. No desenrolar do confronto, o vilão jogou Gwen lá de cima. O Aranha tentou deter sua queda com sua teia, mas Gwen acabou quebrando o pescoço. Enfurecido, o Aranha deixou-se dominar pelo ódio e só não matou Osborn porque, em sua raiva cega, acabou hesitando e deixando o Duende escapar. Poucas horas depois, os dois antagonistas voltaram a se encontrar e novamente o ódio dominou o herói. Não fosse seu profundo senso de responsabilidade, ele teria ali cometido seu primeiro assassinato. Num momento de hesitação do herói, o Duende tentou matá-lo com seu jato. O Aranha se desviou e o Duende acabou sendo morto pela sua própria arma. Quando Norman morreu, Harry ainda se recuperava do vício. Com a morte do pai, ele acabou tendo acesso ao material do Duende e se seguiu com o legado de Norman. Apesar de não ser tão perigoso quanto o pai, ele deu bastante trabalho para o Aranha, principalmente pelo fato de, assim como Norman, saber que o herói aracnídeo e Peter Parker eram a mesma pessoa. Ao fim de um dos conflitos entre os dois, Harry também perdeu a memória de tudo ligado ao Duende Verde. E assim ficou por anos, tento, inclusive, se casado com Liz Allen. Os dois tiveram um filho, nomeado Norman Osborn em homenagem ao avô.
Depois de algum tempo, Harry lembrou-se de seu alter-ego. Além disso, teve acesso à fórmula que aumentou a força do pai. Tentou se tornar um herói, mas sua obsessão pelo Aranha voltou a ponto dele ameaçar até mesmo a vida de Mary Jane. Tendo derrotado o Aranha, ele plantou bombas no edifício onde ambos se encontravam, a fim de que os dois morressem juntos. Mary Jane e o pequeno Norman também estavam naquele prédio. Harry sabia disso e não queria que eles também morressem. Peter implorou e a sanidade voltou a Harry, que salvou os dois e, depois, o próprio Peter. Esgotado física e mentalmente, o 2º Duende Verde morreu. Parecia ser o fim do legado do Duende Verde. Apenas parecia.

Duende Verde, Homem Aranha

Duende Verde

Quando a Saga do Clone estava em seus momentos derradeiros, Norman Osborn ressurgiu da morte, assim como seu alter-ego, o Duende Verde. Enquanto Osborn atacava Peter Parker de forma sutil, o Duende enfrentava os dois Homens-Aranha. No confronto final, Ben Reilly acaba morrendo e, aparentemente, também o Duende. Como Norman continuava vivo, a idéia de que ele era o Duende Verde passou a ter menos crédito perante a opinião pública. Assim, ele pôde agir e manipular outros para agir por si como o vilão sem que isso abalasse sua imagem de respeitável empresário.
Para explicar seu retorno da morte, explicou-se que a mesma fórmula que havia dado-lhe os poderes do Duende Verde também concederam-lhe um fator de cura semelhante ao de Wolverine. Uma troca de cadáveres fez com que Osborn saísse da América incógnito e planejasse na Europa uma série de planos que desencadeariam toda a Saga do Clone.
Norman Osborn é, com certeza, o inimigo mais perigoso dentre todos os presentes na galeria de vilões do Homem-Aranha. O legado do Duende que começou – e continua – com Norman, afetou seu filho, que enlouqueceu em parte depois de descobrir a vida dupla do pai e, no futuro, afetará a vida de seu neto. Num futuro alternativo do Universo Marvel, Normie Osborn assumirá a máscara do Duende Verde e se tornará inimigo de May Mayday Parker, filha de Peter e MJ que herdará os poderes do pai. Outro afetado pelo Duende foi Barry Hamilton, terapeuta de Harry Osborn que, durante um curto período de tempo, assumiu a identidade do vilão.
Mas o Duende também foi um herói. Phil Urich, sobrinho do repórter do Clarim, Ben, certa vez descobriu os equipamentos do vilão e usou-os para ser um herói cuja carreira foi bem curta.
Quando foi convidado para re-escrever os primeiros anos da carreira do herói aracnídeo em Gênese, John Byrne fez com que Norman Osborn fosse o principal responsável pelos problemas enfrentados pelo Aranha. Byrne conectou Norman à maioria dos vilões enfrentados pelo Aranha, que nada mais seriam do que testes para avaliar o inimigo. Norman queria ter certeza das capacidades e fraquezas do Aranha antes dele mesmo enfrentá-lo.
Já em Ultimate Spider-Man, a nova versão do Aranha tem sua origem diretamente ligada à do Duende. Nesse caso, a aranha que picou Peter era parte de um experimento conduzido pelas Industrias Osborn. Norman acompanhou com interesse o desenrolar do caso, intrigado com o fato da aranha não ter matado Peter, e ainda, concedido-lhe aqueles poderes. Ao tentar reproduzir o experimento de forma controlada, Norman sofreu o acidente que o transformaria no Duende.

Kraven, o Caçador

Kraven

Kraven, o Caçador
Primeira aparição: Amazing Spider-Man #15
Antes de se tornar o Caçador, Sergei Kravinoff era membro de uma família abastada na antiga União Soviética. Durante uma das incontáveis revoluções que abalaram aquele país, a família Kravinoff teve que se refugiar na América. Kraven decidiu usar sua fortuna para fazer fama nos Estados Unidos e, principalmente, na África, como o maior caçador da história. O Caçador estava sempre preparado para um desafio, por isso, quando o Camaleão o convidou para ir até a selva de pedra de NY caçar sua presa mais perigosa, ou seja, o Homem-Aranha. Kraven aceitou.
Infelizmente, para o Caçador, a presa era mais perigosa ainda do que ele imaginava e, mesmo contando com a ajuda do próprio Camaleão, Kraven foi derrotado pelo herói aracnídeo. Esse, no entanto, foi apenas o primeiro de uma série de confrontos que viram a ocorrer entre os dois ao longo dos anos. Kraven nunca havia sido derrotado em uma caçada antes e assim o Aranha passou a ser seu prêmio mais cobiçado. Talvez por isso o Caçador tenha aceito uma união temporária com outros inimigos do Aranha, quando o Dr. Octopus reuniu a primeira formação do Sexteto Sinistro. Nem com a força conjunta de seis perigosos criminosos, Kraven conseguiu seu troféu.
Com o passar dos anos e a série de derrotas, Kraven começou a perceber que o principal responsável por seus fracassos com relação ao aracnídeo era mais si próprio do que do herói. Ao contrário dos demais vilões Kraven não tinha o objetivo de ficar milionário ou dominar o mundo. Ele já tinha toda a riqueza que queria – herdada do legado dos Kravinoff – e a conquista mundial não era algo que lhe atraía. Seu único objetivo era subjugar o único espécime que o derrotara. Suas alianças com o Camaleão e o Sexteto Sinistro haviam feito com que o Caçador perdesse sua Honra e, por isso, perdesse as batalhas com o Aranha.
Kraven decidiu que poderia conseguir sua redenção se conseguisse derrotar o aracnídeo de forma honrosa. Assim sendo, conseguiu atrair o herói aracnídeo para uma armadilha, cujo objetivo primordial era derrotar o herói, usurpar seu nome e ser mais eficiente do que ele. Kraven, mais impiedoso do que o habitual, conseguiu aprisionar o Aranha e, aplicando-lhe um poderoso sedativo, fez com que o herói ficasse desacordado por duas semanas. Kraven enterrou o Aranha no cemitério da mansão Kravinoff e partiu para as ruas. Durante o período em que o Aranha ficou desacordado, Kraven confeccionou uma cópia do uniforme do herói e, usando-se de poções que permitiam-no simular os poderes do Aranha, saiu combatendo o crime à sua maneira.
Quando o efeito do sedativo passou e o Aranha escapou da tumba onde se encontrava – literalmente – foi atrás do Caçador. O combate acabou não acontecendo, pois Kraven já tinha tudo planejado e criou uma distração que impedisse o Aranha de enfrentá-lo. Com seus objetivos conseguidos, ou seja, a recuperação de sua honra e a derrota do herói aracnídeo, Kraven cometeu suicídio. (Mais detalhes em A Última Caçada de Kraven)
Kraven morreu, mas seu legado não acabou. O Caçador teve dois filhos e todos os dois acabaram seguindo os passos do pai depois de sua morte. O primeiro deles, filho legítimo de Kraven, foi Vladimir Kravinoff, o Caçador Sinistro. Vladimir teve acesso ao diário do pai e concluiu que o Homem-Aranha havia sido o responsável por sua morte. Assim sendo, partiu para a América com o intuito de conseguir o que seu pai não pôde, ou seja, a morte do herói. Vlad, no entanto, não tinha nem as capacidades físicas nem a inteligência do pai e não deu muito trabalho ao Aranha na única vez que se confrontaram. Um segundo confronto não chegou a acontecer pois ele acabou sendo assassinado por Kaine.
O segundo filho de Kraven a aparecer na vida do Aranha foi Alyosha Kravinoff. Diferente do irmão, Alyosha havia sido criado na África e pouco conhecia o pai. Quando confrontou o Aranha pela primeira vez, ele queria apenas entender o que havia feito com que o Caçador se tornasse instável a ponto de cometer suicídio. Alyosha chegou mesmo a combater a feiticeira Calypso ao lado do Aranha. Parecia que ele seguiria um caminho diferente de seu irmão, mas, tempos depois, Alyosha voltou a atacar o aracnídeo. Seus propósitos com relação ao herói permanecem obscuros.
Além de seus filhos, Calypso, ex-amante de Kraven, uma feiticeira vodu, tentou assassinar o Aranha, em vingança ao que ele supostamente teria feito ao Caçador. Segundo Calypso, foram as sucessivas derrotas que levaram seu amante ao suicídio, portanto, a culpa por sua morte era única exclusivamente do aracnídeo. Suas tentativas, no entanto, resultaram em fracasso.
Kraven, o Caçador, também teve sua origem revisitada na Gênese de John Byrne. John praticamente conservou a origem criada por Stan Lee, sendo Kraven o único a não ter conexões com Norman Osborn.

