Conan – Parte 1

Personagem da literatura de fantasia heróica criado pelo Texano Robert E. Howard em 1932

Conan

Conan da Cimeria é o maior personagem da literatura de fantasia heróica—ou “espada & feitiçaria” (sword and sorcery). Criado pelo escritor texano Robert E. Howard em 1932. Fez sua primeira aparição na revista pulp Weird Tales no conto chamado “The Phoenix on the Sword” (em português, A Fênix na Espada). Howard escreveu mais dezenove histórias e um romance protagonizados pelo personagem (três dos contos só publicados após sua morte), sendo que outros escritores de renome também criaram histórias de Conan ou reescreveram contos, a partir de sinopses e fragmentos originais após 1936, ano em que Howard se suicidou. Dentre esses recuperadores e continuadores da obra de Howard se destacam L. Sprague de Camp e Lin Carter.
As histórias de Howard sobre Conan — e também sobre Kull, o rei da Valúsia, uma criação anterior a Conan — ajudaram a definir o formato da fantasia heróica como subgênero da fantasia: A ênfase em um herói que é um poderoso guerreiro, hábil espadachim, de disposição violenta e contrária às hipocrisias e fraquezas da civilização, e que sempre se defrontava com ameaças sobrenaturais sobre as quais sempre prevalecia, fossem elas magos, demônios ou outras criaturas de eras perdidas no tempo.

A Era Hiboriana

Era Hiboriana

Saiba, ó príncipe, que naqueles anos em que os mares sorveram Atlântida e os vislumbres de cidades, e à época do surgimento dos Filhos de Aryas, houve uma era inimaginável, durante a qual os reinos de esplendor se espalharam pelo mundo como miríades de estrelas sob o manto azul dos céus – Nemédia, Ophir, Brithúnia, Hiperbórea. Zamora, com suas mulheres de cabelos escuros e torres assombreadas por aranhas misteriosas; Zíngara e a nobreza; Koth, fronteiriça com as terras pastoris de Shem; Stygia, com as tumbas vigiadas por fantasmas; Hirkânia, e os cavaleiros vestidos de aço e seda e ouro. Porém, o reino mais orgulhoso do mundo era a Aquilônia, soberana do Ocidente sonhador. Nesta época surgiu Conan da Ciméria, cabelos negros, olhar sombrio e espada na mão, ladrão, saqueador, assassino, assolado igualmente por gigantescas crises de melancolia e jovialidade, para pisotear os adornados tronos da Terra com suas sandálias.” (Crônicas da Nemédia)
As histórias de Conan e de alguns outros personagens de Howard se passam na fictícia Era Hiboriana, uma época pré-glacial anterior ao registro da história conhecida, posterior à suposta submersão de Atlântida, segundo L. Sprague DeCamp, doze mil anos atrás, segundo outro autor, Dale Ripke, trinta e cinco mil anos atrás.
O excerto acima foi retirado do livro publicado pela Editora Conrad no Brasil, com os contos originais de Howard. A tradução deixa a desejar, inclusive a referida citação contém erros que foram reproduzidos fielmente.

Ciméria

Conan é natural da Ciméria, um reino fictício do norte, considerado místico e bárbaro pelos mais civilizados reinos do Sul e que, geograficamente, corresponderia aproximadamente às Ilhas Britânicas. Os cimérios eram, supostamente, descendentes decaídos dos antigos atlantes e eram conhecidos por sua belicosidade, habilidade em escalar obstáculos e ódio aos atarracados pictos e aos ruivos vanires, dois outros povos com os quais disputavam fronteiras.

Quem é Conan

Nascido em um campo de batalhas e filho de um ferreiro, aos quinze ou dezesseis anos, Conan deixou voluntariamente sua tribo e começou a vagar pelo mundo, tendo lutado ao lado dos loiros aesires sendo, posteriormente, escravizado pelos hiperbóreos. Escapando, atuou como saqueador, mercenário e pirata, sendo esta fase uma de suas mais marcantes devido a seu grande amor, a morena Bêlit, mais conhecida como a Rainha da costa Negra, que veio a falecer nas mãos do último sobrevivente de uma raça milenar. Durante sua vida enfrentou guerreiros, feiticeiros, monstros, vampiros, demônios, lobisomens e até mesmo criaturas dimensionais. Após inúmeras aventuras, aos quarenta anos, Conan conseguiu se tornar rei da Aquilônia, que, junto com a culta Nemédia, constituíram as mais altivas e poderosas nações hiborianas. Isto se deu após uma sangrenta guerra civil, quando o cimério estrangulou o traiçoeiro regente anterior, Numedides, e usurpou o trono. Após algumas tentativas de deposição, ele teria se casado com a cortesã Zenóbia e tido filhos com a mesma. Depois de cerca de trinta anos no poder, com cerca de sessenta e oito anos, Conan teria deixado o reino para seu filho mais velho, Conn, e partido para o enigmático Oeste, onde, após uma contenda nas misteriosas Ilhas de Antillia, remanescentes da desaparecida Atlântida, teria rumado com velhos companheiros de seus tempos de pirata ao obscuro continente de Mayapan, sendo que até aqui constam suas crônicas. É digno de menção que Robert E. Howard, em carta para o fã P. Schuyler Miller, menciona a visita de Conan ao continente localizado no extremo oeste do mundo (http://rpgbrasil.com.br/?p=3200), o que pode ter inspirado Sprague DeCamp a escrever o romance Conan das Ilhas que narra justamente esta viagem.

Personalidade e habilidades de Conan

Conan é descrito como ladrão sagaz, mercenário e assassino frio, formidável guerreiro, com olhos sombrios e mãos sempre prontas a empunhar uma espada. Vaga pelo mundo, por luta, ouro, mulheres e vinho. Ainda assim, ele conserva um certo princípio ético de justiça, o que o faria, por exemplo, defender pessoas indefesas, depor governantes mesquinhos, etc. Seu deus é Crom, considerado distante e que pouco liga para o destino dos homens, embora conceda força para vencer os inimigos. É considerado invencível no combate de espadas. Possui força física avantajada e reflexos e sentidos aguçados.

