Mágico Vento

Conheça o personagem faroeste criado por Gianfranco Manfredi


Mágico Vento é uma série de quadrinhos italianos de faroeste criada por Gianfranco Manfredi em 1997 e publicada pela Sergio Bonelli Editore. No Brasil, o título foi publicado pela Mythos Editora de junho de 2002 a maio de 2013, com 131 edições.

Mágico Vento é o nome indígena dado a Ned Ellis, um soldado americano que escapou milagrosamente da explosão de um trem. Muito ferido, foi encontrado por um velho xamã, que o levou para sua tribo, entendendo que aquilo era um sinal. Com uma farpa de metal cravada no cérebro, ele perde todas as memórias, mas ganha o dom de ter visões e premonições. Quando acordou, Ned não se recordava de mais nada, e passou então a conviver com os Sioux, sendo considerado um xamã, ou “homem da medicina”, pelo dom das visões que passou a ter graças a uma farpa de metal depositada em seu cérebro, na ocasião do acidente.

Recebeu o nome de “Mágico Vento” do velho xamã que o encontrou. Ned tem transes e sonhos, até de vidas de outras pessoas e de enigmas que só ele pode decifrar, que podem lhe revelar o futuro. E os índios consideram isso um dom.

Em busca de seu passado, conhece o jornalista Willy Richards, também conhecido como Poe, devido sua semelhança com o escritor Edgar Allan Poe, e ambos se unem para combater um poderoso homem chamado Howard Hogan, que exerce atividades ilícitas e mais tarde se descobre, está envolvido na explosão do trem onde Mágico Vento estava. A partir daí, os dois companheiros enfrentam uma árdua jornada, buscando tanto o passado de Ellis, quanto expor as patifarias de Hogan. Aos poucos, detalhes surpreendentes sobre a vida do protagonista vão surgindo, e uma sucessão de eventos atravessa o caminho da dupla.

A partir daí, a série se desenvolve cada vez mais, e aborda muitos temas: cultura indígena, com costumes, lendas e tal; terror, com as criaturas mais bizarras enfrentando o herói; História, mostrando com realismo absurdo como foi o Velho Oeste americano, inclusive aparecendo personagens reais (General Custer, Touro Sentado e vários outros); política, com Ned envolvido com intrigas governamentais em tramas dignas dos melhores filmes de espionagem. Tudo isso com muita ação típica do Western, com tiroteios a rodo.

Um dos detalhes mais interessantes é que aos poucos vão sendo revelados detalhes do passado de Mágico Vento. O leitor descobre as coisas junto com o herói, uma fórmula que nunca falha. Cada edição tem uma história específica, que pode ser lida separadamente, mas há um plot central que vai aos poucos se desenhando.

Desde sua estreia, em junho de 1997, Mágico Vento tem angariado fãs dentre os apreciadores de variados gêneros de quadrinhos, alguns dos quais garantem ter se rendido aos gibis de western graças a esse personagem.

As ilustrações das capas das edições, sempre uma atração à parte, tiveram a assinatura de Andrea Venturi, Pasquale Frisenda e Corrado Mastantuono (que tem um carreira consolidada nos quadrinhos Disney).

Nessa trajetória editorial, muitos personagens fixos marcantes, reais ou fictícios, foram sendo acrescentados. Os agentes federais Dick Carr e Little Boy, o índio Cavalo Louco, o polêmico General Custer e a geniosa Calamity Jane, dentre muitos outros, tiveram seus momentos de destaque no universo de Mágico Vento e permitiam aos leitores acompanhar outras tramas além daquelas que eram os fios condutores dessa longa história: a busca pelo passado perdido do xamã branco e sua luta contra o milionário Howard Hogan, seu mais ferrenho inimigo e, possivelmente, pai biológico.

Em 2010, a revista Mágico Vento foi descontinuada na Itália, depois de 131 edições, porque seu autor entendeu que a história do personagem deveria chegar ao fim. Cinco anos depois, Gianfranco Manfredi informou que estava escrevendo uma graphic novel em quatro partes estrelada pelo xamã branco, que ainda não foi lançada.

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Referências: UniversoHQ | Omelete | Wikipedia

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