Escorpião, Homem Aranha

Escorpião

Escorpião
Primeira Aparição: Amazing Spider-Man #20
Quando o Homem-Aranha fez suas primeiras aparições públicas, uma coisa já intrigava o editor do Clarim Diário, J.J. Jameson: como é que aquele colegial franzino, Peter Parker, conseguia sempre tirar as melhores fotografias do herói em ação? Intrigado, J. J. contratou um detetive particular, Mac Gargan, para seguir o garoto e descobrir o segredo. A motivação de Jameson logo passou, quando ele soube do trabalho de Farley Stillwell, um cientista que trabalhava com mutações em animais. Oferecendo uma quantia de dinheiro considerável a ambos, Jameson convenceu Gargan a ser uma cobaia para Stillwell. A idéia era que Stillwell usasse seu soro experimental para conceder a Gargan uma força superior à do Homem-Aranha. Com isso, Gargan poderia derrotar e desmascarar o herói. Stillwell usou material genético de um escorpião e Mac Gargan passou a ter força e agilidade proporcionais à desse aracnídeo. Vestido com um traje que incluía uma cauda com ferrão controlados mentalmente por Gargan, o Escorpião estava pronto para o herói aracnídeo.
O Escorpião foi à caça do Aranha e derrotou o herói em seu primeiro embate, deixando o Aranha inconsciente, mas vivo. Involuntariamente, já que o poder subiu à cabeça de Gargan. Isso, aliado ao fato de sua mente ter sido danificada durante os experimentos de Stillwell, tornaram Gargan insano, a ponto dele passar a sentir ódio não só do cientista, como também de Jameson. Além, é claro, do Homem-Aranha. Ele assassinou Stillwell e só não conseguiu seu intento com relação à Jameson porque foi impedido pelo Homem-Aranha.
O Escorpião é o típico vilão clássico que, além do constante desejo de vingança contra Jameson – por tê-lo transformado numa aberração – e contra o Aranha – devido às constantes derrotas – é bastante ambicioso. O Escorpião seria um assaltante de segunda, não fossem os super poderes. Isso o tornou um supervilão de segunda. A exemplo do Electro, o Escorpião não tem um intelecto muito privilegiado, até porque é quase insano, e só leva vantagem nos confrontos com o Aranha devido à sua superforça, que chega a ser maior do que a do herói aracnídeo. Ao longo da história os confrontos entre os dois nunca chegaram a trazer muitas conseqüências para o Aranha.
Depois de anos entrando e saindo da prisão, um pouco de sanidade parecia ter voltado à mente de Gargan e ele resolveu se aposentar como o Escorpião. Seria a famosa mais um último trabalho e eu paro. Ele estava empenhado mesmo em esquecer seu ódio contra o Aranha e Jameson em troca de um pouco de paz. A resolução, porém, durou pouco e o Escorpião voltou à ativa, mais forte e perigoso.

Rei do Crime, Homem Aranha

Rei do Crime

Rei do Crime
Primeira Aparição: Amazing Spider-Man #50
Apesar de ser um tradicional inimigo do Demolidor, o Rei do Crime fez sua primeira aparição nos quadrinhos em Amazing Spider-Man # 50. Wilson Fisk começou sua vida de crime aos 12 anos, quando cometeu seu primeiro assassinato. Aos poucos, graças a seu físico avantajado, seu tino para negócios e, principalmente, sua frieza, Fisk foi galgando degraus cada vez mais altos em sua carreira criminosa, até ter o controle sobre praticamente todas as atividades criminosas que ocorriam na costa leste dos Estados Unidos. A influência do Rei chegava mesmo à organizações criminosas fora do país. Inteligente como poucos, Fisk criou uma intrincada rede do crime, de forma que seu nome nunca poderia ser ligado à nenhum dos atos ilícitos perpetrados em seu nome. Ao contrário, Fisk se estabeleceu no mundo dos negócios como um empresário honesto, famoso por seus atos filantrópicos. Reunir provas de que essa imagem de empresário era apenas uma fachada era tarefa das mais difíceis.
O Rei do Crime causou alguns danos na vida do herói aracnídeo, mas nada tão grave. Foi graças ao Rei que a Gata Negra ganhou o poder de causar azar em qualquer um que tentasse atacá-la, capacidade essa, mais tarde apagada por um encanto do Dr. Estranho, que foi um dos principais responsáveis pelo fim do romance entre ela e o Homem-Aranha. Pelo fato de ter uma posição de comando no submundo, especialmente em NY, o Rei sempre acaba entrando em conflito com os heróis da cidade, dentre eles o Homem-Aranha e o Justiceiro. No entanto, o inimigo mais constante do Rei é justamente o Demolidor. Wilson Fisk chegou a descobrir a identidade secreta do herói, acabando com sua vida pessoal e profissional, num processo que levaria o herói à loucura e, possivelmente, ao suicídio.
A força de vontade do Demolidor, porém, superava qualquer expectativa do Rei e o herói conseguiu se recuperar de todo o trauma causado por Fisk. Tempos depois, o Demolidor conseguiu reunir uma série de provas que ligavam o Rei à rede de crime e corrupção comandada por ele. Julgado e condenado, Fisk acabou tornando-se um foragido da Lei, ficando desaparecido durante um bom tempo. O golpe fora mais pesado do que Fisk poderia imaginar e ele demorou um longo tempo para se recuperar. Pouco a pouco, valendo-se da obstinação que sempre caracterizou-lhe, o Rei conseguiu voltar à sua antiga posição na Sociedade e no crime, inclusive rebatendo as acusações das quais havia sido acusado. Novamente, Wilson Fisk é visto como um filantropo pelo resto da Sociedade, e um comandante impiedoso pelos criminosos que comanda.
Wilson Fisk é casado com Vanessa Fisk e tem um filho, Richard que, durante muito tempo assumiu a identidade do criminoso conhecido como O Rosa.
O Rei é outro dos vilões clássicos do Aranha que já fez sua estréia no Universo Ultimate, em Ultimate Spider-Man #10 como o poderoso chefe criminoso que sempre foi.

Morbius, Homem Aranha

Morbius

 