Constantes nas histórias de Conan

Duas constantes nas histórias de Conan são as aparições quase que obrigatórias de seres sobrenaturais grotescos e mulheres inversamente belas. Dentre estas, além da Rainha da Costa Negra, apareceram com destaque em suas aventuras as guerreiras Red Sonja (nos quadrinhos) e Valéria. Quase todas as bestas acabam inevitavelmente sendo mortas por Conan, e quase todas as mulheres, seduzidas por ele. Suas aventuras são sempre bastante violentas, repletas de ação, sendo que os reinos mais civilizados são mostrados como antros de corrupção, decadência, libertinagem e burocracia. O motivo disso seria a grande decepção de Howard com os rumos da sociedade moderna. Por isso, em suas histórias, aqueles que são chamados de bárbaros é que são geralmente os guardiões de uma certa ética.

Mulheres na vida do Conan

Bêlit
BelitDurante três anos de sua vida Conan da Ciméria viveu um grande amor ao lado de Bêlit, a Rainha da Costa Negra. Juntos, eles devastaram as costas dos civilizados reinos hiborianos, marcando seus nomes indelevelmente na memória de muitos soberanos e mercadores.
Os conanmaníacos mais antigos conhecem como ninguém a saga de Bêlit, mas os novatos às vezes se perguntam: ‘Afinal, quem diabos é Bêlit?’. Para dissipar de vez as dúvidas dos conanmaníacos e prestar uma justa homenagem a essa bela rainha da costa negra, publico aqui a saga de Bêlit.
Bêlit, que em língua shemita significa ‘deusa’, era filha do rei Atrahasis, de Shem, e era órfã de mãe. Com o pai, aprendeu a nobre arte de navegar e com seu mentor, Nyaga, a ler e escrever. Durante uma noite infeliz a pequena Bêlit presenciou a morte de seu pai, cujos assassinos foram enviados por seu tio, Nim-Karrak. Nyaga, que era nativo das ilhas do sul, fugiu com Bêlit, a bordo do navio real, de volta para a Costa Negra. Foi durante essa viagem que o coração da pequena princesa clamou vingança contra o tio perverso. Ao chegar às ilhas, Nyaga convenceu seus conterrâneos de que Bêlit era a filha de Derketa, a deusa da morte. Durante os anos que se seguiram, Bêlit aprendeu o uso da lança e do arco, aprimorando cada vez mais o seu corpo, enquanto em seu coração o desejo de vingança ardia como as chamas do inferno. Quando adolescente, a garota teve que enfrentar alguns desafios e acabou se tornando a líder da tribo onde morava. Depois disso, convenceu seus subordinados a ser tornarem piratas. Assim nasceram os primeiros corsários negros. O encontro de Conan e Bêlit se deu quando o cimério fugia de Argos em um navio mercante, que acabou sendo afundado, muitas léguas ao sul de Messântia, pelos temíveis Corsários Negros comandados por Bêlit. Apaixonada pelo destemor e pela habilidade de Conan com a espada, ela o toma como seu primeiro imediato – e companheiro de cama e mesa (A Rainha da Costa Negra/ESC 41). Bêlit se tornará o primeiro amor duradouro da vida de Conan, e os dois, liderando os Corsários Negros a bordo do Tigresa, atacam embarcações ocidentais. Através de Nyaga, o xamã que acompanha Bêlit, o Cimério fica sabendo que ela é filha do rei Atrahasis, de Asgalun, uma cidade-estado shemita, e que foi assassinado quando Bêlit era ainda menina. Nyaga fugiu com ela para as Ilhas do Sul (também conhecidas como Ilhas Prateadas), e armou um plano para fazer com que os habitantes a considerassem uma deusa. Desta forma, ela se tornaria a líder deles e, algum dia, poderia recuperar o trono para o qual havia nascido (A História de Bêlit/ESC 41).

Amra
AmraApesar de intimidar as tribos ao longo da Costa Negra, Bêlit prefere receber tributos em vez de fazer pilhagens. Durante uma visita a aldeia dos watambis, Bêlit é raptada pelos temíveis Domadores de Crocodilos, que lutam montados em grandes répteis aquáticos (À Sombra de um Pesadelo/ESC 41).Ao partir para resgatá-la, Conan percebe o quanto ela significa para ele. Bêlit consegue escapar de seus raptores, mas é capturada pelo misterioso rei da selva de nome Amra, o Senhor dos Leões (Na Trilha da Rainha Pirata/ESC 42). Amra filho de um lorde aquilônio que foi abandonado na Costa Negra, cresceu comandando os grandes felinos, especialmente um leão negro conhecido como Sholo, e deseja Bêlit como sua companheira. Em um ataque de ciúmes, sua antiga amante, Makeda, princesa da tribo do Falcão da Lua Cheia, liberta gnomos aprisionados há eras para que matem Bêlit (O Rei dos Leões/ESC 42). Chegando ao local, Conan enfrenta esses habitantes das trevas. Em seguida, como Amra não deseja abrir mão de Bêlit, o Bárbaro é obrigado a enfrentar o Senhor dos Leões – e o mata. Conan então passa a ser chamado de ‘Amra’, e até mesmo o leão negro Sholo reconhece sua supremacia (Morte nas Ruínas/ESC 42).

