Confira o segundo volume de Cânone gráfico, da Boitempo Editorial

A Boitempo Editorial lançou o álbum em quadrinhos Cânone gráfico II – Clássicos da literatura universal em quadrinhos (488 páginas).

Confira o segundo volume de Cânone gráfico, da Boitempo Editorial

Quando Russ Kick começou a organizar a antologia Cânone gráfico, a ideia era reunir “o melhor da literatura de todos os tempos” em um projeto editorial e gráfico ambicioso, ilustrado pelas mãos dos quadrinhistas talentosos. A empreitada deu certo e o material compilado foi dividido em três partes.

O volume 1 da série, publicado pelo selo Barricada em 2014, apresenta as primeiras experiências literárias da humanidade. Neste segundo volume, Kick conduz o leitor em mais uma viagem pela história das letras, partindo do ponto onde parou: o século XIX, quando a noção de moderno chega à literatura no formato do gênero romance.

Mas essa antologia não é feita só de romances – também há contos, poemas, peças e cartas que expandem e diversificam a leitura. Daí a escolha de começar com Kublai Khan, do escritor inglês Samuel Taylor Coleridge, um poema onírico cheio de imagens do Oriente, adaptado por Alice Duke. A artista faz parte de uma seleção que também reúne Hunt Emerson, S. Clay Wilson, Tara Seibel, Maxon Crumb, Elizabeth Watasin, John Porcellino e muitos outros quadrinhistas que tiveram liberdade total para fazer suas adaptações em obras como as fábulas dos Irmãos Grimm e de Hans Christian Andersen, clássicos como Orgulho e preconceito (Jane Austen), Frankenstein (Mary Shelley), Oliver Twist (Charles Dickens), Moby Dick (Herman Melville), Folhas da relva (Walt Whitman), Os miseráveis (Victor Hugo), As aventuras de Huckleberry Finn (Mark Twain), O corvo (Edgar Allan Poe), O morro dos ventos uivantes (Emily Brontë), Anna Kariênina (Liev Tolstói) e O retrato de Dorian Gray (Oscar Wilde).

Um brasileiro também está presente no time – Kako, que vive em São Paulo, ficou responsável pela versão de Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski.

O segundo volume da série conta ainda com outros destaques, como a filosofia de Assim falou Zaratrusta (Friedrich Nietzsche), na versão de Laurence Gane/Piero, e algumas das gravuras originais de William Blake para seu poema épico Jerusalém.

Uma obra que mereceu a atenção de diversos artistas ao longo desse volume foi Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll. Marco da literatura universal, o romance – que acaba de completar 150 anos – ganha uma versão sombria nas mãos da ilustradora Dame Darcy, referência em quadrinhos alternativos, e uma rica galeria de imagens, contendo 21 ilustrações da personagem em diferentes versões.

A tradução para o português ficou a cargo de Flávio Aguiar, professor de literatura da Universidade de São Paulo – USP, e Alzira Allegro, professora de literatura de língua inglesa e tradução da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP.

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