Morbius
Primeira Aparição: Amazing Spider-Man #101
Morbius tem uma certa importância na história dos quadrinhos pelo fato de ser o primeiro personagem vampírico original a ser introduzido no Universo Marvel após a revisão do Código de Censura, que havia sido imposto em 1954 e que praticamente acabara com as histórias de terror nas grandes editoras. O Código estabelecido pela Comics Code Association, que era uma espécie de órgão que controlava a censura nos quadrinhos, foi criado depois do lançamento do livro Seduction Of The Innocent, do psicólogo alemão Frederic Wertham. Em sua obra, Wertham citava os quadrinhos como o principal responsável pelo crescimento da delinqüência juvenil da Europa nos anos 50. Isso fez com que o Congresso americano tentasse intervir na indústria dos quadrinhos. Para evitar que isso ocorresse, foi criada a CCA, com o objetivo de auto-regular o setor.
Voltando aos quadrinhos, Michael Morbius era um biólogo fantástico, ganhador do Prêmio Nobel na área, que sofria de uma rara doença sanguínea. Empenhado em encontrar uma cura, ele começou a se tratar usando um soro desenvolvido a partir do sangue de morcegos vampiros e também através de eletrochoques. Finalmente, conseguiu a cura, mas a um preço alto: Morbius se tornou um vampiro, desenvolvendo presas e uma enorme força. Morbius passou a depender do consumo de sangue para sobreviver. Logo ele entrou em conflito com o Homem-Aranha.
Ao longo dos anos, ele se defrontou com personagens como o Tocha Humana, o Lagarto, os X-Men, dentre outros. O curioso é que, em muitas de suas histórias solo, Morbius confrontava-se com vilões piores do que ele. Com o tempo, ele passou a se alimentar apenas de criminosos. Na década de 70 Morbius teve importante participação em revistas como Vampire Tales e Fear, além de aparecer na Marvel Two-on-One na qual chegou a se confrontar com o Homem-Coisa (personagem obscuro da Marvel, que guarda semelhanças com o Monstro do Pântano, da DC) e com Blade, o Caçador de Vampiros.
Em 1980, na Spectacular Spider-Man nº 38, Morbius conseguiu sugar um pouco do sangue radioativo do Aranha. Foi atingido por um raio que drenou-lhe os poderes e acabou curado ao desenvolver um soro que devolveu-lhe o aspecto humano. Foi a julgamento por seus crimes e acabou absolvido pela alegação de insanidade temporária, ficando desaparecido por alguns anos. Sua volta ocorreu em 1989 junto com boa parte dos personagens sobrenaturais do universo Marvel. Durante seu período de exílio, foi morar em Nova Orleans onde encontrou uma mulher chamada Marie Leveau, que mantinha-se jovem bebendo sangue de vampiros. Como todos os vampiros haviam desaparecido, graças ao efeito da Fórmula Montesi – um feitiço executado pelo Dr. Estranho que havia banido todos os vampiros do Universo Marvel – ela aplicou um tratamento de choque em Morbius, não matando-o, mas fazendo com que seus poderes vampíricos retornassem. Com isso, Morbius voltou ao Universo Marvel. Aliou-se à heróis como o Motoqueiro Fantasma, Johnny Blaze, Blade, Venom e o próprio Homem-Aranha na Saga A Ascensão dos Filhos da Meia-Noite. Depois disso, ainda fez parte da Saga Carnificina Total, novamente ao lado do Cabeça da Teia, Venom , Mulher-Gato, Manto, Adaga, entre outros. Foi pouco depois disso que Morbius estrelou um título solo, Morbius, Living Vampire, parte do selo da Marvel conhecido como The Midnight Suns, há muito extinto.
Diferente de vilões como o Dr. Octopus ou o Duende Verde, Morbius não tem sonhos de conquista ou uma obsessão ferrenha pelo Homem-Aranha. Sua vida gira em torno da busca por uma cura para a sua doença. O Aranha e ele acabaram desenvolvendo uma relação semelhante à que o herói mantém com Curt Connors, o Lagarto, ou seja, sempre que possível, ambos estabelecem uma trégua e trabalham juntos numa possível cura para Morbius. Isso não impede, obviamente, que o Aranha procure deter o vampiro sempre que ele se descontrola.

Chacal, Homem Aranha

Chacal

 

Chacal
Primeira Aparição: Amazing Spider-Man #129
Muito antes de o mundo ser apresentado à ovelha Dolly, o primeiro clone da história, o Professor Miles Warren já havia desenvolvido, em segredo o processo de clonagem humana. Miles era professor de genética na Universidade Empire State e foi lá que conheceu Peter Parker e se apaixonou por sua namorada, Gwen Stacy.
Especialista em genética, durante anos Miles trabalhou como assistente do Alto Evolucionário, um cientista que deseja acelerar de forma artificial a evolução humana, para que a espécie atinja todo o seu potencial evolucionário antes do previsto. Trabalhando sem o conhecimento do Alto Evolucionário em um espécime, Warren criou um chacal com aparência humanóide. O chacal manifestou uma dupla personalidade e teve que ser contido após matar diversos animais das fazendas próximas à Wundagore, lar do Alto Evolucionário. Quando soube de tudo, o Evolucionário baniu Warren, que decidiu conduzir suas experiências de forma a criar seres humanos perfeitos. Warren arrebanhou alguns dos Novos Homens (nome dado pelo Evolucionário à suas criações meio humanas, meio animais) consigo e passou a alternar seu tempo entre eles e o mundo dos homens. Tempos depois, o Professor se casou e teve dois filhos. Porém, sua obsessão pelo trabalho fez com que sua mulher o abandonasse. Mais tarde, o chacal mutado por Warren conseguiu fugir de sua contenção e passou a espionar a família do professor. Sentindo uma tremenda inveja de seu criador, ele acabou por assassinar a família de Warren.
Nessa época, Miles já ministrava aulas na UES e acabou apaixonando-se por Gwen Stacy. Quando ela morreu, ele enlouqueceu, mergulhando num processo ininterrupto de trabalho, visando descobrir uma forma de recriá-la. Foi quando desenvolveu seu processo de clonagem. Além de Gwen, Warren criou um clone de Peter Parker. No processo, ele descobriu que Peter era o Homem-Aranha e que a morte de Gwen fora culpa indireta do herói aracnídeo. O professor fez com que o Aranha original e o clone lutassem e, no fim do conflito, o clone aparentemente encontrou seu fim. Nessa época, Warren usava uma fantasia de chacal para desenvolver suas atividades ilícitas, talvez uma bizarra homenagem ao animal que ele evoluíra anos antes.
Muito tempo depois o clone do Homem-Aranha reapareceu. Ele não havia sido morto no conflito com o Aranha original. Bem Reilly, nome adotado pelo clone, havia apenas se afastado de Peter. Em seu rastro veio Kaine, o primeiro clone criado pelo Chacal e que havia sido desprezado por ele devido às anomalias genéticas que apresentou. Nesse ínterim, Warren também retornou. No tempo que ficara desaparecido, ele passara por um processo de reestruturação genética que lhe conferira um aspecto muito semelhante ao de um chacal humano. Até mesmo um dos clones de Gwen Stacy reapareceu na série de histórias que ficou conhecida como A Saga do Clone.
O Chacal aparentemente morreu durante a Saga do Clone, quando caiu de um prédio. Aparentemente, já que os inimigos do Homem-Aranha, de uma forma ou de outra acabam voltando do túmulo.

Duende Macabro, Homem Aranha

Duende Macabro

Duende Macabro
Primeira Aparição: Amazing Spider-Man #238
Ned Leeds era um repórter do Clarim Diário, amigo de Peter Parker e marido de Betty Brant que acidentalmente descobriu um dos vários esconderijos do falecido Duende Verde. Fascinado com o poder daquelas armas, ele se apoderou delas e fez para si um traje baseado no do seu antecessor. E decidiu iniciar sua carreira de crimes, sob o nome de Duende Macabro. E, para seguir a tradição dos Duendes Verdes, logo entrou em conflito com o Homem-Aranha. Muitos foram os conflitos entre os dois. O Duende sempre era derrotado, mas conseguia escapar antes de ser preso. Depois de algum tempo, ele teve acesso à fórmula que conferia superforça a sus antecessores. Isso fez com que Ned fosse levado a crer que poderia eliminar de uma vez por todas o incomodo que era o herói aracnídeo. A formula não adiantou muito e suas derrotas continuaram, até que Ned foi morto na Alemanha por assassinos do mercenário conhecido como o Estrangeiro.
Jason Phillip Macendale era o mercenário conhecido como Halloween, um vilão de segunda categoria que, quando soube da morte do Duende Macabro, decidiu assumir a sua identidade. E seguiu o caminho de seu antecessor. Macendale também não possuía superforça e por isso também acabava não trazendo muita dificuldade para o Homem-Aranha. Durante o evento conhecido como Inferno, que repercutiu em todo o Universo Marvel, Macendale fez um acordo com um demônio, que lhe daria superforça em troca de sua alma. Feito o acordo Macendale ganhou força e novos poderes, mas seu rosto passou a ter o aspecto de sua máscara. Além disso, ele se tornou insano, achando ser um enviado de Deus para eliminar os pecadores da Terra. E o maior deles seria justamente o Homem-Aranha. Os novos poderes fizeram Macendale ficar mais perigoso, mas ainda assim não representava tanto perigo para o Homem-Aranha. Nem mesmo quando substituiu o falecido Kraven quando o Dr. Octopus o convidou para fazer parte de uma das versões do Sexteto Sinistro.
Certa vez, o demônio e Macendale lutavam pelo controle de seu corpo, alternando-se no domínio dele, até que o demônio conseguiu se libertar, originando o Duende Demoníaco. Livre do demônio, Macendale perdeu os poderes e a força, que recuperou graças à uma fórmula desenvolvida pelo filho de Kraven, Vladimir. Com isso em mãos, matou o Demoníaco e passou a seguir novamente sua carreira de mercenário e criminoso.
Durante muitos anos, essa foi a verdade a respeito do Duende Macabro. No entanto, quando Roger Stern voltou ao título do aracnídeo em 1996, viu que a personagem que criara tinha trilhado caminhos muito diferentes dos que ele havia planejado para o Duende. Pior ainda, havia certas incongruências em sua cronologia. Assim sendo, ele resolveu contar a verdadeira história do Duende.
J.J.Jameson havia colocado Ned Leeds em uma investigação sobre uma guerra de Corporações, onde estavam envolvidos pesos pesados como a Corporação Osborn, a Brand, uma subsidiária da Roxxon – empresa que teve grande importância no Universo Marvel nos aos 80 – e a Kingsley International, uma empresa do ramo da moda para o qual Mary Jane já havia trabalhado. As investigações de Leeds o levaram ao Duende Macabro. Depois de uma das lutas do Aranha com o vilão, Ned seguiu-o, descobrindo seu esconderijo e, capturado pelo Duende, confessou que o estava investigando.
O Duende concluiu que poderia usar aquele repórter em seu favor. Assim, realizou uma lavagem cerebral em Ned, de forma que ele passou a acreditar que era o Duende Macabro. E ambos passaram a se alternar na Identidade do vilão.
O Duende passou a aplicar diversas drogas para manter Ned sob seu controle. Isso aliado à lavagem cerebral deixaram Ned mentalmente instável. Tanto que ele incriminou Flash Thompson de ser o Duende, ao armar uma cilada para o garoto, onde a polícia o encontrava vestido como o criminoso e foi, aos poucos, acabando com seu casamento com Betty Brant. Quando o verdadeiro Macabro viu que Ned estava se tornando inútil ele permitiu que o repórter tivesse acesso às informações que procurava sobre a guerra de corporações. E Ned acabou indo para Berlim com Peter Parker. Enquanto isso, o verdadeiro Macabro espalhou para todo o submundo que o Duende Macabro e Ned Leeds eram a mesma pessoa.
O plano do Duende deu certo. Comandos pós-hipnóticos fizeram Ned vestir o traje de vilão na Alemanha e ele foi assassinado pelos homens do Estrangeiro. E o verdadeiro Duende sumiu de cena, deixando Macendale em seu lugar, sem que Macendale soubesse de sua existência, é claro.
Quando Macendale foi preso pela última vez, ficou na cadeia tempo suficiente para ser julgado e condenado. Nesse momento, a guerra das corporações foi revelada e o Duende Macabro ressurgiu, assassinando Macendale na cadeia. Foi quando tornou-se evidente a ligação dele com Roderick Kingsley, da Kingsley International. Também nessa época, Betty Brant, que passara de secretária de Jameson a repórter do Clarim, estava empenhada em limpar o nome de Ned, provando que ele nunca havia cometido os crimes dos quais havia sido acusado por Macendale logo após seu julgamento. Para isso, ela contou com a ajuda de Flash Thompson, MJ, Peter Parker e, é claro, do Homem-Aranha.
Betty provocou o vilão na tv, fazendo-se ser capturada por ele. Como todo vilão vaidoso, o Macabro contou para ela quase toda sua história antes de matá-la. Daniel Kingsley, irmão de Roderick, chegou a tempo de atrapalhá-lo e o Homem-Aranha apareceu. Ambos travaram uma grande luta, onde, finalmente, o Homem-Aranha conseguira desmascarar o Duende.
Daniel confessou ainda a Betty que o irmão havia pago um criminoso para roubar o equipamento do Duende Verde (provavelmente com a fórmula da superforça) e que havia usado também Samuel Donovan para se passar por ele. Donovan havia sido o primeiro Duende Macabro a ser desmascarado pelo Homem-Aranha.