Confronto de Guerreiras
Agora chamado de ‘Amra’ por todos, exceto Bêlit, Conan singra os mares ao lado de sua amante e capitã. Buscando suprimentos em uma ilha assombrada, eles acabam se envolvendo em uma rixa secular (O Mago da Ilha Maldita/ESC 43). Quando Conan, Bêlit e alguns membros da tripulação do Tigresa entram furtivamente em Messântia, durante a noite, para vender parte de seu saque, um mercador chamado Publio os convence a roubar para ele uma página solta do Livro de Skelos, guardada no Templo dos Mil Deuses. Para surpresa de Conan, sua antiga amiga Sonja também está lá, em busca do mesmo pergaminho (No Templo dos Mil Deuses/ESC 45). Conan e Bêlit descobrem que Sonja foi enviada atrás da página de feitiços por Karanthes, sacerdote do deus-pássaro Íbis (Cuidado com os Filhos de Set/CS 8). Sonja e Bêlit brigam – não fica claro se pelo pergaminho ou por Conan – e a hirkaniana foge com o prêmio que ambas buscavam. Na perseguição, Conan encontra-se com Tara de Hanumar, agora grávida de Yusef, que está aprisionado na masmorra de Messântia. Conan liberta Yusef, reúne o casal, envia os dois para longe e parte com Bêlit atrás de Sonja (A Noite da Treva Eterna/ESC 46). Conan e Bêlit se separam, e ele alcança Sonja no templo de Íbis presidido por Karanthes. Enquanto os dois lutam, um sacerdote stígio encapuzado (que se transformou magicamente em uma criatura com asas de morcego) mergulha sobre eles e foge com a página do Livro de Skelos (Confronto de Bárbaros/ESC 47). Na caçada ao ladrão, Conan e Sonja juntam-se a Bêlit e acabam descobrindo que o palácio do Rei Kull – o monarca atlante da Valúsia na era pré-cataclísmica – materializou-se na Era Hiboriana. Conduzido até Kull, o trio é denunciado pelo feiticeiro picto Gonar. Eles percebem que este ‘Gonar’ é na verdade o sacerdote stígio que roubou a página do Livro de Skelos para seu mestre, o feiticeiro Toth-Amon. Conan abate o sacerdote com uma flecha, mas o pergaminho tão cobiçado é consumido por uma chama mística. Kull volta para sua época, Conan e Bêlit partem, separando-se de Sonja. Bêlit, em particular, fica muito feliz com a partida da hirkaniana (Encontro de Reis/ESC 47).

Singrando os Mares
De volta a bordo do navio corsário, Conan conta a Bêlit a história de sua primeira visita ao Mar do Oeste na juventude (O Demônio das Profundezas/ESC 44). Em seguida, uma violenta tempestade faz o Tigresa ancorar na ilha de Kelka. Em busca de ervas que possam salvar a vida do adoecido Nyaga, os tripulantes encontram uma antiga civilização que está sendo ameaçada por piratas barachos. Os Corsários Negros os afugentam – mas são traídos pelo soberano de Kelka e sentenciados à morte, através de sacrifício à deusa Ashtoreth (A Cidade das Tormentas/ESC 48). O Bárbaro descobre que a ‘deusa’ Ashtoreth é na verdade uma jovem amada por um primitivo deus do mar – e mantida prisioneira pelo rei de Kelka. A deidade marítima destrói a ilha, presumivelmente em busca de sua pretensa noiva, enquanto Conan e Bêlit escapam (O Segredo de Ashtoreth/ESC 48). Com seu mentor xamã ainda gravemente enfermo, Bêlit resolve voltar ao palácio de Asgalun, em Shem – o local de seu nascimento – para pegar o frasco de um remédio que pode salvá-lo. Lá, ela descobre que Nim-Karrak, o suposto assassino de seu pai, governa a cidade com a ajuda de soldados stígios e subalternos, incluindo Ptor-Nubis, um feiticeiro do Anel Negro. A presença de Bêlit é logo detectada. Ela e Conan fogem, levando o frasco de remédio, mas não antes de descobrirem que, anos antes, o pai de Bêlit havia sido mandado vivo para Lúxur, capital da Stygia (Vingança em Asgalun/ESC 49). Ao voltarem para o Tigresa, Conan e Bêlit se deparam com um motim liderado por um traiçoeiro corsário chamado Kawaku, que aprisionou os que se mantiveram leais à sua capitã. Ele força Bêlit a levá-lo até o tesouro que ela enterrou tempos atrás em uma ilha sem nome, mas os amotinados caem vítimas de um monstruoso sapo que habita o local, e Bêlit retoma o comando do navio (Traição e Morte no Poço de Skelos/ESC 49).

A Cidade dos Gaviões
Ao afundar um navio stígio, os Corsários Negros capturam uma jovem de pele clara de nome Neftha, que alega ser uma escrava de origem zíngara. Acompanhados por Neftha, Conan, Bêlit e uns poucos corsários penetram sorrateiramente no cais de Khemi, maior porto marítimo da Stygia, e botam fogo no quebra-mar como distração (Fogo em Noite Sagrada/ESC 49). O grupo segue pelo rio Styx em direção a Lúxur em busca do pai de Bêlit, mas são atacados por temíveis guerreiros de Harakht montados em gigantescos gaviões. Conan é carregado pelos ares e afastado de seus companheiros, mas derruba seu agressor, mata a ave que lhe servia de montaria e cai (Os Gaviões de Harakht/ESC 50). Bêlit é levada prisioneira para Harakht, enquanto Conan entra na cidade-estado por conta própria. Sendo aprisionado, o Bárbaro é jogado numa masmorra com um gigante cheio de ódio chamado Gol-Thir (A Ira de um Amor/ESC 50). Gol-Thir foi transformado num gigante de três metros por um meteoro caído na Stygia anos atrás, e sua esposa morreu por ter sido forçada a se separar do marido. Ele e Conan são obrigados a lutar até a morte diante de Hor-Neb. Mas Gol-Thir, morrendo devido à radiação que o transformou, usa seu esforço final para lançar Conan fora da arena. Conan mata Hor-Neb, e incitado por Neftha, o jovem sacerdote Mer-Ath toma o poder da Cidade dos Gaviões (Tremor de um Gigante/ESC 50).

