Um dos filmes de heróis mais esperados desse ano: Faltou bastante coisa.
Algumas pessoas podem perguntar o porquê deste título na resenha do filme, já que Homem de Ferro tem sido uma franquia de bastante sucesso, seja pelo personagem “carismático” de Tony Stark, representado por Robert Downey Jr, seja pela forma como a Marvel conseguiu moldar seu personagem. [SPOILER ALERT!]
Os dois primeiros filmes, dirigidos por Jon Favreau, trouxeram a tona um super herói, que somente com o “poder” do conhecimento, conseguiu desbancar o favoritismo do Homem Aranha, até então único candidato ao posto de herói favorito das telonas desde 2001. E Tony Stark, um sujeito egocêntrico, gênio, playboy e bilionário, surgiu em 2008 como uma incógnita, e após sua estréia, já era adorado por todos. Nem Charlie Sheen conseguiria tanto e com o mesmo perfil. Após o sucesso com seu segundo filme (Homem de Ferro 2) em 2010, a maior aposta foi em Os Vingadores (2012) [ler resenha de os vingadores], maior produção das cinematografia Marvel até o momento, que reuniu diversos personagens dos quadrinhos em sua primeira história juntos. Resultado: um sucesso, onde Tony Stark se supera graças a mais uma ótima atuação de Robert.
Então o que poderia acontecer de errado depois de tanto sucesso??
Homem de Ferro 3 teve direção de Shane Black, novato na área tendo apenas o desconhecido Beijos e Tiros em seu currículo. Durante toda a produção, sempre foi falado que este seria um filme mais “humano”. Isso não poderia ser algo ruim, pelo contrário, e já esperava que pudesse sair da sala de cinema novamente satisfeito, como nos filmes anteriores. Não foi bem o que aconteceu.
O filme tem como base a tecnologia Extremis, dos quadrinhos escrito por Warren Ellis entre 2005 e 2006 na HQ do super-herói. Esta mesma Extremis funciona a base de uma inovadora nanotecnologia, que acaba caindo nas mãos do vilão Mandarim (Ben Kingsley). No elenco, também estavam de volta Gwyneth Paltrow e Don Cheadle, como Pepper Potts e Patriota de Ferro, respectivamente.

Tecnologia Extremis na HQ de Homem de Ferro - Gwyneth Paltrow (Peppter Potts) - Don Cheadle (Iron Patriot)
A primeira coisa que sentimos falta em um filme do Homem de Ferro, é o Rock. A história do herói sempre foi marcada por músicas do estilo, inclusive em Os Vingadores. Prestando atenção no filme, pude perceber também, que houve diversas falhas no roteiro e, infelizmente, o filme se arrastava, como se quisesse terminar logo. Ex: momento em que Tony se encontra em um armazém (como se fosse uma base secreta do próprio) no Tenessee e um menino, que em nenhum momento explica porque esta ali, acaba virando parceiro do herói. Assim como alguns momentos de ação se mostraram óbvios, sem muita dificuldade de entender como a situação iria acabar, somente esperando pelos efeitos especiais, que continuaram se mostrando muito bons.
Os próprios vilões e a “tal” Extremis se mostraram algo “de fora” do universo do herói, onde faltaram explicações sobre a tecnologia.
Mas nem tudo são críticas, até porque sou um grande fã da franquia, mas há de se comparar com os outros filmes, impossível o contrário. E o que mais se destaca é a atuação de Robert Downey Jr. O ator se destaca mais uma vez, com suas piadas em momentos certos. Como disse anteriormente, os efeitos também continuam se destacando, como na cena da batalha final, envolvendo um exército de armaduras.
O herói estará de volta em Os Vingadores 2, previsto para 2015. Mas não se sabe se ocorrerão novas aventuras solo do Homem de Ferro. Vamos torcer que sim, e que volte a nos surpreender, se possível, com Robert no papel principal.
Yan Martins
Designer Gráfico, trabalha com animações, composições e principalmente modelagens em 3D desde os 16 anos de idade. Cinéfilo assumido, Yan sempre teve gosto por histórias em quadrinhos. Fã assumido da Marvel, DC Comics, quadrinhos europeus, Tintin e Asterix.