Venom, Homem Aranha

Venom

 

Venom
Primeira Aparição: Amazing Spider-Man #299
Ao fim da saga conhecida como Guerras Secretas, o Homem-Aranha trouxe do planeta onde ocorreu o evento um estranho uniforme sapiente, que era capaz de ler os pensamentos do herói, se transformar em qualquer tipo de roupa, gerar suas próprias teias, dentre outras coisas. Era o controverso uniforme negro. Intrigado, o Sr. Fantástico decidiu examinar o uniforme e descobriu que este era um simbionte que pretendia se unir definitivamente ao Aranha. Com a ajuda de Reed, o herói se livrou da criatura que foi confinada no edifício Baxter. Mais tarde, o uniforme fugiu e foi atrás de Peter novamente. A luta pelo controle do corpo de Peter Parker se deu em uma igreja e, graças ao barulho dos sinos – já que Reed descobrira que a criatura era extremamente vulnerável a sons altos – ele conseguiu se livrar do simbionte.
Eddie Brock era um repórter respeitável até que publicou em seu jornal, o Globo Diário, um furo de reportagem acusando Emil Gregg de ser o Devorador de Pecados, um assassino serial que havia assassinado a capitã Jean DeWolff, uma amiga do herói aracnídeo. A reportagem seria um sucesso se, no entanto, horas depois o Homem-Aranha não tivesse capturado o verdadeiro Devorador. O Globo foi ridicularizado e Eddie demitido. Sem perspectivas de vida e com um ódio tremendo do Aranha o corroendo, Eddie passou um bom tempo amargurado, sentindo vergonha de si próprio e, ao mesmo tempo, injustiçado. Afinal, ele era um bom jornalista, havia apenas cometido um erro de avaliação. Quando a autopiedade e o ódio pelo Aranha ultrapassaram seus limites, ele decidiu que deveria acabar com sua vida. Antes, porém, deveria andar de igreja em igreja pedindo perdão a Deus pelo que estava prestes a fazer. Eddie era um católico fervoroso e o suicídio é um pecado mortal para eles.
Quando passava pela Catedral da Virgem Maria, uma sombra – que na verdade era o uniforme simbionte fugindo dos sinos – tomou-o. O ódio de Brock mesclado à dor da rejeição do simbionte criaram Venom. Com um aspecto assustador, força descomunal e poderes similares aos do Homem-Aranha, além do fato de poder enganar o Sentido de Aranha do herói, Venom se tornou o mais perigoso inimigo do Aranha desde o desaparecimento do Duende Verde. Para complicar as coisas, Eddie e o simbionte passaram a dividir seus pensamentos. Logo, Eddie teve acesso a grande parte dos segredos do herói, conhecendo inclusive sua identidade.
Venom possui uma motivação bem diferente dos demais inimigos presentes na galeria de vilões do Homem-Aranha. Seu objetivo é puro e simples: Matar o Homem-Aranha. Ele não quer poder, não quer dinheiro, nada. Apenas matar o herói. E, ao contrário dos outros, Venom também não espalhou os segredos do Aranha quando pôde. Em sua mente distorcida, Venom acreditava que, assim que o segredo do aracnídeo fosse divulgado, muitas pessoas viriam atrás do herói e Eddie queria-o apenas para si. O simbionte, por outro lado, também só queria Peter, mas por outras razões. Peter Parker havia sido o hospedeiro mais perfeito que ele tivera e ele ansiava por dominá-lo novamente.
Venom e o Aranha travaram incontáveis batalhas, sempre com o Aranha escapando ou derrotando o vilão com muitas dificuldades. Essas lutas fizeram com que a popularidade de Venom alcançasse níveis nunca antes atingidos por um vilão do Aranha. Isso, aliado ao fato de seu visual ser quase similar ao do Aranha quando ele usava o uniforme preto que, apesar de encontrar alguma resistência entre os mais conservadores, obteve uma resposta boa entre os fãs, fez com que a Marvel decidisse explorar ao máximo possível a imagem do vilão. Para isso, no entanto, eram necessários alguns ajustes.
O Venom dos quadrinhos deixou de lado seu ódio em relação ao aracnídeo, o mesmo ocorrendo com o simbionte, que se ligara profundamente à Brock. Com isso, seu papel mudou, e ele passou de um vilão insano à anti-herói, ou seja, um herói violento, que não hesitava em matar. Algo similar ao Justiceiro ou Wolverine. Logo ele ganharia um título solo e combateria o crime sozinho ou ao lado de um relutante Homem-Aranha. Sua súbita conversão para o lado dos mocinhos não convenceu a Justiça americana, que conseguiu que Venom fosse preso e condenado. Ele poderia ser separado do simbionte e preso ou trabalhar como agente secreto em troca de alívio em sua sentença. Eddie escolheu a segunda opção. Por um pequeno período de tempo, Venom se tornou um agente federal com permissão para matar. Quando se tornou novamente instável, o governo decidiu que uma lavagem cerebral poderia colocar Eddie de novo na linha. O processo fez a mente de Eddie regressar ao período em que era um vilão determinado a matar o Homem-Aranha. No entanto, graças à ela, ele esqueceu de muitas coisas de seu passado, dentre elas, a identidade e outros segredos do Homem-Aranha.
A superexposição de Venom na mídia foi o principal responsável pela sua queda meteórica. Quando a Marvel percebeu que ele poderia trazer muitos lucros ela fez os ajustes descritos acima, deu ao personagem um título solo, elaborou cada vez mais sagas onde Venom e o Aranha apareciam juntos e, ainda, criou um vilão similar à ele, fruto de outro simbionte: Carnificina. Fora dos quadrinhos, Venom ganhou uma série de action-figures e foi coadjuvante do Aranha em jogos da Capcom e da Sega, como Maximum Carnage e Separation Anxiety. Isso fez com que os principais atrativos do personagem se perdessem e seu potencial quase se esgotasse. Lição aprendida, Venom voltou a ser o vilão que os fãs do Aranha adoram odiar.