Zula e o Rei/Rainha da Stygia
Ao retornar de uma missão, Conan descobre que Bêlit havia sido traída e capturada por Mer-Ath, mas fugiu, levando Neftha como refém. Mer-Ath tenta capturar Conan, para ter Neftha de volta, mas o Cimério enfrenta os soldados, sendo golpeado por trás por um poderoso escravo negro chamado Zula, que mais tarde se torna seu companheiro de cela. Enquanto Bêlit e Neftha entram furtivamente em Lúxur em busca do pai da pirata, Zula decide ajudar Conan, e os dois escapam montados nos imensos gaviões da cidade (Na Cidade dos Falcões/ESC 53). Zula conta para Conan que é o último de sua tribo, os zamballahs, e que fora vendido como escravo em Keshatta, a Cidade dos Magos da Stygia, e revendido para Harakht. Os gaviões dos fugitivos morrem, pois seus corações desproporcionais não podem suportar vôos longos. Zula concorda em auxiliar Conan a encontrar Bêlit, se depois o Cimério ajudá-lo a se vingar de seu mestre kheshattano (Espadas e Feitiços/ESC 53). Nas criptas de Lúxur, Conan e Zula são atacados por uma monstruosidade conhecida como Devorador de Mortos, que guarda uma vaga semelhança com o demônio stígio de mesmo nome. Os dois acabam encontrando Bêlit num sarcófago flutuante, lá colocada pelo rei Ctesphon II. Quando os guardas de Ctesphon a capturaram com Neftha, a pirata descobriu que a companheira não era realmente escrava, mas sim a irmã do rei da Stygia (O Devorador de Mortos/ESC 53). Bêlit explica que o rei menino Ctesphon II vendeu Neftha como escrava para garantir o trono. Neftha não tem aparência stígia porque a casta soberana é de uma linhagem de compleição mais suave. Conan e Bêlit salvam Neftha da lâmina do executor, enquanto a pirata persegue Ctesphon até uma sacada, ameaça-o com a espada e lhe pergunta sobre seu pai, o rei Atrahasis de Asgalun. Quando Ctesphon admite que o pai dela foi executado para celebrar sua coroação, Bêlit o joga da sacada para a morte. Neftha torna-se ‘rei’ da Stygia – pois a Stygia não pode ter rainhas -, mas volta-se contra seus salvadores e ordena que sejam mortos, obrigando-os a fugir (A Rainha e os Corsários/ESC 54). O feiticeiro Thoth-Amon faz um trato com Neftha (agora Ctesphon III) e concorda em usar sua magia para ajudá-la a manter o trono. O trio fugitivo sobrevive a uma luta contra as Serpentes Humanas e os Homens-Serpentes comandados por Thoth-Amon, e se reencontram com os Corsários Negros (A Espada e a Serpente/ESC 54).

Triunfo em Asgalun
Para garantir as mortes de Conan e Bêlit, Thoth-Amon se comunica misticamente com o feiticeiro Ptor-Nubis, em Asgalun. Enquanto isso, um terremoto joga os fugitivos numa caverna subterrânea onde encontram uma coroa lendária – e o Rei Gigante morto-vivo que a guarda zelosamente (O Diadema dos Reis Gigantes/ESC 54). De volta ao Tigresa, Magora, o segundo imediato que estava espionando em Asgalun, logo junta-se ao grupo. Ele relata como Nim-Karrak e seus comandados stígios foram jogados uns contra os outros, envolvidos em uma série de intrigas mortais, as quais incluem novos mercenários de Kush e da Hirkânia, um imbecil bem nascido de nome Uriaz, um pretendente real louco chamado Akhirom, e o rei Sumuabi, de Anakia, uma cidade-estado shemita rival. Quando Conan, Zula, Bêlit e Magora tentam penetrar em Asgalun, Ptor-Nubis hipnotiza os quatro e os faz lutarem entre si até a morte. Livrando-se da hipnose, os corsários voltam sua fúria contra seus captores. Mais tarde, quando o nobre gordo Uriaz está prestes a ser decapitado por ordem de Nim-Karrak, o executor encapuzado revela ser Conan disfarçado. Isto provoca uma rebelião por toda a cidade contra o governo apoiado pelos stígios de Nim-Karrak. Ptor-Nubis é um dos primeiros a morrer. Bêlit fica irada quando Nim-Karrak é morto por outras mãos que não as dela. Como nunca quis ser a rainha de Asgalun, e sim apenas vingar seu pai, ela coroa o assustado Uriaz e depois parte com seus corsários, deixando o louco Akhirom comandando um exército anakiano para tomar o controle de Asgalun (Barbarismo em Shem/ESC 55).

A Cria de Jhebbal Sag
Zula libera Conan de seu juramento de ajudá-lo a se vingar e parte para o interior dos Reinos Negros acompanhado por vários tripulantes do Tigresa. Conan e Bêlit voltam para a aldeia dos watambis, e os encontram aterrorizados pelo rei guerreiro Ajaga, que controla as feras da selva através do poder do demônio Jhebbal Sag. No combate que se segue, Bêlit é capturada como noiva potencial de Ajaga, e Conan aparentemente morre ao despencar de um penhasco (O Rei-Fera de Abombi/ESC 55). Mas nosso persistente herói sobrevive, e é lembrado que é ‘Amra’, não apenas para as tribos da Costa Negra, mas também para Sholo, o grande leão negro que foi irmão do primeiro Amra. Com o moribundo caçador de feiticeiros G’Chambi, Conan aprende um símbolo secreto que, inscrito na terra ou na areia, pode protegê-lo das feras comandadas por Ajaga. Conan é capturado por Ajaga, que convoca as feras mais abomináveis da floresta para devorar o Cimério, amarrado durante o Ritual da Lua Sangrenta. Bêlit, que escapa de sua cela com a ajuda de Sholo, chega a tempo de salvar Conan. Ajaga, atordoado devido a um ferimento na cabeça, é despedaçado pelas feras que convocou. Sholo é morto em combate, e Conan o enterra com todas as honras (O Retorno de Amra/ESC 56). De volta ao Mar do Oeste, Conan e Bêlit trazem a bordo uma estranha mulher de pele azul e cabelos verdes, encontrada flutuando no oceano. Ela logo mostra ser um monstro marítimo hipnótico que leva vários corsários à morte. Ela quase afoga Conan, mas a voz da mulher que ele realmente ama – Bêlit – o desperta a tempo. Morta, a ‘mulher’ se transforma em uma massa de algas marinhas (A Tentação é Azul/ESC 57

