Álbum Morro da Favela, de André Diniz, será publicado na França e Inglaterra

Primeira obra do autor deve chegar também ao mercado norte-americano

Morro da Favela de André Diniz

Na França, ainda não foi batizada. Na Inglaterra, a obra já tem o nome definido: “Picture a Favela“. É onde o álbum “Morro da Favela“, de André Diniz, irá aportar ainda este ano.
O autor carioca fechou os contratos há cerca de um mês. No circuito francês, a responsável pelo trabalho do brasileiro será a Des Ronds dans l´O Éditions.
No mercado inglês, será editado pela Self Made Hero, que possui outras obras estrangeiras em catálogo, como “Incal”, de Moebius, e a biografia de Johnny Cash, de Reinhold Kleist.
A Self Made Hero já inclui o livro em seu site. Segundo a página virtual, o álbum estará disponível em junho. O catálogo irá chegar também aos Estados Unidos.

“Não é só mais um mercado ou um maior número de leitores. É o começo de um plano. Eu realmente tinha vontade de expandir as minhas fronteiras”, diz o autor.

O tal plano mencionado por ele inclui publicar justamente no exterior. Um investimento profissional que já o levou a se matricular num curso de francês neste início de ano.
Ele vê a ida de “Morro da Favela” para a Europa e os Estados Unidos como uma porta que se abre. Acredita que isso irá permitir contatos para outros trabalhos seus.
Segundo ele, trata-se de um mercado a mais, que se soma ao brasileiro. “Hoje, eu estou me dedicando cem por cento aos quadrinhos.”

Hoje com 36 anos e morando em São Paulo há um ano de dois meses, Diniz revela uma produção altíssima. Ele diz ter três álbuns prontos e o roteiro de um quarto.
Dois serão lançados pela Barba Negra, responsável também por “Morro da Favela”. Mas ele é econômico sobre os temas. Outro envolve uma editora, com quem ainda conversa.
O quarto trabalho será publicado pela Record e é o único em que não assina o roteiro e os desenhos. Ele fará a arte do conto africano Mwindo, escrito por Jacqueline Martins.
A fábula conta a história de um menino, nascido do dedo da mãe. Contrário ao garoto e com medo de perder o trono, seu pai, um rei, decide matá-lo.

Não são muitos brasileiros que conseguem publicar no mercado europeu. Há exemplos de ontem e de hoje.
Entre os de ontem podem ser citados os trabalhos de Sergio Macedo e Leo, que trocaram o país pela Europa nas décadas de 1970 e 80.
Entre os atuais, há a arte de Sam Hart e Lelis para os mercados inglês e francês, respectivamente. Nos roteiros, Wander Antunes chegou a ser indicado a um prêmio francês.
“Morro da Favela” foi um dos destaques nacionais de 2011. O álbum faz uma biografia do fotógrafo Maurício Hora, que viveu no violento morro da Providência, no Rio de Janeiro.

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