Carnificina, Homem Aranha

Carnificina

Carnificina
Primeira Aparição: Amazing Spider-Man #360
O Carnificina pode ser considerado quase como um filho de Venom.
Cletus Kasady era um perigoso assassino serial, até ser preso e passar a cumprir pena na Ilha Ryker. Lá, dividia sua cela com Eddie Brock, nessa época separado de seu simbionte. Quando o simbionte invadiu a cela e resgatou Ed, deixou para trás uma gota de si, que, na verdade, era uma cria, uma espécie de filho. Essa gota entrou em contato com Kasady e, quando se desenvolveu, fez com que ambos se tornassem o Carnificina.
Imediatamente, Cletus fugiu e começou uma série de assassinatos que fizeram com que o Homem-Aranha fosse ao seu encalço e pedisse a ajuda de Venom – que nessa época ainda odiava o aracnídeo, mas também se considerava um protetor dos inocentes. Juntos, os dois conseguiram deter Cletus. No entanto, essa foi apenas o primeiro de muitos confrontos que viriam a acontecer entre os três.
O Carnificina tem um aspecto que lembra uma mescla entre os visuais do Homem-Aranha e de Venom. Ele foi criado quando a Marvel percebeu o quão poderia lucrar com Venom, ainda mais se criassem um inimigo que fosse comum entre ele e o Homem-Aranha. O simbionte de Cletus é mais poderoso do que o de Venom. Isso aliado à insanidade de Cletus – cujo único objetivo é matar o maior número de pessoas possível – fez dele um dos inimigos mais perigosos do Aranha. Sua imagem foi explorada ao máximo pela Marvel e Kasady foi o vilão responsável por originar Maximum Carnage, mini-série co-estrelada por uma série de vilões do terceiro time da Marvel, como Shriek, Carniça, Duende Demoníaco e uma versão alienígena do Homem-Aranha. Para combatê-los,o Aranha contou com a ajuda de uma série de personagens das mais diferentes categorias: Capitão América, Punho de Ferro, Deathlock, Manto e Adaga, Gata Negra, Morbius e, obviamente, Venom. Action-figures e um jogo para Super Nintendo e Mega Drive foram lançados na época.
A exemplo do que aconteceu com Venom, logo o apelo em torno do Carnificina foi diminuindo. Atualmente, apesar de ser um vilão extremamente perigoso, ele integra o segundo time de vilões do Homem-Aranha, ao lado de personagens como Mysterio e Electro.

Kaine, Homem Aranha

Kaine

 

Kaine
Primeira Aparição: Web Of Spider-Man #119
Kaine é o resultado da primeira tentativa do professor Miles Warren, o Chacal, de clonar Peter Parker. Justamente por isso, Kaine é o patinho feio da família dos clones de Parker. Afinal, diferente de Bem Reilly e seus pares, Kaine é o único deles que sofreu da doença degenerativa que afetava as primeiras cobaias de Miles. Os primeiros exemplares clonados por Warren se degeneravam e morriam logo, devido a uma falha estrutural em sua cadeia genética. Kaine foi o primeiro a ter sucesso como clone, já que superou em muito a expectativa de vida daqueles que vieram antes dele. Apesar disso, ele sofreu de uma variação da doença degenerativa. Ao invés de matá-lo, a doença deformou sua face e seu corpo. Além disso, ela fez com que os poderes presentes no DNA alterado de Peter Parker sofressem uma mutação. Kaine tem agilidade e força superiores às de uma pessoa comum. Mas o sentido de aranha e os poderes de aderir a qualquer superfície foram substituídos pela capacidade de deformar suas vítimas com um toque, que ficou conhecido como A Marca de Kaine.
Kaine foi deixado de lado por seu criador quando apresentou a doença degenerativa. Miles preferiu fazer uma nova tentativa de clonar Peter Parker do que tentar salvar Kaine. O sucesso logo foi alcançado pelo professor e um clone praticamente perfeito foi gerado. Esse clone foi o que confrontou o Homem-Aranha e aparentemente morrera quando uma bomba encerrou a luta entre eles. O clone, no entanto, não havia morrido e, pensando ser o verdadeiro Peter Parker, tentou retomar sua vida. Ao chegar em casa, porém, ele percebeu que era na verdade nada mais do que uma cópia de Peter. Assim, arrumou suas malas e partiu, assumindo o nome de Ben Reilly.
Ben Reilly acreditava ser ele o clone – como veio a ser provado muito tempo depois, ao fim da Saga do Clone – e Peter o original. Kaine acreditava no oposto e por isso passou a perseguir Ben onde quer que ele fosse. Em sua mente, sua vida só teria um propósito se ele tornasse a vida de Ben um inferno, como a sua. Afinal, não tivesse Warren clonado-o à partir das células originais de Ben, ele não teria sido desprezado por seu criador. Por outro lado, ele considerava Peter – que acreditava ser o clone – quase como um irmão e faria tudo para protegê-lo. Assim, quando Ben Reilly soube que a Tia May estava às portas da morte e foi para NY prestar suas últimas homenagens, Kaine foi atrás dele. Lá chegando, o clone degenerado passou a ter visões precognitivas onde via Mary Jane, esposa de Peter, sendo assassinada. Como a face do assassino nunca aparecia de forma clara, Kaine passou a perseguir os inimigos do Homem-Aranha. Ele acabou entrando em conflito com o Abutre, Electro, Mysterio, seu pai, o Chacal, além de ter assassinado o Dr. Octopus (que mais tarde voltou dos mortos) e Vladimir Kravinnof, o Caçador Sinistro. Pouco depois o próprio Kaine foi supostamente morto pelo Aracnocida, um dos incontáveis clones de Peter Parker criado pelo Chacal.
Quando a Saga do Clone chegou ao fim, com a morte de Bem Reilly, cujo cadáver decompôs-se instantaneamente, provando assim que ele era o clone, Kaine estava sumido. Ele era um dos poucos a saber que a filha de Peter e MJ não nascera morta. A pequena May foi seqüestrada pela ordem dos Scriers a mando de Norman Osborn e Kaine fez da busca por ela sua busca pessoal.

Besouro, Homem Aranha
Besouro

Besouro
Primeira aparição: Strange Tales #123
Abner Jenkins era um simples mecânico-chefe de uma fábrica cuja principal ambição era ter o mesmo reconhecimento que os engenheiros da empresa. Frustrado nisso, ele resolve usar seus conhecimentos mecânicos e de pilotagem para desenvolver um traje voador que lhe dê superforça e permita iniciar uma carreira criminosa.
Se a idéia já não parece boa de início, Jenkins deveria ter desistido de vez quando, ao testar o seu traje pela primeira vez – ainda antes de ter encontrado um único super-herói sequer! – ele quase morre quando o equipamento sobrecarrega.
Ainda assim, Jenkins mostra sua principal característica – a teimosia – e insiste em se tornar um supervilão. Ele cria um uniforme horroroso, com asas de metal similares às de um besouro (e tão feias quanto um), luvas com ventosas na ponta dos dedos e um capacete em forma de balde, e sai por aí (vale mencionar que o criador do uniforme original do Besouro, o já na altura idoso artista Carl Burgos, estava muito aquém de sua melhor forma na época da criação do personagem. E nunca fora um grande artista mesmo…). Nem bem iniciou sua carreira criminosa, o Besouro foi derrotado e preso pelo Tocha Humana. Apenas a primeira de uma looooooooonga série de derrotas.
Decidido a se vingar do Tocha, o Besouro acaba inadvertidamente enfrentando ele e o Homem-Aranha (de quem se tornaria inimigo recorrente) ao mesmo tempo. Derrotado (e preso) mais uma vez, o Besouro não desiste e continua saindo por aí com seu uniforme horrendo e poderes banais (e uma pouco justificável megalomania, ainda por cima!), sendo derrotado repetidas vezes. Além de teimoso, ele se revela bastante cruel, chegando a jogar a inocente Tia May de grande altitude! A pobre senhora é salva por seu sobrinho, que logo depois manda o infeliz Besouro novamente para a cadeia.
Depois de mais uma série de derrotas, o besouro decide mudar. Compra um novo uniforme, com muito mais capacidades e um visual mais agradável (cortesia do artista John Byrne), do Consertador e faz seu ato mais vil, surrando e obrigando o ainda mais incapaz supervilão Fraude a enfrentar o Homem-Aranha contra sua vontade só para testar as capacidades do aracnídeo.
Nada disso melhora a sorte do pobre Besouro, que continua grande freqüentador da penitenciária. Decide então formar o seu próprio grupo de vilões, o Sindicato Sinistro, um grupo de bandidos ainda menos brilhantes que ele próprio! Apesar de ter integrantes bastante poderosos, a equipe nunca foi muito eficiente (não que a liderança do Besouro ajudasse…) e foi derrotada diversas vezes pelo Homem-Aranha.
Nesse meio tempo, o Besouro conquistou a simpatia do público. O vilão azarado e incompetente que nunca conseguiu fazer nada certo na vida protagonizou duas mini-séries do Sindicato Sinistro e uma história de um dos títulos do Homem-Aranha (em todas as quais ele foi novamente surrado pelo aracnídeo…). Isso culminou com seu ingresso na equipe de supervilões regenerados conhecida como Thunderbolts (na qual se tornou o super-herói Mach-1, desta vez com um bom uniforme criado pelo artista Mark Bagley), onde rapidamente se tornou um dos personagens mais populares. Mas até nisso ele se deu mal. Para se tornar um supergrupo honesto, os Thunderbolts (quase todos ex-matadores) tiveram de entregar a polícia seu único integrante que tinha assassinato na ficha policial… Adivinhem quem era?
Novamente em cana, Abner Jenkins continua a epítome do vilão de segunda linha: Nunca se dá bem em qualquer coisa que faça, mas nem por isso deixa de tentar!