A Morte de uma Rainha
Conan e Bêlit continuam navegando pela Costa Negra por algum tempo, saqueando as aldeias que não pagam um tributo razoável. Neste período, eles passam por numerosas aventuras. Salvam marinheiros argoseanos de uma raça de caranguejos humanóides (O Pavor é Negro/ESC 57) e enfrentam uma rebelião que os acaba levando a um misterioso povo albino (A Rainha Branca/ESC 137-138). E, então, a tragédia acontece. Obcecada pela idéia de um tesouro, Bêlit conduz o Tigresa pelo rio Zarkheba em busca de uma cidade perdida. O amor entre ela e Conan se aprofundou, e a pirata diz ao Bárbaro que se morresse, e ele estivesse lutando pela vida, ela voltaria para lutar ao seu lado. Enquanto Bêlit e seus homens saqueiam as ruínas da cidade perdida, Conan sai à procura de água fresca e mergulha num sono profundo devido ao cheiro exalado por um campo de lótus negros silvestres florescentes. Ele tem estranhos sonhos nos quais vê a queda de uma antiga civilização, com seus simpáticos habitantes alados sendo transformados gradativamente em monstros simiescos pelas águas tóxicas do Zarkheba. Ao despertar, ele se depara com os Corsários Negros assassinados de forma horrível, e Magora tão enlouquecido que só resta a Conan matá-lo. Pior de tudo, ele acha Bêlit morta, enforcada por um colar de jóias rubras que encontrou nas ruínas. O Bárbaro faz a vigília do corpo de sua amada por toda a noite. Após afugentar uma matilha de hienas sanguinárias, é atacado por um imenso monstro símio alado – um infeliz herdeiro da raça antiga com a qual sonhou. Conan está lutando por sua vida quando repentinamente um clarão branco surge entre o Cimério e a monstruosidade. É o fantasma de Bêlit, cujo golpe de espada distrai o monstro o suficiente para que Conan o destrua. Bêlit cumpriu seu juramento de voltar para ajudá-lo, mesmo cruzando o abismo da morte. Dispondo seu corpo a bordo do Tigresa, ele coloca o navio à deriva e o incendeia como uma pira funerária. E assim é o fim de Bêlit, a Rainha da Costa Negra (A Morte é Vermelha/ESC 57).

Sonja
SonjaRed Sonja é uma personagem criada por Roy Thomas inspirada em contos de Robert E. Howard, ligada ao universo de Conan, o Bárbaro. Ela foi livremente inspirada em “Red Sonya de Rogatino”, do livro de Robert E. Howard “The Shadow of Vulture”, e atualmente é considerada uma personagem diferente da de Howard, inclusive para fins de direitos autorais
Sonja vivia na Era Hiboriana, numa fazenda da nação conhecida com Hirkânia.
Nascida em uma família bastante modesta, sua mãe era uma mulher de grande fibra e seu pai, um mercenário aposentado. Juntos com seu dois irmãos, eles compunham um lar feliz.
Todos os dias, o pai de Sonja pacientemente ensinava aos filhos homens o manejo da espada, enquanto à menina só era permitido assistir às instruções. A bela ruiva, contudo, não aceitava aquilo e, quer por orgulho, quer por ciúme dos seus irmãos, todas as noites saía escondida para praticar o que lhe era proibido.
De repente, num agradável dia de outono, uma tropa de mercenários surgiu das montanhas. Eram antigos companheiros de seu pai, convidando-o a unir-se a eles para a campanha de inverno, onde iriam agir no reino de Khitai. Recusando o convite, o velho foi morto pelos ex-companheiros. Em seguida os criminosos chacinaram sua mulher e filhos, e o líder deles violentou a linda Sonja. Ateando fogo à casa, os mercenários partiram e, por milagre, a jovem ruiva conseguiu escapar das chamas, enrolando seu corpo em um cobertor molhado. Deixando a casa, desesperada, ela tombou no chão quase desfalecida, quando a visão de uma deusa chamou-lhe a atenção.
Com uma voz que lembrava música e o ribombar de trovões, a divindade falou à jovem que poderia conceder-lhe força para vencer seu sofrimento e assumir a emocionante vida de guerreira. Para que isso acontecesse, Sonja teria que fazer um juramento de jamais permitir que homem algum tocasse seu corpo, a não ser aquele que a vencesse numa batalha. Aceitando as condições propostas a ruiva foi tocada pela espada da deusa e, a partir de então tornou-se outra pessoa. Cheia de coragem e empunhando uma lâmina como ninguém, ela saiu a vagar por todo o continente, oferecendo seu serviços de guerreira ao exército que melhor lhe pagasse.
No Brasil, as histórias da Ruiva começaram na extinta Heróis da TV Nº 43, a editora Abril ia distribuindo o material publicado da revista solo da ruiva em alguns números de Superaventuras Marvel, Hulk e alguns títulos de Conan

Sonja nunca teve revista própria no Brasil, a editora PANINI Comics há alguns anos publicou o material inicial da Dynamite e duas minisséries da personagem na tentativa de introduzir uma série regular, mas o material não emplacou. A maior parte do material da Dynamite só é conhecida pelos fãs Brasileiros graças aos Scans que perambulam pela Net.

Valéria
ValériaNascida na Aquilônia com o nome de Merina, Valéria já nasceu órfã de mãe, que morreu ao dar a luz. Seu pai, Lorde Daquius, passou, então, a criar a criança.
Anos depois, Lorde Daquius – que era um nobre aquiloniano, estava tentando mediar um tratado de paz entre o rei de Turan e a cidade-estado de Khorusun. Ele contratou duas irmãs guerreiras, Sonja e Zora, como guarda-costas de sua filha Merina numa perigosa viagem através do Vilayet para concluir negociações em Aghrapur. Piratas atacam o navio, mas seu líder, Kirkos, ordena a retirada no momento em que os bucaneiros pareciam à beira da vitória (União de Sangue/ CB 8). Na capital de Turan, Zora ensina Merina a usar arco e flecha. Quando os piratas de Kirkos raptam Merina, lorde Daquius os persegue a bordo de um vaso de guerra turaniano com Sonja e Zora. Daquius descobre que Kirkos é seu irmão, exilado da Aquilônia, mas o capitão turaniano, enfurecido com a reconciliação entre o aquiloniano e um pirata, assassina o lorde. Merina vinga-o com uma flechada na cabeça do capitão. Zora também morre, alvejada por um arqueiro turaniano enquanto protegia Merina. A órfã Merina parte com Kirkos, que lhe dá um nome mais apropriado para uma pirata: Valéria. Com esse nome, anos depois, ela se tornará famosa como a mais ousada corsária do Mar do Oeste (O Mar que Rouba/ CB 10).
Durante os anos seguintes, Valéria aprende o uso da espada e da navegação até que seu tio Kirkos decide enviá-la de volta à Aquilônia, para viver com parentes de sua mãe. Ela viveu com um tio mesquinho durante alguns anos, até ele ir à falência e oferecer a loira em casamento a um rico homem de Kordava, a capital de Zíngara. Valéria consegue fugir antes do casamento, embarca em um navio, corta seus cabelos para se parecer com um garoto e assume um lugar na tripulação (Valéria da Irmandade Vermelha/ ESC 129). É provável que, nesta época, Valéria tenha conhecido o capitão vanir, Rogarth, o qual tratara-a como uma verdadeira filha (A Ilha da Perdição/ ESC 45).
Certo dia o navio mercante zíngaro em que Valéria estava é abordado pelas piratas barachos de Strombanni. O pirata faz duas adoráveis prisioneiras: Lady Morganis de Kordava e Valéria. Na ilha o¬nde Tranicos, o Sanguinário, matou o exilado stígio Toth-Mekri e roubou seu tesouro, eles enfrentam o Devorador dos Mortos, que vive o bastante para quase pôr fim à carreira de Strom antes que Conan descubra seu segredo (O Devorador dos Mortos/ESC 107). Strombanni entra furtivamente em Messântia, capital portuária de Argos. Enquanto ele e Zarono saem a procura de um velho avarento que pode ter um mapa mostrando a localização do tesouro de Tranicos, Conan e Valéria levam Lady Morganis até a casa de Públio, um intermediário que Strom deseja que entre em contato com o marido de sua adorável prisioneira. Morganis, entretanto, se propõe a providenciar seu próprio resgate, lhes contando a localização em Messântia do Dragão de Kao Tsu, um ídolo valioso de um culto vendiano. O próprio culto vem à cidade recuperar seu ídolo. O confronto ocorre no Templo dos Mil Deuses, mas Conan e Valéria terminam apenas com um Dragão falso. Enquanto isso, o velho avarento é morto, e Strombanni e Zarono suspeitam um do outro do roubo do mapa. É uma rivalidade e uma suspeita que fingirão não existir nos anos que virão (Uma Noite em Messântia/ESC 108).
No caminho de volta as Ilhas Barachas, os piratas “resgatam” três belas donzelas cantando em um barco aberto à deriva, e as levam a Tortage. Mas as jovens mulheres têm um efeito insidioso na fortaleza, pois os piratas logo estão brigando entre si e geralmente se comportando como pecadores arrependidos. De fato, as donzelas os persuadem a exilar todas as outras mulheres de Tortage, inclusive Valéria (O Devorador de Almas/ESC 109).
Nessa época, Valéria assume o posto de imediato no galeão de Ortho, o Ruivo. Ela viveu muitas aventuras e perigos até que Ortho começou a desejar a bela loira aquiloniana. Mas como Valéria havia decidido viver uma vida de homem e se recusava a ter relações com eles, ela abandonou o navio certa noite quando estavam próximos à costa de Kush. Seguindo a nado para Zabhela, a única verdadeira cidade costeira de Kush. Lá ela conseguiu informações sobre um exército mercenário conhecido como “Companheiros Livres” e se juntou a uma caravana que seguia para Sukhmet. Nesse mesmo período, após saquear vários navios, tanto de Argos quanto de Zíngara, Conan acaba tendo seu navio afundado, por zíngaros, ao largo de Shem. Seguindo para Asgalun, ele se alista nos Companheiros Livres de Zarallo (apenas mais um grupo de mercenários com esse nome). Zarallo conduz sua tropa para a fronteira de Darfar com a Stygia, na cidade de Sukhmet. Durante uma patrulha de reconhecimento, Conan acaba salvando uma caravana do ataque dos selvagens darfaris e descobre que Valéria estava no comando da caravana. Após enfrentarem mais alguns selvagens canibais Conan e Valéria chegam a Sukhmet, o¬nde a aquiloniana se alista nos Companheiros Livres. Ao resistir aos avanços de um oficial, a loira acaba matando seu superior e foge. Valéria é perseguida pelo irmão do oficial morto, mas nem fica sabendo, pois Conan mata o homem antes que esse encontrasse a loira (Espadas de Sukhmet/ ESC 129). Conan acaba alcançando Valéria na floresta próxima a Suchotl, uma misteriosa cidadela, o¬nde os dois adentram após Conan matar um dragão que rondava a floresta. Dentro da cidadela, a dupla se envolve numa rixa de décadas entre os xotalancas e os tecuhltlis, duas facções que habitavam Suchotl. Quando Conan e Valéria deixaram a cidadela seus habitantes já estavam extintos (A Cidadela dos Condenados/ ESC 2). Seguindo cada vez mais para o sul, a dupla se envolve novamente com uma rixa entre povos, desta vez são os ilhéus ichiribus contra os nativos kwanyis. Considerados espíritos enviados pelos deuses, Conan e Valéria ajudam os ichiribus a derrotar seus inimigos, mas não saem de mãos vazias (Conan e os Deuses da Montanha/ ESC 122 a 124). Perdidos na floresta tropical, Conan e Valéria são resgatados por um feiticeiro capaz de controlar crocodilos e mais uma vez se envolvem numa disputa entre duas tribos (Rio de Sangue/ ESC 191).
Após finalmente deixarem a selva, Valéria e Conan se separam. Valéria reencontra Conan meses depois na Terra dos Pictos, quando os dois ouvem falar de uma cidade perdida e um tesouro. O tesouro é encontrado, mas a cidade perdida é também o abrigo de um monstro. (No Covil do Deus-Lagarto/ESC 150). O Bárbaro acompanha Valéria de volta ao mar, o¬nde ela está exercendo seu primeiro comando. Ela debela um motim e iça as velas com Conan a bordo. Logo, após uma batalha contra uma galera aquiloniana, Valéria ancora em uma estranha ilha habitada por servos zumbis de uma planta malévola que produz imitações de humanos absorvendo corpos vivos e os reproduzindo em vagens. (Jardim de Sangue/ESC 150).
Depois dessas aventuras, Valéria se alia a um capitão chamado Gowar e é traída quando chega a uma ilha perdida no Mar do Oeste. A loira foge para a mata e encontra um náufrago argoseano chamado Metallus. Juntos eles enfrentam os perigosos piratas em busca de um fabuloso tesouro escondido na ilha e por pouco não perecem. Os dois são resgatados por um navio mercante e Valéria, depois de algum tempo em Messântia, retorna à pirataria (Ilha da Perdição/ESC 45).