Bumerangue, Homem Aranha

Bumerangue

Bumerangue
Primeira aparição: Tales to Astonish #81
Fred Myers era um arremessador de beisebol com um talento inato para arremessar objetos. Porém sua carreira esportiva foi interrompida por acusações de suborno. Sem ter o que fazer da vida, Myers acabou ingressando na organização criminosa conhecida como Império Secreto, na qual se tornou um assassino profissional, utilizando um uniforme que o permite voar e bumerangues como sua principal arma, embora seja capaz de arremessar qualquer objeto (inclusive clipes de papel!) com precisão mortal.
Digamos que você seja um vilão que utiliza bumerangues como arma, quem você escolheria como seu primeiro inimigo? O Bumerangue teve a infelicidade de escolher o Incrível Hulk…
Tendo percebido a razoável obviedade de que o Hulk estava muito acima de suas capacidades, Myers passa a enfrentar heróis menos poderosos, especialmente o Homem-Aranha. Sempre com sucesso limitado. Ele chega a se oferecer como assassino contratado para o Rei do Crime, que sabiamente rejeita a oferta.
Depois de seguidas derrotas, ele ingressa no Sindicato Sinistro, grupo de supervilões de segunda categoria chefiado pelo Besouro. Mesmo como parte de uma equipe, Bumerangue não conseguiu sucesso algum e ainda atrapalhou a maior parte das operações do Sindicato Sinistro ao passar a maior parte do tempo tentando tomar a liderança do grupo (muito embora ele fosse ainda menos qualificado para a tarefa que o Besouro…).
Com o fim do Sindicato, o Bumerangue voltou a ser assassino profissional, normalmente a serviço de agenciadores especializados como Justin Hammer. Mas ele passa a maior parte de seu tempo é na cadeia mesmo. Quando não está atrás das grades, ele ainda enfrenta o Homem-Aranha e outros super-heróis ocasionalmente, sempre sendo derrotado com enorme facilidade.

Rino, Homem Aranha

Rino

Rino
Primeira aparição: Amazing Spider-Man #41
O homem que se tornaria o Rino trabalhava originalmente para um grupo de espiões que atuava nos EUA. Ele se ofereceu como cobaia para uma experiência que aumentaria exponencialmente sua força e resistência. A experiência foi um sucesso completo e o criminoso assumiu a identidade de Rino, vestindo um traje especial (similar a um rinoceronte) que o tornava quase indestrutível. Ele retribuiu a ajuda destruindo o círculo de espiões para poder trabalhar sozinho…
Apesar de sua força descomunal, ele não era particularmente esperto e foi derrotado pelo Homem-Aranha em sua primeira aparição depois que o aracnídeo inventou um composto capaz de dissolver o traje ultra-resistente do vilão e expor o corpo (mais vulnerável) deste aos seus golpes.
Em suas aparições posteriores, o Rino começou a usar uniformes progressivamente mais resistentes (e a enfrentar heróis com níveis de poder comparáveis, como o Incrível Hulk). Até que colocou um traje tão resistente que ele próprio não conseguia mais tirar (brilhante…)! Ele se juntou então ao Sindicato Sinistro para tentar obter ajuda para remover seu uniforme (difícil dizer que ajuda exatamente mentes brilhantes como o Besouro e o Bumerangue poderiam lhe dar…). Inacreditavelmente ele consegue se livrar do uniforme que estava grudado em seu corpo (não graças à ajuda do Sindicato Sinistro!)… E logo após arranja outro uniforme similar para voltar à sua carreira de supervilão (tem gente que nunca aprende mesmo!).
Apesar de suas limitações intelectuais, o Rino é, sem dúvida, o mais poderoso dos inimigos habituais do Homem-Aranha, sendo forte e, com seu traje especial, resistente o bastante para enfrentar até mesmo o Hulk! O que já fez várias vezes antes! Ainda assim, ele nunca teve inteligência o bastante para se livrar do estigma de vilão de segunda linha (embora, diferente de seus ex-colegas do Sindicato Sinistro, ele tenha consciência dessa limitação) e é invariavelmente derrotado por qualquer super-herói que encontra. Mas ele nunca permanece preso por muito tempo.

Lobisomem, Homem Aranha

Lobisomem

Lobisomem
Primeira aparição: Amazing Spider-Man 1, Amazing Spider-Man 124 (Lobisomem)
O astronauta galã John Jameson é filho de J.J. Jameson, o dono do jornal Clarim Diário, no qual trabalha Peter Parker.
O personagem foi criado por Stan Lee e Steve Ditko e sua primeira aparição (ainda inofensiva) foi em Amazing Spider-Man 1. Mais tarde, depois de uma viagem à lua, o cosmonauta é infectado por um vírus alienígena. De volta à Terra, desenvolve superforça e ganha um traje especial para controlar seu novo poder. Convencido por seu pai, eterno detrator do herói aracnídeo, John começa a caçar o Aranha e o teria matado, não fosse a intervenção do próprio J.J., que descobre que o Homem-Aranha era inocente da acusação pela qual estava sendo caçado. Ao final da história, John perde seus poderes.
Foi só em 1973, na edição Amazing Spider-Man 124, que o astronauta transformou-se, nas mãos de Gerry Conway e Gil Kane, no Homem-Lobo, um poderoso lobisomem que acaba inimigo do Homem-Aranha. Sua transformação acontece devido a uma estranha pedra lunar que gruda em seu peito e inicia a mutação de homem em lobo furioso na lua cheia. Depois de muita luta, o Aranha finalmente consegue prender a besta e – com a ajuda do Dr. Curt Connors -, livra-o da maldição.

 

Homem Híbrido, Homem Aranha

Homem Híbrido

Homem-Hídrico
Primeira aparição: Amazing Spider-Man #212
Tripulante de um navio cargueiro, Morris Morrie Bench, foi lançado acidentalmente à água junto com um gerador experimental. Ele foi salvo pelo Homem-Aranha, mas a energia do gerador misturada com o gás vulcânico diluído na água afetou a estrutura do corpo de Bench. Após o resgate, Bench começou a suar assustadoramente até se transformar completamente em líquido (!). Quando conseguiu reformar o seu corpo, ele culpou o Homem-Aranha por ter lhe transformado em uma aberração e decidiu se vingar.
Com essa origem improvável e poderes pouco criativos (ele é essencialmente uma versão líquida do Homem-Areia), o Homem-Hídrico já nasceu com o estigma de vilão de segunda categoria. Além disso, seu intelecto limitado e falta de uma motivação coerente garantem que ele seja  um dos vilões menos interessantes do Homem-Aranha e eterno perdedor. Tão ridículo é o personagem que em sua primeira aparição o Homem-Aranha fez a piada de que o Homem-Hídrico deveria se juntar ao Homem-Areia para formar um lindo monte de barro e, poucos meses depois, isso realmente aconteceu!
O personagem mais tarde se juntou ao Sindicato Sinistro, onde era o menos interessante (e o menos inteligente…) do grupo! Quando o grupo se desfez ele continuou tendo aparições esporádicas, enfrentando o Homem-Aranha e o Homem-Areia, que nunca gostou de ter se misturado com ele para formar um monstro de lama…
Embora o personagem nunca tenha mostrado a que veio nas HQs, ele teve um momento de brilho no desenho animado do Homem-Aranha dos anos 90, onde teve uma aparição marcante, seus poderes (que visualmente são muito interessantes) sendo explorados com raro brilhantismo pelos animadores da série.

Corisco, Homem Aranha

Corisco

Corisco
Primeira Aparição: Avengers #70

Criado pelo ancião do universo conhecido como Grande Mestre como parte do Esquadrão Sinistro, um grupo de vilões baseado na Liga da Justiça (superequipe da DC Comics da qual fazem parte, entre outros, o Super-Homem e Batman!), James Sanders tem poderes (supervelocidade) e aparência similares aos do famoso Flash (personagem da DC Comics que já teve até sua própria série de TV!). Em sua primeira aparição, como Ciclone, ele enfrentou a mais poderosa superequipe da Marvel, os Vingadores! Não exatamente a origem típica de um vilão de segunda!
Mas com o tempo, o Esquadrão Sinistro se dispersou, sendo Sanders o seu último remanescente. Com sua supervelocidade reduzida, ele mudou seu codinome para Corisco e tentou iniciar uma carreira solo como supervilão, mas foi derrotado em sua primeira tentativa pelo… Homem-Sapo!
Depois dessa humilhação, a carreira do Corisco desmoronou. Sem muita capacidade para tomar decisões próprias, o Corisco ingressou no Sindicato Sinistro, onde se mostrou um dos integrantes mais eficientes (talvez por não ser tão burro quanto o resto…). Ainda assim, ele nunca consegue se dar bem, já foi derrotado várias vezes pelo Homem-Aranha. Só não tem a mesma freqüência de entrada e saída da prisão que o Besouro ou o Bumerangue porque é esperto o bastante para correr quando as coisas esquentam.