Cansada do mar e sentindo saudades de sua terra natal, Valéria ruma para a Aquilônia. Saindo de Messântia, Valéria encontra um viajante quase morto, que havia sido roubado na estrada. A guerreira de cabelos dourados cuida do ferido para em seguida acompanhá-lo numa vingança (Renascido do Ódio/ESC 83).
Ela sobreviveu precariamente durante algum tempo em Tarântia, até que um trio de rebeldes, o Conde Trocero de Poitain, seu general, Lorde Prospero, e Dexitheus, um sacerdote de Mitra, a encontram em uma taverna e a contratam para resgatar Conan, que estava preso na Torre de Ferro. Depois disto, ela e Conan se separam novamente – ela volta ao mar, e ele segue para os Pântanos Bossonianos, para incitar a revolta de seu velho Regimento Leão contra o tirânico Numedides (Na Torre de Ferro/ESC 116).
Esta foi a última aventura da saga de Valéria narrada nestas crônicas antigas.

Jenna
JennaJenna era uma prostituta de Shadizar, que literalmente colocou o cimério em várias confusões ao longo de muitas aventuras em que se encontraram. Além de roubar o coração de Conan, Jenna o traiu sistematicamente várias vezes seguidas, até abandoná-lo. Na história O Vale da Morte Eterna (ESCOR6), Conan reencontra Jenna em Shem, totalmente deformada, vítima de um feitiço poderoso de Myya L’Rasleff. Assim que ele mata o feiticeiro, ela recupera a beleza e a juventude, e parte mais uma vez com o cimério. No cinema, na adaptação Conan, o Destruidor, o nome “Jenna” foi utilizado para designar a princesa de Shadizar, predestinada a acordar o deus dos sonhos, Skellos.

Nzinga
NzingaNzinga era uma bela mulher negra, e muito poderosa. Como rainha das Amazonas, ela tinha o poder de decidir quem viveria ou morreria. Sua aparição se deu na Saga dos Barachos, onde Conan e a princesa Chabela, de Zingara, foram aprisionados e vendidos como escravos para Nzinga. A princesa foi forçada a trabalhar como serviçal, enquanto Conan caiu nas graças da rainha, tornando-se seu amante. Mas Nzinga tinha um temperamento ciumento e agressivo, e acreditava que Conan estava apaixonado por Chabela. A princesa zíngara sofreu as piores torturas nas mãos da Amazona enciumada. Em uma edição de Conan Rei, quando o cimério já era soberano da bela Aquilônia, ele trava conhecimento com uma filha de Nzinga que, ao que tudo indicava, poderia seu sua também.

Zenobia
zenobiaZenóbia fazia parte das mulheres do harém do Rei da Nemédia, um harém tão numeroso que ele nunca sequer a havia tocado. Quando Conan, agora rei da Aquilônia, foi feito prisioneiro após um poderoso feitiço lançado por Xaltotum, o mago ressuscitado da antiga Aqueronte, Zenóbia corajosamente desceu às catacumbas do castelo e libertou Conan, declarando um antigo amor que sentia pelo rei. Com a ajuda dela, Conan fugiu, prometendo recuperar seu trono e voltar para buscá-la, o que de fato aconteceu. Zenóbia foi, então, feita rainha da Aquilônia, e a única legítima esposa que o cimério teve em toda sua vida, dando-lhe três filhos.

Chabela, Princesa de Zingara
ChabelaA princesa Chabela acorda, certa noite, angustiada com um pesadelo premonitório. Ela sentia que forças místicas atuavam sobre seu pai. Orando para Mitra, o deus da Luz, ela decide consultar o oráculo, que a manda partir e procurar por seu tio, Tovarro. E assim tem início A Saga dos Barachos, onde Chabela se encontrará com Conan e ambos enfrentarão a temida Nzinga, rainha das Amazonas, e também o poderoso mago Thot-Amon, sacerdote do deus serpente Set. Embora Nzinga acreditasse que Chabela era amante de Conan, na verdade a princesa zíngara, como todas as mulheres de seu reino, mantinha voto de castidade até o casamento e andavam armadas de um punhal fino, para cometerem suicídio caso houvesse tentativa de violação de suas virtudes.

Olívia, a princesa escrava
OliviaOlívia era filha do rei de Ophir, que ao se recusar a casar com um príncipe de Koth, foi vendida como escrava por ele para um chefe Shemita. Esse chefe, desejando conquistar a boa vontade de Shah Amurath, poderoso líder guerreiro, deu-a de presente a ele. O encontro de Olívia com Conan se dá quando ela está fugindo pelos charcos do rio Ilbars, tentando escapar de seu dono. Conan, único sobrevivente do exército que Shah Amurath massacrou, vê a oportunidade de vingança e, numa luta sangrenta, mata Shah. Em seguida, ele foge, levando Olívia consigo, que depois acaba se tornando sua amante quando ele conquista um navio pirata. Olívia tinha um estranho dom: podia ver, em seus sonhos, onde criaturas místicas se escondiam nos arredores.