 

Shocker, Homem Aranha

Shocker

Shocker
Primeira Aparição: Amazing Spider-Man #46
Herman Schultz era apenas um arrombador barato, preso em um de seus assaltos por fazer barulho demais ao tentar arrombar um cofre. Na cadeia, ele se dedicou a criar um equipamento capaz de faze-lo arrombar cofres silenciosamente. Acabou construindo um projetor portátil de ondas sísmicas, que o permitiu escapar da cadeia (embora ele quase tenha morrido soterrado no processo…) e iniciar uma carreira de supervilão como Shocker! Nada mal para alguém sem qualquer tipo de ensino formal!
Usando um uniforme protetor capaz de absorver impactos e um vibro-shocker capaz de criar ondas sísmicas em cada braço, Shocker é muito mais mortal que a média de supervilões de segunda, tendo até derrotado o Homem-Aranha um punhado de vezes! Mas sua covardia e inabilidade nunca o permitiram usar suas capacidades no máximo de eficiência e Shocker é cliente assíduo da cadeia.
Ele chegou a ajudar o Sindicato Sinistro uma vez, mas nunca foi membro formal da equipe.

Prof. Smythe e seus robôs Esmaga-Aranha - Homem Aranha

Prof. Smythe e seus robôs Esmaga-Aranha

Prof. Smythe e seus robôs Esmaga-Aranha
Primeira aparição: Amazing Spider-Man #25
Um belo dia, um cientista chamado Spencer Smythe entra na redação do Clarim Diário com uma oferta irrecusável para J. Jonah Jameson. Ele usaria seu recém-construído robô Esmaga-Aranha para localizar e capturar o herói em troca de uma recompensa, Jameson hesita, mas é, ironicamente, convencido por Peter Parker, que vê no robô uma oportunidade fácil de ganhar dinheiro vendendo fotos do Homem-Aranha enfrentando o Esmaga-Aranha. Ele depois se arrependeria amargamente dessa decisão…
O primeiro Esmaga-Aranha, controlado diretamente por Jameson, chega até a capturar o aracnídeo depois de uma longa perseguição, mas o herói consegue fugir. Essa derrota não chegou a afetar Smythe que, a partir daí, começa a construir robôs ainda maiores e mais poderosos. Depois de sucessivas derrotas, Smythe fica obcecado em pegar o Homem-Aranha, a ponto de espalhar câmeras por Nova York inteira, só para perseguir o herói! No processo ele chega a descobrir a identidade secreta do herói, mas, como o Dr. Octopus antes dele, acaba acreditando que fora enganado por um impostor. Além dos robôs, ele também faz uso de um gás (cloreto de etila) capaz de enfraquecer o Homem-Aranha, no que curiosamente nunca foi imitado pelos outros inimigos do aracnídeo. Mais um inimigo do Homem-Aranha do que um criminoso, ele não era um cliente assíduo da penitenciária como a média dos inimigos do Aranha, mas também sofreu sua cota de derrotas humilhantes.
Com o tempo, ele descobre que ter passado anos trabalhando com os materiais radioativos usados nos seus Esmaga-Aranhas o deixou com câncer terminal! Totalmente enlouquecido, ele decide se vingar das duas pessoas que ele considerava responsáveis por sua desgraça: Jameson e o Aranha! Ele chega a manipular o filho de Jameson (que na época ainda era o Homem-Lobo) para tentar capturar os dois. Quando finalmente consegue, ele prende Jameson no Aranha com algemas explosivas inquebráveis, programadas para detonar em 24 horas! Tendo que trabalhar juntos pela primeira (e única) vez em suas vidas, Jameson e o Aranha conseguem se livrar das algemas. Smythe morre no processo, sem conseguir sua vingança.
Anos depois, o filho de Smythe, Alistair Alphonso Smythe, decide vingar seu pai, criando uma nova leva de robôs Esmaga-Aranha (como sempre maiores e mais poderosos que seus antecessores…). Como o pai, ele sofre seguidas derrotas (ficando paralítico depois da mais séria) e desenvolve a mesma obsessão em destruir o aracnídeo. Depois de uma prolongada estadia no hospício, ele retorna e decide criar o Esmaga-Aranha Supremo: Ele próprio, transformado em um ciborgue superpoderoso! Porém, ele é novamente derrotado pelo aracnídeo e está de volta ao asilo desde então.
Os robôs Esmaga-Aranha desenvolvidos por Alistair e seu pai eram maravilhas tecnológicas. Quase indestrutíveis, com sofisticados localizadores capazes de localizar o Homem-Aranha (ou qualquer aracnídeo) aonde quer que ele fosse, cobertos com uma substância que impedia a adesão da teia do Aranha e armados até os dentes com tentáculos (ou membros extensíveis), lâminas, armas de raios e às vezes até lançadores de teia, eles sempre foram uma grande dor de cabeça para o herói. Além dos Smythe, a Dra. Marla Madison, atual esposa de J. Jonah Jameson, chegou a construir um modelo de Esmaga-Aranha, mas depois disso ela desistiu de ajudar Jameson em sua eterna perseguição ao herói.

Magma, Homem Aranha

Magma

Magma
Primeira Aparição: Amazing Spider-Man #28
Mark Raxton, meio-irmão de Liz Allen, era sócio do cientista Spencer Smythe em vários dos seus projetos (não relacionados com os robôs Esmaga-Aranha). Os dois desenvolveram (a partir de um meteoro que haviam descoberto) uma nova liga metálica líquida que, eles esperavam, iria valer uma fortuna. Ambicioso, Raxton decidiu roubar a liga para si. Smythe tentou impedi-lo e, durante a luta, o vidro que continha a liga se quebrou e Raxton foi envolvido pelo líquido. O líquido cobriu todo o corpo de Raxton e infiltrou-se pela pele até que esta se tornasse da mesma composição que a liga. Isso transformou Raxton em um homem metálico com superforça e uma pele dourada quase indestrutível! De posse desses poderes, Raxton decide iniciar uma carreira criminosa com o nome de Magma.
Sua carreira criminosa começa com o pé esquerdo, já que ele é derrotado pelo Homem-Aranha antes de cometer o primeiro crime! Preso pelo roubo da liga metálica, ele começa o entra-e-sai da cadeia que caracteriza os inimigos de segunda linha do aracnídeo…
Com o tempo, a liga que cobria o corpo de Raxton começou a emitir calor de forma incontrolável. Raxton tentou numerosas vezes reverter o processo (normalmente com a ajuda de sua irmã), mas era atrapalhado pelo Aranha, que queria que o Magma se entregasse às autoridades para ser curado. A situação persistiu por bastante tempo, até que Raxton finalmente achou a cura e, após uma estadia na prisão, acabou se regenerando!
Desde então, Raxton, diferente da maioria dos inimigos do Aranha, tem levado uma vida honesta, trabalhando para a irmã. Embora seja ocasionalmente jogado contra o Homem-Aranha devido à manipulação de algum vilão (normalmente o Duende Verde), os dois se consideram aliados e já trabalharam juntos diversas vezes.

Mestre dos Robôs, Homem Aranha

Mestre dos Robôs

Mestre dos Robôs
Primeira Aparição: Amazing Spider-Man #37
O Prof. Mendel Stromm, inventor brilhante, teve a péssima idéia de ser sócio de Norman Osborn. Embora tenham sido as criações de Stromm que geraram a fortuna de Osborn (e acabaram transformando-o no Duende Verde), este era ambicioso demais para dividir os lucros com seu sócio e denunciou Stromm por roubo na primeira vez que este pegou fundos da empresa sem autorização. Stromm passou dez longos anos na cadeia e jurou vingar-se de Osborn quando saísse.
Uma vez livre, ele e seu assistente Max Young construíram uma panóplia de robôs destruidores (inclusive um esquisito robô amebóide) e os lançaram contra as empresas de Osborn. Isso atraiu a atenção de ambos Osborn (na época já transformado no Duende Verde) e o Homem-Aranha, que destruiu os robôs de Stromm e desbaratou seus planos. Logo depois de haver subjugado Stromm, porém, o Aranha foi surpreendido por um atirador (o próprio Norman Osborn) que tentou matar Stromm. O herói conseguiu bota-lo para correr (embora não tenha descoberto quem ele era), mas a tensão foi demais para Stromm, que sofreu um ataque cardíaco fulminante e faleceu logo a seguir.
Mas essa não seria a última vez que o Aranha teria problemas com Mendel Stromm. Antes de morrer, Stromm construíra uma cópia robótica sua, que recebeu seus padrões mentais e, disfarçado como o irmão de Mendel Stromm, voltou a construir robôs criminosos. Até que o Homem-Aranha o descobriu e transformou-o em sucata…
Seu assistente Max Young também decidiu seguir seus passos como construtor de robôs criminosos. Totalmente ensandecido (ele chegou mesmo a pensar que era o próprio Stromm!), ele acabou sendo mandado para um hospício pelo Aranha.
Mas nem assim o aracnídeo conseguiu se livrar de Mendel Stromm. Este, como vários outros vilões, voltou da morte durante a Saga do Clone por cortesia de seu antigo inimigo Norman Osborn. Aparentemente, Stromm tinha testado em si mesmo uma versão primitiva da fórmula que transformara Osborn no Duende Verde e, como Osborn, ganhou capacidades regenerativas que o preservaram mesmo após a morte (!). Porém, diferente de Osborn, seu corpo já tinha decaído demais e Stromm acabou se tornando uma criatura deformada que precisava de um traje especial para manter-se vivo, o Ogro. Ele trabalhou para Osborn durante a Saga do Clone, atazanando a vida do novo Homem-Aranha Ben Reilly. Porém, após ser derrotado por Reilly, ele foi morto novamente por Osborn. Ao menos por enquanto.

Lápide, Homem Aranha

Lápide

Lápide
Primeira Aparição: Web of Spider-Man #36
Lonnie Thompson Lincoln, conhecido como Lapide, é um delinqüente desde a mais tenra infância. Embora fosse de etnia negra, ele é um albino. Sentindo-se deslocado das outras pessoas por sua aparência, com o tempo ele desenvolveu um grande desprezo pelos outros seres humanos. Com ajuda de seu grande porte físico e sua brutalidade, ele iniciou uma carreira meteórica no crime organizado. Logo ele era o assassino mais bem pago da Filadélfia.
O Lápide tem uma estranha relação de amor e ódio com Joe Robertson do Clarim Diário. Robertson fora seu colega na escola, onde Lápide o intimidara a não publicar matérias incriminatórias a seu respeito no jornal da escola. Essa intimidação chegou ao auge quando Robertson, já adulto e como jornalista profissional, testemunhou um assassinato cometido pelo Lápide mas não teve coragem de denunciá-lo.
Anos depois, o Lápide retorna à vida de Robertson ao se tornar o executor particular do Rei do Crime. Robertson cria coragem, resolve enfrentá-lo e é seriamente ferido. Então o Homem-Aranha resolve levar o Lápide à justiça. No combate entre os dois, o Lápide obtém uma vantagem inicial, devido a sua força e brutalidade, mas os poderes do Homem-Aranha fazem a diferença e o Lápide é facilmente derrotado. Ele é preso, mas, ironicamente, Robertson também é e os dois acabam na mesma penitenciária. Os dois acabam fugindo (Robertson contra a vontade) e se refugiando em uma fazenda, aonde Robertson finalmente confronta seus medos e vence o Lápide, retornando à cadeia a seguir. O Lápide escapa e volta à carreira criminosa.
Mais tarde, Robertson, já inocentado, confrontou o Lápide em uma fábrica de produtos químicos. Robertson baleou Lápide e este caiu em uma câmara de testes de um gás experimental. O resultado, bastante óbvio para uma história em quadrinhos, foi que o Lápide finalmente desenvolveu poderes (força, invulnerabilidade, o pacote completo) que o permitiam enfrentar o Homem-Aranha… E deixou de ser um dos vilões mais interessantes que surgiram nos últimos anos para se tornar mais um vilão de segunda linha.
A carreira de Lápide é uma prova cabal de que às vezes menos é mais. Enquanto o Lápide era somente um criminoso comum e brutal, que impunha respeito com sua presença (e seu magnífico visual, principalmente desenhado por Sal Buscema no auge de sua carreira!) e as histórias giravam em torno de seu bizarro relacionamento com Joe Robertson (um coadjuvante até então muito pouco utilizado), ele era um personagem interessante. Ao tornar-se mais um supervilão que troca sopapos com o Homem-Aranha ele perdeu aquilo que o tornava único e rapidamente desapareceu da série.

Fraude, Homem Aranha

Fraude

Fraude
Primeira Aparição: Defenders #51
Ex-técnico da NASA, Anthony Davis decidiu largar tudo para tornar-se um supervilão cuja principal arma eram… Anéis! Ele usava anéis de todos os tipos e tamanhos para imobilizar e incapacitar seus adversários (em teoria eles eram armas mortais também, mas Davis nunca chegou nem perto de ameaçar qualquer herói com seu poderoso armamento).
Depois de um início de carreira indistinto, o Fraude logo notou que seu equipamento não o tornava páreo para nenhum super-herói digno de nota e decidiu pedir ao Consertador (sempre ele!) para aperfeiçoar suas armas. Foi seu grande erro.
Quando voltou à oficina do Consertador para buscar seu novo equipamento, o Fraude não encontrou o velho inventor, mas um outro supervilão que também viera buscar seu equipamento. Davis foi rapidamente surrado pelo recém-chegado, que prendeu ao seu uniforme uma bomba (falsa, na verdade…) e o obrigou a lutar contra o Homem-Aranha, que o surrou facilmente (a ponto do pobre Fraude precisar de um sério tratamento dentário a seguir…) e o botou em cana. Quem era o poderoso supervilão que obrigou o Fraude a passar essa vergonha? Ninguém menos que o medíocre Besouro…
Depois dessa humilhação, o Fraude não ficou vivo muito tempo, sendo liquidado pelo Carrasco do Submundo.
Mas esse não foi o final da carreira do vilão! Um segundo Fraude surgiu tempos depois mas teve uma carreira muito curta, aparentemente largando essa vida de vilão ordinário antes que precisasse também se valer de um bom dentista…
Tempos depois, Leila (viúva de Davis) decide vingar a honra de seu falecido marido. Ela se infiltra no Sindicato Sinistro, posando como namorada do Bumerague, e por muito pouco não consegue matar o Besouro (que é salvo, para sua eterna humilhação, por seu velho inimigo Homem-Aranha), provando assim quem era realmente o gênio do crime na família…
A incursão criminosa de Leila acaba se pagando mais tarde, quando a moça encontra seu marido vivinho da silva! Aparentemente Davis fora revivido como um ciborgue a serviço da organização criminosa I.M.A.! Decidido a afastar sua esposa da vida criminosa, ele foge com ela para um local ignorado, onde ambos poderiam construir vida nova. Ei, quem disse que vilões vagabundos não têm finais felizes?

A Legião dos Perdedores (Urso, Gibão, Mancha e Canguru)

A Legião dos Perdedores (Urso, Gibão, Mancha e Canguru)

A Legião dos Perdedores (Urso, Gibão, Mancha e Canguru)
Primeiras Aparições: Gibão: Amazing Spider-Man #110, Urso: Amazing Spider-Man #139, Mancha: Spectacular Spider-Man #98, Canguru II: Spectacular Spider-Man #242
O grupo de vilões formado por Urso – um ex-profissional de luta livre contratado pelo Chacal para desafiar o Aranha e que adotou esse nome por ter recebido do vilão um traje semelhante a esse animal – Gibão – um desastrado criminoso com força e agilidade superiores ao da maioria dos humanos normais (ou, pelo menos, assim ele pensa), e que se veste como o animal do qual adotou o nome – Canguru – a segunda versão. O primeiro, Frank Oliver, podia saltar como um verdadeiro canguru e morreu anos atrás. Seu herdeiro prefere compensar a falta de poderes comprando seus equipamentos do mal pela Internet – e Mancha, um ex-pesquisador a serviço do Rei do Crime que, quando conduzia uma série de experimentos visando duplicar os poderes do Manto, adquiriu uma variação dos poderes do vigilante. Antes humano, agora Jon Osterman tem a incrível capacidade de abrir buracos dimensionais onde quiser, bastando tirar uma das manchas de seu corpo e posicioná-las onde quiser, formam um dos grupos de vilões mais ridículos da história dos quadrinhos. Seu objetivo comum: Destruir o Homem-Aranha, vingando-se do herói que prendeu cada um deles pelo menos uma vez. Isso e roubar um banco foi o que motivou a formação do grupo que não durou mais de uma noite.
No dia em que formaram seu grupo criminoso, o bando teve seu primeiro confronto com o Homem-Aranha, que se deixou capturar e ser levado para a base deles. Base que na verdade não passava do apartamento alugado do Urso. Lá, o grupo não chegou a um acordo sobre o que fazer com o aracnídeo e acabaram brigando entre si. Ao final, o Urso e o Gibão decidiram devolver o dinheiro roubado e libertar o aracnídeo, que apensa fingia estar desmaiado. O Mancha e o Canguru foram presos e Urso e Gibão decidiram que seria melhor se passassem a ser heróis. Com isso, surgiu a lenda do Urso das Trevas e Gibão, o Símio Prodígio. Como heróis, a dupla não se saiu melhor do que quando vilões.

 

Cabeça de Martelo, Homem Aranha

Cabeça de Martelo

Cabeça-de-Martelo: antigo inimigo do aracnídeo, era um gângster que fora baleado e estava às portas da morte quando foi encontrado por Jonas Harrow, que reconstruiu o seu crânio com placas de aço. Assim, o vilão poderia atravessar paredes com sua cabeça. Várias foram as suas investidas; contra o Dr. Octopus, contra o Rei e em determinado momento, foi o gângster número dois de Nova Iorque, perdendo apenas para o Rei e seguido do Camaleão. Hoje, o Cabeça-de-Martelo perdeu muito de seu status e praticamente nem é lembrado.

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