Taramis, a bruxa Salomé
TaramisTaramis, rainha de Khauran, acorda certa noite e se depara com uma mulher idêntica a ela em seu quarto: Salomé, sua irmã gêmea, que ela considerava morta desde o nascimento. Salomé fora abandonada para morrer no deserto por ter nascido com a marca da bruxa, mas, salva por um mercador de Khoraja, cresceu e voltou para retomar o que era seu por direito: o trono de Khauran. Dotada de poderes místicos, Salomé assume o trono como se fosse Taramis, trancando a irmã nos calabouços, oferecendo-a aos capitães e demais homens de seu séquito traidor. Quando Salomé anuncia, perante a guarda real, que os mercenários de Constantius, que a ajudou a chegar ao trono, serão agora a nova lei da cidade, Conan, que é o capitão da guarda de Khauran, se rebela, acusando-a de não ser a verdadeira rainha, e é derrubado. Após ser crucificado no deserto e ser salvo pelo zuagir Olgerd Vladislav, Conan assume o comando dos zuagires e volta para se vingar, libertando Taramis e matando a bruxa Salomé (A Maldição da Lua Crescente/ESC5).

Akyavasha
AkyavashaA princesa Akyvasha, da extinta Aqueronte, um reino que sucumbiu há 3 mil anos antes da Era Hiboriana de Conan, se encontra com o cimério uma única vez em suas aventuras, no reino da misteriosa Stygia, terra de magos e feiticeiros negros. Segundo descrito pelo autor, Robert E. Howard, Akyvasha tinha sede de viver, e para escapar da morte aceitou se tornar uma vampira, passando a viver nas catacumbas de uma pirâmide da Stygia, sendo adorada como uma deusa. Segundo também está descrito, ela é possivelmente filha de Thot-Amon, o poderoso sacerdote de Set. Sua aparição se deu na novela A Hora do Dragão.

Principais inimigos de Conan

Toth-Amon (Rath-Amon no desenho animado)
Toth-AmonTrata-se de um feiticeiro estígio dotado de grandes poderes de feitiçaria que seriam oriudos, principalmente, de seu anel. Oficialmente as histórias de Robert E. Howard não mencionam um encontro entre Conan e o bruxo, mas vários autores que continuaram a escrever os contos e novelas, tais como L. Sprague DeCamp e Lin Carter desenvolveram tal inimizade entre ambos. Em diversas fases da vida do cimério, o mesmo enfrenta a magia do bruxo, mas apenas quando já é rei da Aquilônia é que se dá o confronto final. Toth-Amon é cruel, sagaz, dotado de grandes poderes arcanos, podendo até mesmo se teletransportar e invocar seres demoníacos. É o líder mais conhecido do poderoso círculo de feiticeiros da Era Hiboriana conhecido como Anel Negro. É descrito como alto, magro e de cútis escura.

Thulsa Doom
Thulsa-DoomEra um feiticeiro da Era Thuriana (100.000 a.C.) que se tornou o grande inimigo do Rei Kull, da Atlântida, personagem também criado pelo escitor texano Robert E. Howard. Era um morto-vivo e tinha face de caveira, assim como grandes poderes arcanos. Sua ambição era dominar os homens serpente, mas, quando o rei da Valúsia destruiu tal raça, ele voltou-lhe toda a sua vingança. Fato é que Thulsa Doom foi derrotado por Kull.
No primeiro filme da versão cinematográfica de Conan, deturpou-se bastante a essência do personagem, sendo este seu primeiro inimigo e líder do culto da serpente. Na versão cinematográfica estrelada por Arnold Schwarzenegger o feiticeiro teria matado os pais de Conan e teria muita afeição por serpentes. Teria sido, também o responsável pela morte da companheira de Conan no filme, Valéria e também de várias virgens em sacrifício a seu deus das serpentes.

Devorador de Almas
Devorador de almasSeu nome verdadeiro é Wrarrll, um demônio humanóide extremamente alto de força sobre-humana que veio de uma dimensão paralela, e é dotado de um poder místico capaz de transformar as almas dos homens em pequenas larvas, as quais carrega em uma bolsa e os ingere como alimento lhe concedendo a força da vítima, o devorador não pode ser morto por armas convencionais além de ser praticamente imortal
Wrarrl só consegue transformar em larvas as almas de espírito fraco, humanos de vontade forte como CONAN não são afetados por esta magia, o devorador tem uma espada mística que mata qualquer humano que a tocar e cavalga um cavalo alado e carnívoro.

O devorador foi veio através da JÓIA DE BHANJAPUR, capaz de abrir um portal entre a era hiboriana a dimensão obscura do devorador, o demônio foi trazido por um mago (Meldark) e um rei (Granak) ambiciosos para servi-los com seu poder, e em troca os irmãos de Wrarrl seriam trazidos á terra para alimentarem-se dos humanos e dominar o mundo.
Conan conseguiu frustrar os planos do demônio e destruiu a jóia, e Meldark moribundo Faz com que as larvas da bolsa do devorador cresçam e o devorem.

A Origem de Wrarrl foi por MICHAEL FLEISHER e publicada excepcionalmente na SAVAGE SWORD OF CONAN Nº 90 (Julho de 1983) e no Brasil saiu na CONAN SAGA Nº 10 (1995)

Príncipe Yezdigerd
Yezdigerd, filho de Yildiz, rei de Turan, é um príncipe ambicioso que deseja expandir o reino de seu pai, até transformá-lo num império, para depois herdá-lo.
Em seu caminho, na direção de Makkalet, surge um bárbaro de cabelos negros que mais tarde se tornaria seu inimigo mortal, tanto como líder dos zuagires e kozakis, quanto como rei da Aquilônia.
A saga do cerco de Makkalet é histórica e belíssima. Foi no desenvolvimento dessa história que Barry Smith se tornou o grande artista que é hoje. Seu trabalho foi, certamente, um grande contribuinte para o sucesso alcançado, embora, a conclusão tenha sido assinada pelo grande John Buscema.


Referências

http://pt.wikipedia.org/wiki/Conan
http://listasliterarias.blogspot.com.br/2012/03/10-melhores-guerreiras-do-universo-de.html
http://cronicasdacimeria.blogspot.com.br/2006/05/era-hiboriana-blit-rainha-da-costa.html

Continua na semana que vem…

2 Comentários Conan – Parte 1

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